Falta conhecimento do eleitor sobre o sistema político, aponta DataSenado –  CONTEE

O SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA GESTÃO PÚBLICA.

A relação entre o sistema político e a gestão pública é um tema relevante e presente no contexto brasileiro, dada a influência direta do primeiro na efetividade do segundo. O objetivo deste capítulo é discutir as características do sistema político brasileiro e suas consequências para a gestão pública, a partir de uma análise da literatura especializada.

A fragmentação partidária é uma das principais características do sistema político brasileiro, que apresenta um grande número de partidos políticos. Segundo Almeida (1998), essa fragmentação dificulta a formação de coalizões políticas estáveis e a implementação de políticas públicas consistentes. Além disso, Mainwaring e Shugart (1997) afirmam que o sistema político brasileiro é presidencialista, o que implica em maior dificuldade para formar maiorias parlamentares e para aprovar leis no Congresso Nacional.

Outra característica é a concentração de poder nas mãos de poucos políticos influentes, em detrimento da representatividade popular. Almeida e Limongi (2002) apontam que essa concentração é reforçada pela eleição de representantes através do sistema de lista aberta, que favorece os políticos com maior poder de barganha e recursos financeiros. Sartori (2003) destaca ainda a falta de ideologia partidária no sistema político brasileiro, o que dificulta a distinção entre os diferentes partidos políticos.

As características do sistema político brasileiro têm impacto direto na gestão pública. A fragmentação partidária e a instabilidade política dificultam a elaboração e implementação de políticas públicas, e contribuem para a falta de continuidade das mesmas, especialmente em casos de troca de governo. Figueiredo e Limongi (1999) mostram que a instabilidade política prejudica a efetividade da administração pública, uma vez que os servidores públicos podem ser trocados a cada nova gestão, prejudicando a continuidade e a estabilidade das políticas públicas.

Além disso, a falta de transparência e accountability no sistema político brasileiro é um fator que contribui para o aumento da corrupção e da impunidade. A cultura de clientelismo e corrupção presentes na política brasileira afeta diretamente a qualidade da administração pública e a prestação de serviços públicos de qualidade à população.

Em síntese, o sistema político brasileiro apresenta desafios para a gestão pública, tais como a fragmentação partidária, a instabilidade política, a concentração de poder nas mãos de poucos políticos influentes e a cultura de clientelismo e corrupção. Tais características prejudicam a efetividade da administração pública e a qualidade dos serviços prestados à população. É preciso aprimorar as instituições políticas e a gestão pública, visando garantir um Estado mais eficiente, transparente e democrático. A literatura acadêmica especializada, que citamos constantemente em nossos textos, pode oferecer importantes subsídios para se pensar em alternativas que busquem solucionar esses desafios.

Uma das características mais marcantes do sistema político brasileiro é o presidencialismo de coalizão, que tem consequências diretas para a gestão pública e para a continuidade das políticas públicas. Essa forma de governar, que depende da formação de alianças com diversos partidos políticos, muitas vezes leva à descontinuidade de políticas públicas e à indicação de pessoas para cargos públicos com base em critérios políticos, em detrimento da competência técnica. Além disso, o debate sobre o fim da estabilidade no serviço público pode afetar a profissionalização do Estado e o fortalecimento da meritocracia na administração pública, em benefício de indicações políticas. Esses temas são cruciais para o desenvolvimento do país e para a qualidade dos serviços prestados à população e que serão tratados nos itens a seguir.

O PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO

O presidencialismo de coalizão é uma característica marcante do sistema político brasileiro, e tem sido apontado como uma das principais causas das dificuldades enfrentadas na gestão e administração pública. O presidencialismo de coalizão é uma forma de governo em que o presidente precisa negociar com outras forças políticas para governar. No Brasil, o sistema político é multipartidário e, em geral, nenhum partido tem maioria absoluta no Congresso Nacional. Assim, para governar, o presidente precisa fazer alianças com outros partidos políticos, oferecendo cargos e recursos em troca de apoio no Legislativo.

Para Almeida e Limongi (2002), o presidencialismo de coalizão é um arranjo institucional em que o presidente da República, eleito diretamente pelo povo, governa com base em uma coalizão formada por partidos políticos, que lhe dão sustentação no Congresso Nacional. Segundo esses autores, a formação de coalizões é uma consequência inevitável da fragmentação partidária e da dificuldade de formação de maiorias absolutas no Legislativo.

De acordo com Almeida (1998), o presidencialismo de coalizão apresenta algumas vantagens, tais como a estabilidade política, a capacidade de produzir leis e políticas mais abrangentes e a inclusão de diferentes perspectivas e interesses no processo decisório. Por outro lado, também apresenta desvantagens, como a dificuldade de implementar reformas e políticas mais profundas, a corrupção e a influência de grupos de interesse.

Segundo Mainwaring e Shugart (1997), o presidencialismo de coalizão pode ser classificado em três tipos: presidencialismo de coalizão mínima, presidencialismo de coalizão majoritária e presidencialismo de coalizão multipartidária. No primeiro, o presidente negocia apenas com um ou dois partidos políticos. No segundo, o presidente negocia com um partido político que tem maioria no Congresso. No terceiro, o presidente negocia com vários partidos políticos para governar.

No Brasil, o presidencialismo de coalizão é caracterizado pelo multipartidarismo e pela fragmentação partidária, o que dificulta ainda mais a formação de coalizões estáveis e duradouras. Para Almeida (1998), o presidencialismo de coalizão no Brasil é marcado pela “multiplicidade de vetores de poder e a interação complexa entre os partidos políticos, as elites e os grupos de interesse”.

O presidencialismo de coalizão é uma característica marcante do sistema político brasileiro e apresenta vantagens e desvantagens para a governança e gestão pública. É importante destacar que a instabilidade política e a fragmentação partidária podem dificultar a implementação de reformas e políticas mais profundas, além de favorecer a corrupção e a influência de grupos de interesse.

PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Além dos argumentos destacados no items anterior, essa coalizão tem implicações significativas para a gestão e administração pública. De acordo com Sartori (2003), o presidencialismo de coalizão pode levar a uma "hipertrofia do Executivo", uma vez que o presidente precisa acomodar os interesses dos partidos que compõem sua base de apoio, concedendo-lhes cargos e recursos em troca de apoio político.

Essa troca de favores pode resultar em uma gestão pública marcada pela ineficiência e pelo clientelismo. De acordo com Figueiredo e Limongi (1999), a nomeação de aliados políticos para cargos de confiança pode resultar na escolha de pessoas sem qualificação técnica para exercer funções importantes na administração pública.

Além disso, o presidencialismo de coalizão pode levar a uma instabilidade política constante, com o presidente enfrentando dificuldades para aprovar suas propostas no Congresso Nacional. Segundo Mainwaring e Shugart (1997), essa instabilidade pode resultar em um "presidencialismo fraco", no qual o presidente tem pouca capacidade de governar de forma eficaz.

O presidencialismo de coalizão é um modelo de governança que tem implicações significativas para a gestão e administração pública brasileira. A necessidade de formar coalizões para governar pode levar a uma gestão marcada pela ineficiência e pelo clientelismo, além de resultar em instabilidade política constante. Portanto, é necessário buscar soluções para reduzir a fragmentação partidária e fortalecer a capacidade de governança do presidente da República, de forma a promover uma gestão pública mais eficiente e voltada para o interesse público.

Portanto, é necessário aprimorar o sistema político e eleitoral brasileiro, de forma a diminuir a fragmentação partidária e aprimorar a governança e a gestão pública. Isso pode ser alcançado por meio de uma reforma política ampla e participativa, que leve em consideração as demandas da sociedade e promova a transparência, a ética e a eficiência na gestão pública. Além disso, é fundamental que haja maior participação da sociedade civil no processo político, de forma a garantir uma representação mais democrática e legítima.

INDICAÇÕES POLÍTICAS PARA ÁREAS DE NATUREZA TÉCNICA, NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

A indicação de pessoas com base em critérios políticos para cargos técnicos na administração pública pode trazer diversos problemas para a gestão pública e para a sociedade como um todo. Segundo autores acadêmicos, algumas das principais consequências negativas incluem a ineficiência, a falta de transparência e a corrupção.

Para Bresser-Pereira (2009), a indicação política de pessoas para cargos técnicos pode comprometer a eficiência da gestão pública, uma vez que as nomeações podem ser feitas com base em interesses partidários ou pessoais, em vez de critérios técnicos. Além disso, o autor destaca que a falta de transparência nos processos de indicação pode dificultar a avaliação da capacidade e da competência dos nomeados.

Outro problema é a possibilidade de corrupção. Segundo Ferreira (2012), a indicação política pode abrir espaço para práticas corruptas, uma vez que os cargos públicos podem ser utilizados para beneficiar empresas ou grupos políticos em troca de vantagens financeiras ou políticas. Nesse sentido, a indicação de pessoas com base em critérios políticos pode prejudicar a efetividade e a eficiência das políticas públicas.

Por fim, Santos (2015) destaca que a indicação política pode comprometer a qualidade dos serviços prestados à sociedade, uma vez que pessoas sem a qualificação técnica adequada podem ser nomeadas para cargos técnicos. Isso pode resultar em políticas públicas mal planejadas, ineficazes e ineficientes, que prejudicam a qualidade de vida dos cidadãos.

Portanto, é importante que a gestão pública esteja comprometida com a seleção de pessoas qualificadas e competentes para cargos técnicos, independentemente de critérios políticos. Isso pode contribuir para a efetividade e a eficiência das políticas públicas, além de promover a transparência e a accountability na administração pública.

A TROCA DE GOVERNOS E A DESCONTINUIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

A troca de governos é uma realidade comum na democracia, no entanto, as consequências que ela pode ter para a continuidade das políticas públicas é um tema de grande relevância na administração pública. O objetivo deste capítulo é discutir os impactos da descontinuidade das políticas públicas ocasionada pela troca de governos. Para isso, serão apresentados conceitos, exemplos e autores que tratam do tema.

A descontinuidade das políticas públicas pode ser definida como a interrupção de um programa ou projeto em curso, ou a não continuidade de uma política pública implementada por uma gestão anterior. Segundo Silva e Ferreira (2013), a descontinuidade pode ser total ou parcial e pode ocorrer por diferentes motivos, como divergências ideológicas, falta de recursos financeiros, mudança de prioridades, entre outros.

Um dos principais motivos para a descontinuidade das políticas públicas é a troca de governos. No Brasil, por exemplo, a cada quatro anos, ocorrem eleições presidenciais, o que pode ocasionar uma mudança significativa na condução do Estado e na continuidade das políticas públicas implementadas anteriormente.

O presidencialismo de coalizão, que é um modelo político adotado no Brasil, pode contribuir para a descontinuidade das políticas públicas. Segundo Mainwaring e Scully (1995), o presidencialismo de coalizão é caracterizado pela formação de alianças políticas entre o presidente e diferentes partidos políticos para governar. Essa coalizão pode ser instável e, com a saída de algum partido, a governabilidade pode ser afetada, o que pode levar à descontinuidade de políticas públicas.

Alguns autores destacam que a descontinuidade das políticas públicas pode ter consequências negativas para a administração pública e para a sociedade em geral. Alford e O'Flynn (2012) argumentam que a descontinuidade pode levar à perda de recursos financeiros, de capital social e de conhecimento acumulado. Já Peters (2010) destaca que a descontinuidade pode gerar ineficiência, falta de coordenação e de aprendizado organizacional.

Exemplos de descontinuidade de políticas públicas podem ser encontrados em diferentes áreas, como saúde, educação, meio ambiente, entre outras. Um exemplo recente ocorreu no Brasil, em 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro assumiu o cargo e suspendeu a aplicação de recursos financeiros para o programa Mais Médicos, implementado durante o governo anterior.

A descontinuidade das políticas públicas ocasionada pela troca de governos é um tema de grande relevância na administração pública. A troca de gestão pode gerar mudanças significativas na condução do Estado e na continuidade das políticas públicas implementadas anteriormente. O presidencialismo de coalizão, que é um modelo político adotado no Brasil, pode contribuir para a descontinuidade das políticas públicas.

É importante destacar que esse problema pode ser agravado em países com sistemas políticos instáveis ou altamente polarizados. Em países com histórico de instabilidade política, como é o caso do Brasil, a descontinuidade das políticas públicas pode ser ainda mais intensa, comprometendo a efetividade das políticas e programas implementados.

No Brasil, por exemplo, a alternância de governos de diferentes partidos e ideologias é uma prática comum e que, em muitos casos, pode resultar na descontinuidade das políticas públicas implementadas anteriormente. De acordo com o estudo de Abers e Keck (2013), a alternância de governos em diferentes níveis (federal, estadual e municipal) pode ter consequências negativas para a gestão pública e para a continuidade das políticas públicas.

A descontinuidade das políticas públicas pode gerar custos econômicos e sociais significativos, como o desperdício de recursos públicos investidos em projetos e programas que não serão concluídos, a perda de oportunidades de desenvolvimento e o prejuízo aos direitos e interesses dos cidadãos. Segundo Diniz e Boschi (2014), a descontinuidade das políticas públicas também pode contribuir para a desconfiança da população nas instituições públicas e para a desmobilização social.

Para enfrentar a descontinuidade das políticas públicas, é necessário desenvolver mecanismos que permitam a continuidade das políticas e programas implementados, independentemente da mudança de governo. Alguns dos mecanismos propostos por autores como Bresser-Pereira (2004) e Abrucio (2007) incluem a adoção de políticas de Estado, que transcendam os interesses e agendas dos governos em exercício, e a implementação de sistemas de avaliação e monitoramento das políticas públicas, que permitam o acompanhamento e a correção de rumos das políticas implementadas.

A EXCLUSÃO DA ESTABILIDADE DOS SERVIDORES PÚBLICOS PODERIA MELHORAR A GESTÃO PÚBLICA?

A estabilidade do servidor público é um tema muito debatido no Brasil e em outros países que adotam esse modelo de gestão pública. A estabilidade é uma garantia constitucional que tem como objetivo proteger o servidor público contra pressões políticas e garantir a continuidade dos serviços públicos prestados à sociedade. No entanto, há um debate em curso sobre os efeitos da exclusão da estabilidade dos servidores públicos na gestão pública.

A exclusão da estabilidade dos servidores públicos pode ter diferentes impactos na gestão pública. Por um lado, há argumentos de que essa medida poderia tornar o serviço público mais eficiente e reduzir a burocracia. A argumentação é que a estabilidade torna difícil a demissão de servidores públicos incompetentes ou descomprometidos, o que poderia resultar em um serviço público menos eficiente. Além disso, a estabilidade seria um fator que incentiva a acomodação e a falta de motivação dos servidores públicos. Nesse sentido, a exclusão da estabilidade poderia incentivar uma maior produtividade e eficiência no setor público.

Por outro lado, há argumentos de que a exclusão da estabilidade poderia levar a uma politização ainda maior da administração pública, com maior troca de servidores a cada mudança de governo. Isso poderia prejudicar a continuidade e a estabilidade dos serviços públicos prestados à sociedade, pois cada novo governo poderia escolher seus próprios servidores, sem levar em consideração a qualificação técnica dos mesmos. Além disso, há a possibilidade de que a exclusão da estabilidade possa levar a um aumento da corrupção no setor público, uma vez que os servidores públicos poderiam ser demitidos sem justa causa e sem garantias contra pressões políticas.

Autores como Bresser-Pereira (1996) e Abrucio (1998) argumentam que a estabilidade é fundamental para garantir a continuidade e a estabilidade das políticas públicas, bem como para proteger os servidores públicos contra pressões políticas indevidas. Segundo esses autores, a estabilidade é uma garantia fundamental para que o servidor público possa desempenhar suas funções de forma independente, sem interferências políticas.

Logo, a exclusão da estabilidade dos servidores públicos pode ter diferentes impactos na gestão pública, tanto positivos como negativos. Enquanto alguns argumentam que a exclusão da estabilidade poderia tornar o serviço público mais eficiente, outros alertam para o risco de politização ainda maior da administração pública e perda de continuidade e estabilidade dos serviços públicos prestados à sociedade. Portanto, é necessário um debate mais amplo e aprofundado sobre o tema, considerando os diversos fatores envolvidos na gestão pública e a necessidade de garantir a prestação de serviços públicos de qualidade à sociedade.

Referências Bibliográficas

ABERS, R. N.; KECK, M. E. Practical authority and democratic horizons: Brazilian experiences of government participation. Journal of Public Deliberation, v. 9, n. 1, p. 1-17, 2013.

ABRUCIO, F. L. Os barões da federação: os governadores e a redemocratização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1998.

ALMEIDA, M. H. T. Partidos políticos e governos no Brasil contemporâneo. Lua Nova, São Paulo, v. 44, p. 91-112, 1998.

ALMEIDA, M. H. T.; LIMONGI, F. Partidos políticos e política no Brasil contemporâneo. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 17, n. 49, p. 31-49, 2002.

BRESSER-PEREIRA, L. C. Reforma do Estado para a cidadania: a reforma gerencial brasileira na perspectiva internacional. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 10, n. 1, p. 3-17, jan./mar. 1996.

DINIZ, E. H.; BOSCHI, R. R. A democracia brasileira em balanço: o governo Dilma Rousseff e o debate político contemporâneo. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2014.

FERREIRA, J. O. Indicação política e corrupção na administração pública brasileira. In: SOUSA JUNIOR, J. J.; VASCONCELOS NETO, M. (orgs.). Estado, Democracia e Cidadania: Políticas Públicas e Sociedade Civil. João Pessoa: Editora Universitária UFPB, 2012.

FIGUEIREDO, A. F.; LIMONGI, F. Executivo e Legislativo na nova ordem constitucional. Rio de Janeiro: FGV, 1999.

MAINWARING, S.; SHUGART, M. S. Presidentialism and democracy in Latin America. Cambridge University Press, 1997.

SANTOS, C. A. Indicação política e gestão pública no Brasil: estudo de caso da indicação de secretários municipais em São Paulo. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 49, n. 4, p. 983-1002, 2015.

SARTORI, G. Engenharia constitucional comparada: uma investigação sobre estruturas, incentivos e resultados. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2003.

 

 

Qual é a relação entre o sistema político brasileiro e suas consequências na gestão pública? Como os aspectos estruturais, como o sistema eleitoral, os partidos políticos e as coalizões governamentais, afetam a capacidade do Estado em implementar políticas públicas eficientes e atender às demandas da sociedade? Quais são os desafios e oportunidades para melhorar a governança e a transparência no sistema político brasileiro, visando uma gestão pública mais eficaz e responsável?

 

Tópico: O sistema político brasileiro e suas consequências na gestão pública.

Quais são os desafios e oportunidades para melhorar a governança e a transparência no sistema político brasileiro, visando uma gestão pública mais eficaz e responsável?

O desafio de aprimorar o sistema político brasileiro passa pela diminuição da fragmentação partidária, melhorando a governança da gestão pública. Isso pode ser alcançado por meio de uma reforma política ampla e participativa que leve em consideração as demandas da sociedade, promovendo a transparência na gestão pública. Também cito uma oportunidade para superar o desafio da descontinuidade das políticas públicas através da adoção de políticas de Estado que transcendam os interesses dos governos em exercício, melhorando a governança e a utilização de sistemas de monitoramento das políticas públicas, melhorando a transparência. Dessa forma, teríamos uma gestão pública mais eficaz e responsável.

Como os aspectos estruturais, como o sistema eleitoral, os partidos políticos e as coalizões governamentais, afetam a capacidade do Estado em implantar políticas públicas eficientes e atender às demandas da sociedade?

A troca de governos é uma realidade comum na democracia, mas como consequência afeta a continuidade das políticas públicas. No Brasil, a cada quatro anos, ocorrem eleições presidenciais com possibilidade de mudanças significativas na condução do Estado. Por isso, é fundamental que a sociedade civil participe ativamente do processo eleitoral, visando garantir uma representação legítima.
O grande número de partidos políticos dificulta a implantação de polícias públicas consistentes devido à multiplicidade de vetores de poder e a interação complexa entre os diversos partidos políticos, as elites econômicas e a população geral. Dessa forma, afeta a capacidade do Estado em atender às demandas da sociedade.
A formação de alianças com diversos partidos políticos, chamada de coalizão, muitas vezes leva a indicação de pessoas para cargos públicos com base em critérios políticos ao invés da competência técnica. Nesse sentido, a indicação de pessoas com base em critérios políticos pode prejudicar a eficiência das políticas públicas.

Qual é a relação entre o sistema político brasileiro e suas consequências na gestão pública?

A fragmentação política é uma das principais características do sistema político brasileiro, que apresenta um grande número de partidos políticos. Além disso, a falta de ideologia partidária no sistema político brasileiro dificulta a distinção entre os diferentes partidos políticos. Tais características prejudicam a efetividade da gestão pública e a qualidade dos serviços prestados à população.

O sistema político brasileiro e suas consequências na gestão pública

O sistema político brasileiro possui características que afetam diretamente o desenvolvimento das ações inerentes à gestão pública. Alguns aspectos como a fragmentação partidária, a instabilidade política, o sistema político presidencialista e a concentração de poder em pequenos grupos dificultam uma gestão pública eficiente, eficaz e que atenda às necessidades da sociedade.
Como esses aspectos citados acima interferem na gestão pública, eles impactam diretamente na criação, implementação e a continuidade das políticas públicas, que são ações e programas desenvolvidos para assegurar que os direitos previstos na Constituição sejam postos em prática. Como as políticas públicas permitem que a sociedade tenha seus direitos assegurados quando proporcionam saúde, educação, segurança, liberdade, entre outros, a sua realização está interligada com uma gestão pública eficiente.
As políticas públicas resultam de um trabalho em conjunto dos poderes Legislativo e Executivo, os quais são compostos por membros eleitos e com mandatos temporários. Dessa forma, a continuidade do planejamento e execução delas depende da permanência ou da disposição dos políticos. A maioria não se dispõe a dar prosseguimento, pois enxerga nelas ações de grupos ou partidos políticos. Dessa forma, atividades que promovem os direitos não são mantidas por questões de interesses políticos, pois muitos preferem não continuar ações estabelecidas em gestões anteriores.
Os desafios para combater esses problemas perpassam por uma melhoria do sistema político brasileiro, objetivando diminuir a influência de pequenos grupos, diminuir a fragmentação partidária e estabelecer mecanismos para evitar a descontinuidade das políticas públicas. Com esses problemas minimizados, as instituições políticas são fortalecidas, a governança e a transparência predominam e a gestão pública tende a ser mais eficiente.

Qual é a relação entre o sistema político brasileiro e suas consequências na gestão pública? Como os aspectos estruturais, como o sistema eleitoral, os partidos políticos e as coalizões governamentais, afetam a capacidade do Estado em implementar política

O sistema político brasileiro é o presidencialismo de coalização, tal sistema traz muitas consequências para a gestão publica, a fragmentação partidária é muito extensa no Brasil e isso dificulta para o presidente eleito ter a maioria nas casas do congresso o forçando a criar alianças com outros partidos em troca de favores políticos como cargos de gestão baseadas em indicação política. Um cargo técnico ocupado por uma pessoa não qualificada traz prejuízos aos cidadãos por escolhas erradas e precipitadas de uma pessoa despreparada para tal cargo.
As mudanças de governo prejudicam muito a continuidade de um trabalho iniciado no governo anterior. Por mudança de crenças ou de prioridades, um projeto que foi investido uma grande quantidade de dinheiro publico acaba ficando esquecido e não vai para frente, prejudicando assim os usuários do projeto criado, por exemplo, o projeto mais médico citado em nosso material de estudo.
A grande quantidade de partidos políticos no Brasil dificulta a governança do presidente para cumprir promessas e melhorar a qualidade de vida da população e isso implica em formar coalizões para governar e acaba ficando um governo ineficiente marcado pelo clientelismo. Seria preciso reduzir a fragmentação partidária para melhorar a capacidade de governança para que seja um governo mais eficiente e satisfatório para os cidadãos.

Qual é a relação entre o sistema político brasileiro e suas consequências na gestão pública? Como os aspectos estruturais, como o sistema eleitoral, os partidos políticos e as coalizões governamentais, afetam a capacidade do Estado em implementar política

O sistema político do Brasil é complexo e fragmentado em muitas ideologias, sendo representadas por partidos políticos dos mais diversos e com polarização das ideologias dominantes.
E como nosso sistema político é o presidencialismo de coalizão, o Poder Executivo precisa fazer alianças com os partidos políticos no Congresso Nacional, para obter a maioria e, assim, conseguir aprovar projetos e políticas públicas, para obter a tão almejada governabilidade.
No entanto, para conseguir a maioria no Congresso, o governo se utiliza práticas questionáveis (e até nada éticas) de negociação de cargos públicos, e até cria ministérios para lotear os cargos em troca de apoio político. Disso surgem a corrupção, o clientelismo, troca de favores e outros fatores negativos que comprometem a qualidade do serviço público por colocar pessoas despreparadas e sem conhecimento técnico na gestão pública, favorecendo apenas interesses de políticos e de empresas com poder de lobby. E, assim, a sociedade é prejudicada por essas práticas no governo, pois a competência e o critério técnicos dão lugar ao lobby político. (Agora imagina se acabarem com a estabilidade do serviço público, a oferta de cargos como instrumento de negociação, para conseguir apoio político, seria um ultraje, tendo em vista a banalização que já ocorre hoje).
Ainda, acontece do governo atual não dá continuidade a programas e projetos do governo anterior, simplesmente por uma questão ideológica partidária, o que gera um enorme desperdício de recursos ora aplicados com a interrupção desses programas, para começar outro que leve a logomarca do governo em curso. Isso é simplesmente um absurdo, pois os programas não são de governo e sim de Estado, cuja execução deve somente beneficiá-lo e a todos os seus cidadãos, e não um governo específico que logo passará ao final do mandato.
Logo, é preciso haver uma reforma política que mude tudo isso. Que obrigue os governos a concluírem projetos e dá continuidade a programas econômicos e sociais, independente de interesses e ideologias partidárias, promovendo accountabily, transparência, governança pública, com a inclusão da sociedade na gestão pública e no controle de resultados, e responsabilização efetiva dos representantes do governo e dos gestores públicos, em caso de improbidade.
Esse tipo de governo, baseado em troca de favores e de negociação de cargos por apoio político, vem desde o Brasil-Império. Portanto, já passou da hora de mudar essa mentalidade e implementar mudanças necessárias para coibir tais práticas e com efetiva punição dos responsáveis, e, também, promover a ocupação de cargos públicos por critérios técnicos, no qual os gestores escolhidos tenham competência, experiência e compromisso com resultados que agreguem valor para a sociedade como um todo.

Qual é a relação entre o sistema político brasileiro e suas consequências na gestão pública? Como os aspectos estruturais, como o sistema eleitoral, os partidos políticos e as coalizões governamentais, afetam a capacidade do Estado em implementar política

O sistema político do Brasil é complexo e fragmentado em muitas ideologias, sendo representadas por partidos políticos dos mais diversos e com polarização das ideologias dominantes.
E como nosso sistema político é o presidencialismo de coalizão, o Poder Executivo precisa fazer alianças com os partidos políticos no Congresso Nacional, para obter a maioria e, assim, conseguir aprovar projetos e políticas públicas, para obter a tão almejada governabilidade.
No entanto, para conseguir a maioria no Congresso, o governo se utiliza práticas questionáveis (e até nada éticas) de negociação de cargos públicos, e até cria ministérios para lotear os cargos em troca de apoio político. Disso surgem a corrupção, o clientelismo, troca de favores e outros fatores negativos que comprometem a qualidade do serviço público por colocar pessoas despreparadas e sem conhecimento técnico na gestão pública, favorecendo apenas interesses de políticos e de empresas com poder de lobby. E, assim, a sociedade é prejudicada por essas práticas no governo, pois a competência e o critério técnicos dão lugar ao lobby político. (Agora imagina se acabarem com a estabilidade do serviço público, a oferta de cargos como instrumento de negociação, para conseguir apoio político, seria um ultraje, tendo em vista a banalização que já ocorre hoje).
Ainda, acontece do governo atual não dá continuidade a programas e projetos do governo anterior, simplesmente por uma questão ideológica partidária, o que gera um enorme desperdício de recursos ora aplicados com a interrupção desses programas, para começar outro que leve a logomarca do governo em curso. Isso é simplesmente um absurdo, pois os programas não são de governo e sim de Estado, cuja execução deve somente beneficiá-lo e a todos os seus cidadãos, e não um governo específico que logo passará ao final do mandato.
Logo, é preciso haver uma reforma política que mude tudo isso. Que obrigue os governos a concluírem projetos e dá continuidade a programas econômicos e sociais, independente de interesses e ideologias partidárias, promovendo accountabily, transparência, governança pública, com a inclusão da sociedade na gestão pública e no controle de resultados, e responsabilização efetiva dos representantes do governo e dos gestores públicos, em caso de improbidade.
Esse tipo de governo, baseado em troca de favores e de negociação de cargos por apoio político, vem desde o Brasil-Império. Portanto, já passou da hora de mudar essa mentalidade e implementar mudanças necessárias para sua coibir tais práticas com efetiva punição, e promover a ocupação de cargos públicos por critérios técnicos, no qual os gestores escolhidos tenham competência, experiência e compromisso com resultados que agreguem valor para a sociedade como um todo.

Qual é a relação entre o sistema político brasileiro e suas consequências na gestão pública? Como os aspectos estruturais, como o sistema eleitoral, os partidos políticos e as coalizões governamentais, afetam a capacidade do Estado em implementar política

Dentre as características do sistema político brasileiro, se destacam a fragmentação partidária, o presidencialismo de coalizão, a concentração de poder nas mãos de poucos políticos influentes, em detrimento da representatividade popular e a falta de ideologia partidária, o que dificulta a distinção entre os diferentes partidos políticos.
O presidencialismo de coalizão tem sido apontado como uma das principais causas das dificuldades enfrentadas na gestão e administração pública. É uma forma de governo em que o presidente precisa negociar com outras forças políticas para governar. No Brasil, o sistema político é multipartidário e, em geral, nenhum partido tem maioria absoluta no Congresso Nacional. Assim, para governar, o presidente precisa fazer alianças com outros partidos políticos, oferecendo cargos e recursos em troca de apoio no Legislativo.
A necessidade de formar coalizões para governar pode levar a uma gestão marcada pela ineficiência e pelo clientelismo, além de resultar em instabilidade política constante. A indicação de pessoas com base em critérios políticos para cargos técnicos na administração pública pode trazer diversos problemas para a gestão pública e para a sociedade como um todo. Segundo autores acadêmicos, algumas das principais consequências negativas incluem a ineficiência, a falta de transparência e a corrupção.
A troca de governos é uma realidade comum na democracia, no entanto, as consequências que ela pode ter para a continuidade das políticas públicas é um tema de grande relevância na administração pública. Um dos principais motivos para a descontinuidade das políticas públicas é a troca de governos. No Brasil, por exemplo, a cada quatro anos, ocorrem eleições presidenciais, o que pode ocasionar uma mudança significativa na condução do Estado e na continuidade das políticas públicas implementadas anteriormente.
A descontinuidade das políticas públicas pode gerar custos econômicos e sociais significativos, como o desperdício de recursos públicos investidos em projetos e programas que não serão concluídos, a perda de oportunidades de desenvolvimento e o prejuízo aos direitos e interesses dos cidadãos. Segundo Diniz e Boschi (2014), a descontinuidade das políticas públicas também pode contribuir para a desconfiança da população nas instituições públicas e para a desmobilização social.
O presidencialismo de coalizão pode contribuir para a descontinuidade das políticas públicas.
As características do sistema político brasileiro têm impacto direto na gestão pública. A fragmentação partidária e a instabilidade política dificultam a elaboração e implementação de políticas públicas, e contribuem para a falta de continuidade das mesmas, especialmente em casos de troca de governo.
Como desafios para o enfrentamento destes problemas, é preciso aprimorar o sistema político e eleitoral brasileiro, de forma a diminuir a fragmentação partidária, selecionar pessoas qualificadas e competentes para cargos técnicos, independentemente de critérios políticos, desenvolver mecanismos que permitam a continuidade das políticas e programas implementados, independentemente da mudança de governo com o objetivo primordial de reforçar as instituições políticas e a gestão pública, visando garantir um Estado mais eficiente, transparente e democrático.

Qual é a relação entre o sistema político brasileiro e suas consequências na gestão pública? Como os aspectos estruturais, como o sistema eleitoral, os partidos políticos e as coalizões governamentais, afetam a capacidade do Estado em implementar política

A relação entre o sistema político e a gestão pública é um tema relevante e presente no contexto brasileiro, dada a influência direta do primeiro na efetividade do segundo.
A fragmentação partidária é uma das principais características do sistema político brasileiro, que apresenta um grande número de partidos políticos. Segundo Almeida (1998), essa fragmentação dificulta a formação de coalizões políticas estáveis e a implementação de políticas públicas consistentes. Além disso, Mainwaring e Shugart (1997) afirmam que o sistema político brasileiro é presidencialista, o que implica em maior dificuldade para formar maiorias parlamentares e para aprovar leis no Congresso Nacional.
As características do sistema político brasileiro têm impacto direto na gestão pública. A fragmentação partidária e a instabilidade política dificultam a elaboração e implementação de políticas públicas, e contribuem para a falta de continuidade das mesmas, especialmente em casos de troca de governo. Figueiredo e Limongi (1999) mostram que a instabilidade política prejudica a efetividade da administração pública, uma vez que os servidores públicos podem ser trocados a cada nova gestão, prejudicando a continuidade e a estabilidade das políticas públicas.
Além disso, a falta de transparência e accountability no sistema político brasileiro é um fator que contribui para o aumento da corrupção e da impunidade. A cultura de clientelismo e corrupção presentes na política brasileira afeta diretamente a qualidade da administração pública e a prestação de serviços públicos de qualidade à população.
No Brasil, o presidencialismo de coalizão é caracterizado pelo multipartidarismo e pela fragmentação partidária, o que dificulta ainda mais a formação de coalizões estáveis e duradouras. Para Almeida (1998), o presidencialismo de coalizão no Brasil é marcado pela “multiplicidade de vetores de poder e a interação complexa entre os partidos políticos, as elites e os grupos de interesse”.
O presidencialismo de coalizão é uma característica marcante do sistema político brasileiro e apresenta vantagens e desvantagens para a governança e gestão pública. É importante destacar que a instabilidade política e a fragmentação partidária podem dificultar a implementação de reformas e políticas mais profundas, além de favorecer a corrupção e a influência de grupos de interesse.
Tornar a gestão pública mais eficiente, porque o setor apresenta muitos desafios para se obter bons resultados.
A transparência na gestão pública é um instrumento extremamente útil, que se usada, pode torná-la eficiente. A população sente a necessidade de saber o que está sendo feito e como tem sido aplicado o dinheiro público, vivendo em um país democrático, a gestão pública tem que saber atender os interesses populares.
Dessa forma, através da transparência na gestão pública, pode-se evitar a corrupção e auxiliar na criação de uma prática avaliativa para medir o desempenho tanto de projetos como das pessoas. E acima de tudo, possibilita a formação de um apoio que seja base para a continuação de políticas públicas.
Planejamento é essencial - Pode parecer dispensável, mas ter planejamento em uma administração pública é mais que essencial. Nem todos os gestores públicos do país seguem o planejamento, e acabam caindo no velho conto da promessa de campanha eleitoral, pois acabam não as cumprindo.
Seguir as teorias de gestão - os três “Es” fundamentais da administração pública: Eficiência, Eficácia e Efetividade. Esses três pontos são essenciais, mesmo que não recebam a atenção devida muitas vezes.
Levando em consideração o significado de cada uma, a eficiência tem a função de produzir um efeito, a eficácia cumpre o efeito pretendido utilizando todos os recursos disponíveis e a efetividade é justamente o conjunto entre ser eficaz e eficiente ao mesmo tempo.
Na administração pública para se ter sucesso na gestão, seja ela de projetos, pessoas ou políticas públicas, é fundamental se basear no que foi estudado teoricamente.
Simplificar processos e ter controles mais eficientes - Na gestão pública brasileira, existe uma burocracia infinita que paralisa a máquina pública —como é popularmente conhecida—, dessa forma fica quase impraticável criar planos que realmente sejam assertivos e que orientem as políticas públicas da forma correta, fazendo com que seja mais difícil de analisar a performance ou o efeito causado por cada ação realizada.
Desta forma, para conseguir ter um gerenciamento mais eficiente do setor público, precisa necessariamente passar pela agregação das diversas esferas do poder público, principalmente se tratando do poder executivo, legislativo e judiciário, que são os órgãos de controle do setor administrativo.
Até mesmo a atuação do poder público precisa ser bem calculada, antes mesmo de exercer qualquer tipo de atitude, o gestor tem que analisar se a sua atitude pode ou não se tornar alvo de questionamentos. A intenção não é acabar com a fiscalização dos processos, mas se concentrar realmente nos reais problemas dentro do setor público.
É extremamente evidente, que a administração pública se tornou mais democrática através da chegada da tecnologia. E a participação dos cidadãos, faz com que as decisões tomadas pelo setor público sejam feitas de forma mais fundamenta. No entanto, isso só acontece quando é colocado em prática a participação popular, fazendo com que a população esteja mais próxima dos governantes, e não como se existisse uma enorme barreira entre povo e setor público.
Criando mecânicas de participação nas quais o cidadão se sinta recompensado pelo que ele está fazendo. Fazendo com que ele se sinta parte de algo maior, que sua opinião faz sentido e que também está sendo ouvido. Dessa forma, trazendo um sentimento de responsabilidade para a população, fazendo com que ele sinta que também é sua obrigação participar das decisões.

sistema politico brasileiro

O sistema politico brasileiro tem como uma de suas característica a fragmentação partidárias, tornando muito complicado a aprovação das leis e como poder de barganha para se estabelecer coalizões os governantes utilizam de cargos públicos, que por sua vez acaba sendo preenchidos por pessoas sem capacidade técnica e sem mérito para ocupar tal cargo. Prejudicando assim a prestação e qualidade do serviço público.

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