O planejamento de auditoria na administração pública é um processo crucial para garantir a eficácia e a eficiência das avaliações realizadas. Ele envolve a definição clara dos objetivos da auditoria, o escopo detalhado dos processos a serem avaliados e a elaboração de um plano que inclui cronograma, alocação de recursos e responsabilidades da equipe. Além disso, é essencial realizar uma avaliação rigorosa dos riscos envolvidos, selecionar técnicas de auditoria apropriadas e preparar uma equipe qualificada para realizar o trabalho. A comunicação e a aprovação do plano com as partes interessadas são passos importantes para garantir o alinhamento e o apoio necessário. Um planejamento bem elaborado proporciona uma base sólida para conduzir uma auditoria efetiva e gerar resultados significativos, contribuindo para a transparência, responsabilidade e melhoria contínua na gestão dos recursos públicos.
O planejamento de auditorias na administração pública brasileira segue princípios estabelecidos por órgãos de controle. Esse processo considera a complexidade e diversidade das atividades governamentais, abrangendo passos como definição de objetivos, identificação de riscos, seleção de metodologia e elaboração de plano de trabalho.
Os incluem a complexidade das atividades, desafios de documentação, resistência a auditorias, limitações orçamentárias e mudanças legais. As estratégias incluem uso de especialistas, priorização de áreas críticas, desenvolvimento de relações colaborativas, adaptação a limitações orçamentárias e atualização constante diante de mudanças legais. Essas abordagens visam garantir uma avaliação abrangente e eficaz, melhorando a eficiência e a transparência na administração pública.
O planejamento é a primeira etapa a ser pensada antes das atividades de controle serem iniciadas no âmbito da administração pública, pois é necessário definir as características do que será auditado, quando, por quem e os objetivos a serem alcançados. Para que isso ocorra, é indispensável que sejam avaliados a materialidade, o risco e a relevância das ações auditadas, possibilitando a alocação de recursos e definição de tempo satisfatório para a realização da auditoria.
Os principais desafios enfrentados relacionam-se com a possibilidade do auditor realizar um parecer inaquedado baseado em registros contábeis insuficientes ou incorretos. O conhecimento apropriado sobre o órgão, o acesso irrestrito às informações e sistemas para realizar uma análise com independência e imparcialidade e a revisão do planejamento, caso seja necessário, auxiliam no enfrentamento aos desafios encontrados na execução da auditoria.
O planejamento da auditoria considera as estratégias, os objetivos, as metas da organização, os riscos a que os processos da unidade auditada estão sujeitos, além das expectativas dos destinatários dos trabalhos de auditoria (a alta administração, os gestores e a sociedade). É essencial que o a auditoria, durante o planejamento, concentre seus esforços nas áreas e atividades cujo alcance dos objetivos pode ser mais fortemente impactado por eventos internos ou externos, ou seja, nas áreas de maior risco.
Destacam-se dentre os principais desafios enfrentados no processo de planejamento da auditoria as falhas nos levantamentos preliminares e as falhas na análise dos principais riscos e das medidas de controles existentes. Esses desafios podem ser superados com a revisão do planejamento.
As ações de controle precisam ser bem planejadas para que possam ter um resultado eficaz; por isso, o planejamento é etapa fundamental para o sucesso da auditoria. Antes de elaborar o plano que guiará os trabalhos de auditoria, o auditor precisa estar preparado e conhecer melhor a entidade que será auditada. Portanto, o auditor precisa entender as transações que podem ter efeitos importantes sobre os resultados da entidade. Esse conhecimento permite ao auditor fornecer ajuda valiosa à administração e/ou conselho de administração, visando superar o desafio para garantir uma avaliação abrangente e eficaz.
O planejamento deve ser conduzido considerando especialmente o conhecimento detalhado dos sistemas contábil e de controles internos da entidade; a existência de entidades associadas e partes relacionadas que estejam no âmbito dos exames da auditoria interna; o uso do trabalho de especialistas e outros auditores; os ciclos operacionais da entidade relacionados com volume de transações; o conhecimento das atividades operacionais da entidade e por fim o conhecimento da execução orçamentária, tanto operacional como de investimentos.
O planejamento exige é preciso fazer um estudo e definir a natureza, a época, a equipe, o risco e a relevância das ações que serão auditadas, enfim é uma etapa fundamental para se ter um bom resultado. É muito importante que a equipe se prepare e que conheça bem os procedimentos da área que será auditada para uma melhor avaliação dos riscos, averiguação das medidas de desempenho, tudo para fornecer à administração as informações mais precisas.
Um risco de auditoria acontece quando o auditor faz uma análise errônea sobre as algum procedimento e acaba não detectando e consequentemente acaba concluindo a inexistência do risco, por isso é muito importante que a administração tenha um bom controle interno, quanto mais preciso são os controles, melhores serão as chances de a auditoria executar um trabalho mais eficiente e eficaz. Com um planejamento bem feito as ações governamentais terão respostas e poderão dar prioridade nos principais problemas apontados pelos estudos tecnicamente realizados.
Antes de realizar os trabalhos de auditoria, é preciso um nível de conhecimento adequado sobre as atividades realizadas, ainda mais no setor público, que são atividades complexas. Para isso é fundamental avaliar a materialidade, o risco e a relevância das ações que serão auditadas.
A etapa de planejamento deve ser muito bem elaborada para alcançar um resultado eficaz, pois, dela, depende o sucesso da auditoria, sendo imprescindível que sejam dimensionados o tempo e os recursos adequados para sua realização.
O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. O planejamento define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que seqüência.
Logo, o auditor e sua equipe devem planejar muito bem as etapas e conhecer as leis e princípios que regem a administração pública, para, assim, poder avaliar se os atos admistrarivos estão sendo corretamente executados dentro desses principios e, ainda, avaliar os controles internos da entidade, em termos de segurança, integridade e confiabilidade dos registros.
O planejamento da auditoria deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente dos sistemas contábil e de controles internos do órgão ou entidade pública avaliado, e seu grau de confiabilidade. O auditor deve documentar seu planejamento e preparar o seu programa de trabalho por escrito, detalhando o que for necessário para compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade e extensão.
O desafio no processo desse planejamento é ter o nível de conhecimento adequado do órgão ou entidade pública e ter acesso total e irrestrito, a fim de analisar as informações com integridade e independência, com as técnicas de auditorias adequadas, para se chegar a um parecer preciso da sua administração, dos controles internos e da contas públicas, pois, apesar de todas as precauções, há o risco de auditoria com a possibilidade do auditor emitir um parecer inadequado sobre os controles e registros internos da entidade auditada. Logo, é necessário definir e gerenciar os riscos de auditoria em nível de segurança que os trabalhos precisam alcançar.
E em caso de irregularidades, emitir parecer para correção.
As normas de auditoria têm a finalidade de estabelecer padrões técnicos e de comportamento, para alcançar uma situação coletiva e individualmente desejável, cujo objetivo final é a qualificação na condução dos trabalhos e a garantia de atuação suficiente e tecnicamente consistente do auditor e de sua opinião, certificação ou parecer destinados aos seus usuários.
É importante observar a relação custo benefício do projeto de auditoria, que se por um lado deve ser um documento sintético, de modo a não exigir um grande esforço da equipe para sua elaboração, por outro precisa ser suficientemente explicativo para possibilitar o entendimento do trabalho a ser realizado por qualquer pessoa. Observa-se que em auditorias operacionais e em auditorias de conformidade de maior complexidade a elaboração de planos de trabalho ou projetos de auditoria é recomendável para um trabalho de qualidade.
A integração da governança, risco e conformidade (GRC) revolucionou o processo de auditoria tradicional, fornecendo uma abordagem abrangente e simplificada para identificar riscos, avaliá-los e implementar controles apropriados. Ao integrar as ferramentas GRC em seus processos de auditoria, as organizações podem atingir um nível mais alto de eficiência, precisão e eficácia em seus esforços de gerenciamento de riscos. A seguir exploraremos os benefícios da integração do GRC nos processos de auditoria de diferentes perspectivas.
1. Eficiência aumentada: a integração do GRC automatiza o processo de auditoria, reduzindo o tempo e o esforço necessários para coletar e analisar dados. Isso aprimora a eficiência do processo de auditoria e garante que os auditores possam se concentrar em áreas mais críticas da auditoria, como identificar e avaliar riscos.
2. Gerenciamento de riscos aprimorado: a integração do GRC permite que as organizações identifiquem riscos de forma mais de maneira abrangente e precisa, resultando em um melhor gerenciamento de riscos. Por exemplo, usando ferramentas GRC, os auditores podem analisar dados de várias fontes, incluindo informações financeiras, dados operacionais e registros de conformidade, para identificar riscos potenciais.
3. Relatórios aprimorados: a integração do GRC permite que os auditores gerem relatórios mais abrangentes e precisos. Ao integrar dados de diferentes fontes em um único relatório, os auditores podem fornecer uma imagem mais completa do perfil de risco da organização e identificar áreas de melhoria.
4. Melhor conformidade: a integração do GRC ajuda as organizações a cumprir os requisitos regulatórios com mais eficiência. Por exemplo, usando ferramentas GRC, as organizações podem automatizar o monitoramento da conformidade, reduzindo o risco de não conformidade.
5. Comunicação simplificada: a integração do GRC aprimora a comunicação entre auditores e outras partes interessadas, como oficiais de gerenciamento e conformidade. Ao usar ferramentas GRC, os auditores podem compartilhar dados e relatórios com mais eficiência, permitindo que as partes interessadas respondam mais rapidamente aos riscos identificados.
A integração do GRC transformou o processo de auditoria tradicional, fornecendo uma abordagem mais abrangente, simplificada e eficiente para o gerenciamento de riscos. Ao alavancar as ferramentas do GRC, as organizações podem obter melhor gerenciamento de riscos, conformidade e relatórios de resultados, ao mesmo tempo em que aprimoram a comunicação e a colaboração em diferentes equipes.
O planejamento é etapa fundamental para o sucesso da auditoria, sendo imprescindível que sejam alocados os recursos e o tempo adequado para sua realização. Antes de elaborar o plano ou programa que guiará os trabalhos de auditoria, é importante que o auditor se prepare. Um bom começo é conhecer melhor a unidade auditada e os seus negócios.
O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes:
- o conhecimento detalhado dos sistemas contábil e de controles internos da Entidade e seu grau de confiabilidade;
- a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria interna a serem aplicados;
- a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos exames da auditoria interna;
- o uso do trabalho de especialistas e outros auditores;
- os ciclos operacionais da entidade relacionados com volume de transações e operações;
- o conhecimento das atividades operacionais da entidade;
- o conhecimento da execução orçamentária, tanto operacional como de investimentos.
O grande desafio no planejamento da auditoria interna é risco de auditoria que, conforme a NBC-T-11, é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações contábeis significativamente incorretas. A preocupação do auditor com os controles está diretamente relacionada às potencialidades de riscos, ou seja, de erros que podem ocorrer e que escapam a um tradicional exame de controles. As ações de auditoria são desenhadas para obter segurança razoável – não absoluta – sobre as questões auditadas. Logo, é preciso que o auditor defina o risco de auditoria compatível com o grau desejável de segurança que ele deseja alcançar.
Para superar os desafios, o auditor interno deve documentar seu planejamento e preparar, por escrito, o programa de trabalho, detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade e extensão, assim como utilizar técnicas de auditoria e/ou controle, que são ferramentas utilizadas para possibilitar a execução das ações de controle (auditoria e fiscalização) com vistas à obtenção de evidências que deem suporte ao atendimento dos objetivos de cada procedimento executado.