Quais são os principais modelos de administração pública e como eles impactam a eficiência e a transparência na gestão dos serviços públicos?

 

Tópico: Unidade 1 - Vídeos de Administração Pública

Quais são os principais modelos de administração pública e como eles impactam a eficiência e a transparência na gestão dos serviços públicos?

Os principais modelos de administração pública são: o patrimonialismo, o burocrático e o gerencial. É relevante pensarmos que os modelos podem estar presentes concomitantemente na administração pública, no Brasil, o patrimonialismo foi predominante no período colonial e oligárquico, esse modelo é muito marcado pela manutenção do poder através de troca de favores(o conhecido clientelismo), a corrupção e o nepotismo. O patrimônio público confunde-se com o do particular e infelizmente até hoje existem práticas patrimonialistas que necessitam ser rejeitadas pela sociedade. Com o crescente desenvolvimento do capitalismo e da democracia, e da necessidade de combater a corrupção e o nepotismo, surge o modelo burocrático que se fundamentada em leis e no controle rígido dos processos, defende a separação entre o público e o privado, bem diferente no modelo anterior, além disso, busca tornar a administração mais eficiente, profissional e impessoal. Como características podemos citar: impessoalidade nas relações, hierarquia centralizada e rígida, controle dos processos de maneira prévia, foco nas normas e regulamentos, profissionalização técnica, meritocracia e dentre outras. Muitas são as disfunções do modelo burocrático, há excesso de formalização, lentidão nos processos, grande resistência às mudanças, apego em demasia aos regulamentos e às normas, falta de inovação e o não menos importante, dificuldade no atendimento ao cidadão. Já o modelo gerencial surge como uma solução à crise do modelo burocrático, à expansão das demandas sociais e ao novo cenário político-econômico de ideologia neoliberal, essa forma de gestão é conhecida como Nova Gestão Pública, onde o controle que antes era baseado nos processos, agora evolui para o controle com foco em resultados, visando o interesse dos cidadãos e a implementação no setor público de práticas do setor privado, percebeu-se a necessidade de elevar a qualidade dos serviços públicos e a reduzir custos. Nesse modelo há um aumento de parcerias com organizações do setor privado descentralizando atividades estatais, ênfase em contratos de gestão, maior autonomia gerencial e financeira e controle a posteriori dos resultados. É importante ter em mente que o modelo não rompeu com o modelo burocrático, pois manteve alguns de seus princípios e boas práticas, incorporando-os ao modelo gerencial como a meritocracia, impessoalidade, legalidade, recompensa pelo desempenho, estrutura de carreira e capacitação, de forma que o modelo gerencial é considerado a evolução do anterior onde se busca um constante avanço e fortalecimento da gestão pública a fim que se atinja a transparência e eficiência desejada pela sociedade.

Principais modelos de administração pública e sua influência na gestão pública.

Há três principais modelos de Administração Pública, e cada uma tem suas próprias influências na gestão pública:
PATRIMONIALISMO: tem como principais características: serviço amador, baseado no carisma e estrelismo, os cidadãos são submissos por tradição; não há preocupação com qualidade dos serviços; baseado muitas vezes no favoritismo e clientelismo sem critérios justos; não há a figura do direito; cargos públicos são distribuídos por nepotismo e/ou por atendimento de interesses pessoais; também pode ocorrer a prática do revanchismo e imediatismo. Essas características resultam em uma administração pública ineficiente, sem nenhuma transparência e accountability, favorecendo a corrupção e prejudicando os cidadãos.
MODELO BUROCRÁTICO: baseado em métodos racionais, sujeito a parâmetros de controle; surge com a implantação de um Estado de Direito, sistema organizado que se submete à leis e regras claras; os cargos públicos são preenchidos por concursos públicos, evidenciando a meritocracia e profissionalismo; há diferenciação entre os bens públicos e privados, que não existia no patrimonialismo; as decisões são racionais e impessoais, e não pela vontade do administrador; planejamento de médio e longo prazo para atendimento das necessidades da sociedade; procedimentalização (rotinas) estabelecida; organização em forma de hierarquia e controle de legalidade; ocorreu também o aumento do Estado nesta fase, que passa agregar mais funções. Apesar de ser um sistema mais justo que o patrimonialismo, a burocracia tem desvantagens, ou disfunções: a administração se preocupa mais com a organização e procedimentos do que com os resultados, o que acaba acarretando morosidade e baixa qualidade dos serviços recebidos pelos cidadãos; separação radical entre espaço público e privado prejudicando o atendimento das necessidades dos cidadãos. Em resumo, o excesso de burocracia também prejudica a gestão pública, já que a burocracia acaba ressaltando mais os procedimentos e formalidades do que o bem estar do povo enquanto a burocracia em si tem diversas vantagens e deve ser preservada em proporções adequadas na gestão pública.
GERENCIALISMO: ou nova gestão pública, um sistema de governo menos burocrático, com redução/reformulação do papel do Estado; caracteriza-se por diminuição do Estado, onde atividades são deliberadas para parcerias com o setor privado através de parcerias público privadas, concessões, privatizações, etc concentrando as forças do Estado para atividades privativas do Estado, como a fiscalização e exercício do poder de política, p.ex; essa nova gestão baseia-se na busca pela eficiência, gestão por resultados, melhor prestação de serviços públicos aos cidadãos, participação da sociedade civil nas politicas públicas e na fiscalização das ações do governo; também fundamentais para este modelo são a transparência e accountability, ferramentas de gestão e participação da população. O sistema de administração gerencialista se aplicado adequadamente, resultará em um governo mais eficiente e voltado para o cidadão, com o Estado focando nas atividades que são essencialmente de estado.

Quais são os principais modelos de administração pública e como eles impactam a eficiência e a transparência na gestão dos serviços públicos?

Os principais modelos de administração pública são:
Modelo Patrimonialista: Caracteriza-se pela confusão entre o público e o privado, onde o poder é tratado como propriedade pessoal dos governantes. Isso geralmente resulta em baixa eficiência e transparência, com altos níveis de corrupção e favoritismo.
Modelo Burocrático: Baseado em regras rígidas, hierarquia, e meritocracia, este modelo busca impessoalidade e estabilidade na gestão pública. Embora promova alta transparência devido à formalização dos processos, pode ser menos eficiente por sua rigidez e lentidão.
Modelo Gerencial: Inspirado na administração privada, foca em resultados e desempenho, com maior autonomia e flexibilidade nas operações. Aumenta a eficiência ao agilizar a tomada de decisões, mas pode apresentar desafios para a transparência, especialmente se a busca por resultados comprometer o controle público e a prestação de contas.
Esses modelos impactam a gestão pública de maneiras distintas, influenciando a forma como os serviços são entregues e como os recursos são geridos, afetando tanto a eficiência quanto a transparência.

Quais são os principais modelos de administração pública e como eles impactam a eficiência e a transparência na gestão dos serviços públicos?

Os três modelos de Administração Pública: patrimonialista, burocrática e gerencial/NGP. Administração pública é o aparelho do estado que executa e põe em prática as políticas e serviços disponibilizados pelo governo.

Quais são os principais modelos de administração pública e como eles impactam a eficiência e a transparência na gestão dos serviços públicos?

Os principais modelos na administração pública abordados até aqui são: o Modelo Patrimonialista, o Modelo Burocrático e o Modelo Gerencial.
O Modelo Patrimonialista carrega o rango de quase tudo que é negativo na administração pública. Desde o tipo de dominação baseado na tradição até outros problemas como o nepotismo, o amadorismo e a ineficiência no trato da coisa pública. O Modelo Burocrático surge como alternativa para organizar a gestão pública como coisa pública, mas as disfunções apresentadas por esse modelo nos trazem a alternativa do modelo gerencial, o o governo delega algumas funções ao setor privado e se ocupa do controle e fiscalização dos serviços.

Quais são os principais modelos de administração pública e como eles impactam a eficiência e a transparência na gestão dos serviços públicos?

Os principais modelos de administração pública são: Patrimonialista, Burocrático e Gerencial.

A administração patrimonialista caracteriza-se pela confusão entre o público e o privado, onde o poder estatal é visto como uma extensão dos interesses pessoais do governante. Nesse modelo, os cargos públicos são tratados como propriedades privadas, utilizados para a obtenção de vantagens pessoais e favorecimentos. A corrupção e o clientelismo são comuns, pois o foco está em servir aos interesses dos governantes e seus aliados, em detrimento do bem comum. Esse modelo prevaleceu nas monarquias absolutistas e em regimes autocráticos.

O modelo burocrático surge como uma resposta às deficiências do patrimonialismo, buscando a racionalidade, impessoalidade e eficiência na administração pública. Desenvolvido principalmente no contexto do Estado moderno, inspirado pelos princípios de Max Weber, esse modelo estabelece regras claras, hierarquia rígida, e processos padronizados. A administração pública é organizada de forma a garantir a impessoalidade nas decisões, com cargos preenchidos por mérito e a separação clara entre o público e o privado. Embora o modelo burocrático tenha contribuído para a moralidade e legalidade dos atos administrativos, ele também tende a gerar rigidez, ineficiência e excesso de formalismo.

Já o modelo gerencial emerge no final do século XX como uma tentativa de superar as limitações da burocracia, trazendo conceitos do setor privado para a administração pública. O foco desse modelo está na eficiência, na descentralização, na flexibilidade e nos resultados. A administração gerencial prioriza a gestão por objetivos, a autonomia dos gestores e a prestação de contas, com uma maior ênfase no atendimento às necessidades dos cidadãos, tratados como clientes. Esse modelo busca modernizar a administração pública, tornando-a mais ágil, responsiva e orientada ao desempenho, embora enfrente desafios na implementação, especialmente em contextos com forte cultura burocrática.

Quais são os principais modelos de administração pública e como eles impactam a eficiência e a transparência na gestão dos serviços públicos?

Os principais modelos de administração pública são patrimonialista, burocrático e gerencial. O patrimonialista está relacionado com a confusão entre o patrimônio privado e a coisa pública, geralmente relacionado com monarquias em que o poder e governo se concentravam em uma única pessoa, este modelo tem como características o nepotismo, inexistindo, portanto, a impessoalidade; e a corrupção, causando sérios danos às relações entre Estado e povo. O burocrático, por sua vez, surge para combater os problemas gerados pelo patrimonialismo e melhorar a eficiência pública através do estabelecimento de normativos e procedimentos, contudo, cria alguns entraves procedimentais que acabam reduzindo a eficiência dos processos. O gerencial busca uma maior flexibilidade para os processos, afastando, assim, a gestão pública, do controle de processos, para o controle de resultados. Assim, o governo consegue ser mais eficiente, pois o processo em si, por vezes sem finalidade alguma, não é mais o foco, mas sim o resultado que se espera, e isso pode ser controlado por meio de metas quantificáveis, melhorando a qualidade dos serviços públicos prestados. Os principais elementos e princípios são: orientação para resultados, orientação para o cliente, descentralização, competitividade, flexibilidade, ênfase na qualidade, envolvimento do setor privado e prestação de contas. Esses principios em conjunto tem a capacidade de melhorar a eficiência da atuação governamental pois entendem o destinatário do produto/serviço que será oferecido, podem descentralizar a execução destes e em casos mais complexos ou economicamente mais arriscados podem envolver a participação da iniciativa privada para compartilhar riscos ou simplesmente efetuar uma aplicação mais eficaz de recursos em determinada atividade. Além disso, no caso de temas importantes é possível cada vez mais incluir o cidadão na tomada de decisões políticas, a exemplo do orçamento participativo, tornando a gestão democrática e respaldada na decisão dos próprios destinatários das políticas públicas.

Quais são os principais modelos de administração pública e como eles impactam a eficiência e a transparência na gestão dos serviços públicos?

Os principais modelos de administração pública incluem a Administração Pública Tradicional, que se baseia na burocracia weberiana, caracterizada por regras rígidas e uma estrutura hierárquica. Esse modelo garante transparência através de processos bem definidos, mas pode ser menos eficiente e inovador devido à sua rigidez.

A Nova Gestão Pública (NGP) foca em eficiência e resultados, adotando práticas do setor privado para otimizar a gestão. Esse modelo melhora a eficiência, mas pode comprometer a transparência ao priorizar o desempenho em detrimento de processos abertos.

Por fim, a Governança Pública enfatiza a colaboração entre governo, setor privado e sociedade civil, promovendo maior transparência e eficiência. Esse modelo é mais adaptável e responsivo às necessidades da população, mas pode enfrentar desafios na implementação devido à complexidade da coordenação entre diferentes atores.

Cada modelo, portanto, impacta a gestão dos serviços públicos de maneira distinta, influenciando a eficiência e a transparência em níveis variados.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E COMO ELES IMPACTAM A EFICIÊNCIA E A TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS?

Os principais modelos de administração pública são: patrimonialista, burocrático e gerencial.
Patrimonialista - Muito presente em Estados absolutistas (onde havia a concentração de poder na mão de monarcas), o modelo patrimonialista é marcado pela personalização do poder, onde o Estado é tratado como uma extensão dos interesses pessoais dos governantes. Um grupo pequeno detém as melhores posses e terras e a administração pública é caracterizada pelo nepotismo, corrupção e falta de distinção entre o patrimônio público e privado. As principais características do modelo patrimonialista incluem a centralização do poder, o clientelismo e a ausência de profissionalismo na gestão pública. Essa abordagem desconsidera a separação entre os interesses pessoais dos governantes e o bem comum. No modelo patrimonialista, a gestão pública opera de maneira centralizada e pouco estruturada. O poder é concentrado nas mãos das autoridades, resultando em decisões tomadas com base em critérios subjetivos e relações pessoais. A falta de profissionalismo e transparência permite a disseminação da corrupção, comprometendo a eficácia na utilização dos recursos públicos.
Burocrático - a burocracia é vista como uma forma organizacional capaz de garantir a aplicação consistente das leis e normas, baseia-se na racionalidade, a impessoalidade, a hierarquia e a especialização. Essa abordagem busca eliminar o favoritismo e a arbitrariedade, promovendo a justiça e a igualdade no serviço público. O modelo burocrático, idealizado por Weber, é pautado na estrutura hierárquica e na aplicação imparcial das normas. As decisões são baseadas em critérios racionais e objetivos, minimizando a subjetividade na gestão pública. A burocracia, atua para garantir a igualdade no tratamento dos cidadãos. No entanto, a rigidez e a excessiva formalidade podem resultar em lentidão nos processos decisórios, sendo necessário um equilíbrio para preservar a eficiência e agilizar processos burocráticos.
Gerencial - baseia-se na gestão por resultados, flexibilidade e participação social, e rege-se pela descentralização, a orientação para resultados, a participação cidadã e a busca por parcerias público-privadas. Essa abordagem visa modernizar a gestão pública e promover a accountability. O modelo gerencial busca uma abordagem mais flexível e orientada para resultados. A descentralização de poder permite a tomada de decisões mais ágeis, favorecendo a adaptação a mudanças rápidas. A gestão por resultados enfatiza a eficiência na entrega de serviços públicos, garantindo que as ações governamentais estejam alinhadas com metas claras e mensuráveis. A participação cidadã e as parcerias público-privadas fortalecem a legitimidade das ações governamentais, envolvendo a sociedade no processo de tomada de decisões e promovendo a inovação na gestão pública. Esse modelo, quando bem implementado, contribui para uma administração mais ágil, transparente e eficaz.
Em relação aos modelos acima é essencial que os servidores públicos compreendam as diferentes formas pela qual a administração pública foi exercida ao longo da história. Com essa visão, é possível caminhar rumo a modelos que valorizam a participação social e sistemas cada vez mais democráticos e descentralizados.

Quais são os principais modelos de administração pública e como eles impactam a eficiência e a transparência na gestão dos serviços públicos?

Temos essencialmente 3 modelos de administração pública: a)o Patrimonialista, eivado de pessoalidade e confusão entre a coisa pública e a coisa privada. O chefe de estado dispõe dos bens públicos de acordo com sua vontade, sem a necessidade de prestar contas ou explicar-se a qualquer das partes dessa relação de poder. Independe então da forma que essa liderança exerce dominação, se de forma carismática ou mesmo por imposição de força. Infelizmente não podemos dizer que é um modelo cem por cento superado em nossa sociedade, pois os jogos de poder, o nepotismo e a corrupção presentes em nossos governos fazem com que na prática a gestão pública ainda apresente algumas dessas características.
O modelo b)Burocrático, surge em função da necessidade das organizações buscarem eficiência da produção e superarem o caráter pessoal da gestão. Podemos dizer que a partir desse ponto a gestão pública começa a ser pensada como, de fato, meio de tornar os serviços públicos mais eficientes e eficazes quanto a alcançar seus propósitos, ou seja, há então intencionalidade e profissionalização da gestão. Impessoalidade, profissionalização, normas exaustivamente escritas e hierarquia de autoridade marcam essa gestão, no entanto, as regras excessivas e rigidez de procedimentos acabam por gerar as disfunções da burocracia e dificultar o oferecimento dos serviços. A eficiência nem sempre é perseguida como deveria. Neste modelo, os gestores prestam contas formais aos órgãos de controle. Não há preocupação com a transparência no oferecimento dos serviços.
O modelo c)Gerencial, conhecido também como Nova Gestão Pública(NGP ) adota práticas gerenciais desenvolvidas no setor privado no setor público, buscando melhorar a eficiência na prestação dos serviços e permitir a participação do cidadão na avaliação dos resultados. O modelo gerencial se distancia do anterior pois traz a visão de redução de burocratização (de forma bem conservadora), transparência e eficiência, como foco na melhoria na prestação do serviço. Ou seja, aqui também ja se trabalha a redução de atuação do Estado, saindo da esfera da execução, para assumir a face reguladora. existe a necessidade de esclarecer que o modelo gerencial e a NVG se confundem, mas podem representar momentos diferentes, podemos compreender como dois modelos diferentes, ou evolução do mesmo modelo, diante das demandas e exigências globais, trabalhando com parcerias e foco na participação mais efetiva do cidadão. Assim, a NGP busca estabelecer uma relação de diálogo mais ativa com a sociedade, que influencia também em seu processo decisório.

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