Qual é a relação entre patrimonialismo e burocracia na administração pública, e como esses conceitos afetam a eficiência e a transparência do governo?

 

Tópico: Modelos de Administração Pública: patrimonialismo e burocracia

Re:Qual é a relação entre patrimonialismo e burocracia na administração pública, e como esses conceitos afetam a eficiência e a transparência do governo?

Todo este aparato burocrático surgiu com o intuito de aumentar a eficiência organizacional (diferente do que comumente se pensa, a ideia de eficiência foi introduzida na burocracia, não no modelo gerencial). O controle na burocracia era a priori e focado nos procedimentos. Ou seja, sob esta ótica, se uma instituição está seguindo as normas estabelecidas, então a eficiência está garantida.

Fórum da aula Administração Pública I

No Patrimonialismo não há distinção entre o patrimônio público e o privado sendo que seus líderes consideram o Estado como seu próprio patrimônio, misturando o que é público do que é privado resultando em corrupção e nepotismo.
Já no modelo Burocrático a sociedade se baseia em leis racionais, tendo como característica a formalidade , a impessoalidade e o profissionalismo, como pontos negativos podemos salientar o excesso de formalidade, a lentidão e a ineficiência.

Modelo da Administração Pública: Patrimonialismo e Burocracia.

São dois modelos claramente antagônicos, enquanto que no patrimonialismo vê-se a coisa do favorecimento, apadrinhamento, compadrio para com aqueles familiares ou amigos do líder político de então, fazendo com que os "seus" tenham os cargos públicos; o outro lado, da burocracia, o estado é como se fosse "dividido" com toda a população, dando oportunidade e vez a meritocracia para os que estudam e se esforçam. Sendo assim os serviços públicos ficam mais eficientes e justos.

Patrimonialismo, burocracia e seus efeitos na eficiência e transparência do governo.

O patrimonialismo como modelo de gestão pública é característica dos governos absolutistas, e como tal concede ao soberano todo o poder de usufruto privado do bem público, daí decorre que transparência e eficiência são inaplicáveis e este modelo, que tem o nepotismo como forma de escolha dos agentes que servirão o estado e o soberano.
A burocracia, nos moldes da proposição Weberiana, se caracteriza por uma impessoalização da atuação da gestão pública, desidentificando o Estado daqueles que o governam, submetendo os agentes públicos às normas que limitam a sua atuação, marcadamente distinguindo a coisa pública do privado.

Patrimonialismo X Burocracia na Administração Pública

A Administração Pública burocrática mostra-se como uma ruptura com o modelo anterior, patrimonialista, pois separa os interesses pessoais do detentor do poder e os instrumentos colocados à disposição do Poder Público para garantir a satisfação do interesse público. Tem como objetivo defender a sociedade contra o poder arbitrário do soberano.
No modelo de Administração burocrática são adotadas uma série de medidas cujo objetivo é a defesa da coisa pública, em contraposição ao período patrimonialista antecedente, cuja característica principal é a confusão entre patrimônio público, Estado, e o patrimônio particular do detentor do poder.
Enquanto no modelo patrimonialista, quando o patrimônio do Monarca Absoluto se misturava com o patrimônio público, formando uma linha tênue na distinção entre público e privado, no modelo burocrático verifica-se a observância da formalidade, impessoalidade e profissionalismo.
Em que pese advirem alguns entraves com o modelo burocrático, este sem sombra de dúvidas trouxe avanços para uma gestão pública mais transparente e eficiente, haja vista o interesse público sobrepor-se ao interesse privado.

Modelos de Administração Pública: patrimonialismo e burocracia.

A relação entre patrimonialismo e burocracia é de oposição clara. No modelo patrimonialista não existe distinção por parte dos lideres políticos entre o patrimônio público e o privado no governo ou sociedade, noção essa que prevaleceu na era dos estados absolutistas, resultando por muitas vezes em práticas corruptas e no nepotismo estrutural. Já no modelo burocrático as organizações têm características formais, impessoais e profissionais. Porém não se pode esquecer que a burocracia na administração pública acabou surgindo de uma evolução do modelo patrimonialista. Com relação a eficiência e a transparência do governo fica claro que o fim do modelo patrimonialista e inicio do modelo burocrático resultou num grande progresso pois racionalizou e formalizou a administração do Estado. Contudo a estratégia adotada pela administração pública burocrática mostrou-se inadequada, principalmente pelo excesso de formalismo e papelada, tornando essa forma de administrar lenta, cara e ineficiente

Re:Modelos de Administração Pública: patrimonialismo e burocracia.

Como bem colocou o colega Francisco, os limites da administração burocrática devem ser lembrados, para que com base neles possamos partir para uma gestão mais eficiente da coisa pública.

Relação entre patrimonialismo e burocracia

O patrimonialismo e a burocracia são dois conceitos opostos que podem ser encontrados na administração pública. O patrimonialismo é uma forma de governo em que os recursos públicos são tratados como propriedade privada do governante ou de seus aliados. A burocracia, por outro lado, é uma forma de governo em que os recursos públicos são gerenciados de acordo com regras e procedimentos específicos.

O patrimonialismo pode ter um impacto negativo na eficiência e na transparência do governo. Quando os recursos públicos são tratados como propriedade privada, eles podem ser usados para benefício pessoal ou para recompensar aliados políticos. Isso pode levar a um desperdício de recursos, a um aumento da corrupção e a uma diminuição da qualidade dos serviços públicos.

A burocracia, por outro lado, pode ajudar a melhorar a eficiência e a transparência do governo. Quando os recursos públicos são gerenciados de acordo com regras e procedimentos específicos, é mais difícil que eles sejam usados para benefício pessoal ou para recompensar aliados políticos. Isso pode levar a uma redução do desperdício de recursos, a uma diminuição da corrupção e a uma melhoria da qualidade dos serviços públicos.

No entanto, é importante notar que a burocracia também pode ter alguns efeitos negativos. Por exemplo, a burocracia pode ser lenta e burocrática, o que pode dificultar o acesso dos cidadãos aos serviços públicos. Além disso, a burocracia pode ser usada para limitar a participação dos cidadãos no governo.

Em última análise, o impacto do patrimonialismo e da burocracia na eficiência e na transparência do governo depende de uma série de fatores, incluindo a cultura política do país, a qualidade da burocracia e o nível de participação dos cidadãos no governo.

Patrimonialismo e Burocracia

A administração pública patrimonialista é baseada nos modelos de Estados Absolutistas, mas fortemente firmados nos séculos XVII e XVIII, quando o patrimônio do Monarca Absoluto se misturava com o patrimônio público, formando uma linha tênue na distinção entre público e privado. Esse modelo gera falta de participação pública (do povo) e privada, poderes em excesso ao "administrador", promovendo corrupção, nepotismo, ausência de carreiras de administrativas de Estado.
No Brasil esse modelo perdurou até 1930.

Já a Administração Pública Burocrática surge na segunda metade do século XIX, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Temos como características da burocracia:
- Formalidade, com a criação de normas racionais;
- Impessoalidade
- Existência de administradores profissionais e capacitados, com a existência de cargos e carreiras públicas.

A burocracia tem como efeito desejado a previsibilidade e padronização do desempenho da atuação estatal, promovendo, com isso mais eficiência e transparência no trato público.
Apesar de ser um modelo, ao meu ver, superior, existem disfunções no modelo burocrático que prejudicam o bom andamento da coisa pública como por exemplo: excesso de formalismo e papelório, resistência às mudanças - muitas vezes necessárias, dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público devido ao exagero de regras e normas a que o funcionáro é apresentado.

Como podemos perceber o patrimonialismo e a burocracia são posições opostas. No patrimonialismo não temos transparência nem um maior cuidado com o trato das coisas públicas o que acarreta também pouca eficiência nos processos e mais corrupção. Já na burocracia se estabelece uma administração mais organizada pautada por princípios sérios de transparência, controle, profissionalismo. Tudo isso gera mais transparência e eficiência na administração pública. Contudo, é mister ressaltar a necessidade do seu constante aperfeiçoamento para que suas disfunções sejam cada vez mais atenuadas.

Modelos de Administração Pública: Patrimonialismo e Burocracia

A administração pública é responsável por atender as necessidades da sociedade por meio de um grande arcabouço constituído por órgãos e servidores que atuam na prestação de diversos serviços, como: educação, saúde e segurança.

E para organizar esse arcabouço, foi necessário, ao longo do tempo, adotar modelos de gestão pública que suprissem a ineficiência do Estado no alcance de objetivos e metas, bem como aperfeiçoá-los em consonância com as tendências da época.

O primeiro modelo adotado no Brasil foi o Patrimonialismo, cuja característica principal era a não distinção entre os bens públicos e particulares. O clientelismo era comum, com troca de favores que propiciavam a corrupção e o nepotismo.

Com o intuito de combater esses fatores e tornar o estado mais eficiente, surge o modelo Burocrático, que profissionaliza a gestão pública, com controle rígido de processos, de seleção de servidores e contratações de serviços e produtos, numa ótica apresentada a partir do Capitalismo industrial.

Assim, a gestão, nesse caso, evoluiu de um formato absolutista para um formato organizado e hierárquico, que visou melhorar às entregas à sociedade e respeitar um ordenamento visível entre a coisa pública e a privada.

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