Globalização, desenvolvimento tecnológico, desigualdades e seu impacto sobre o Estado e a sociedade

 

GLOBALIZAÇÃO; DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, DESIGUALDADES E SEU IMPACTO SOBRE O ESTADO E A SOCIEDADE

A globalização e o desenvolvimento tecnológico têm sido temas recorrentes nas discussões sobre as mudanças mundiais e seus impactos na sociedade e no Estado. Com a intensificação do processo de globalização, as fronteiras nacionais se tornaram mais permeáveis, permitindo a livre circulação de pessoas, bens, serviços e informações entre os países. Além disso, o avanço tecnológico tem trazido novas formas de comunicação e transformado a maneira como as atividades econômicas e sociais são realizadas.

No entanto, essas mudanças também têm gerado desigualdades, especialmente nos países em desenvolvimento, onde a falta de acesso à tecnologia e aos recursos financeiros têm impedido o pleno aproveitamento dos benefícios da globalização. Além disso, o impacto dessas mudanças no setor público tem sido significativo, uma vez que as estruturas estatais precisam se adaptar a um ambiente cada vez mais complexo e dinâmico.

Nesse contexto, o objetivo deste capítulo é analisar os efeitos da globalização no setor público, considerando seus impactos sobre a sociedade e o Estado. Para isso, serão discutidos os principais desafios enfrentados pelo setor público na era da globalização e do desenvolvimento tecnológico, bem como as possíveis estratégias para superar esses desafios. Para embasar essa análise, serão utilizados autores acadêmicos renomados, tais como Castells (1999), Giddens (1991) e Beck (1999), entre outros.

OS EFEITOS DA GLOBALIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A globalização é um fenômeno complexo que tem impactos significativos em todas as esferas da sociedade, incluindo a administração pública. A crescente interdependência entre os países, a disseminação de tecnologias avançadas e a intensificação do comércio e das finanças internacionais são alguns dos fatores que transformaram o contexto em que o setor público atua. Este capítulo tem como objetivo analisar os efeitos da globalização na administração pública, identificando os principais desafios e oportunidades que surgem a partir desse cenário.

A globalização exerce uma pressão significativa sobre a administração pública, uma vez que os governos são cada vez mais cobrados para serem mais eficientes e eficazes, fornecer serviços de alta qualidade e adotar políticas que promovam o desenvolvimento econômico e social. A disseminação de tecnologias da informação e comunicação (TICs), por exemplo, possibilitou uma maior transparência e accountability no setor público, o que representa um desafio para governos que não possuem uma cultura de prestação de contas bem desenvolvida.

Segundo Dunning e Lundan (2008), a globalização pode ser entendida como a expansão dos mercados e das empresas para além das fronteiras nacionais, com a consequente integração econômica, política e social em nível global. A globalização tem impactos significativos na administração pública, principalmente no que se refere à adoção de novos modelos de gestão, como a gestão por resultados, que busca garantir a efetividade das políticas públicas, bem como a utilização de tecnologias avançadas para melhorar a prestação de serviços públicos.

Outro efeito da globalização na administração pública é a necessidade de se adotar práticas de governança global, que permitem a coordenação de políticas e a resolução de problemas comuns entre países e organizações internacionais. De acordo com Kooiman (2003), a governança global é um processo complexo e descentralizado, que envolve a participação de múltiplos atores e a utilização de instrumentos regulatórios diversos, tais como acordos internacionais, padrões e códigos de conduta.

Um terceiro efeito da globalização na administração pública é o desafio de lidar com a desigualdade social e a exclusão, que são exacerbadas pela expansão das atividades econômicas e pela intensificação da competição internacional. A globalização tem levado a uma maior pressão sobre os governos para a adoção de políticas que promovam o crescimento econômico, mas que muitas vezes deixam de lado a proteção dos direitos sociais e trabalhistas, o que gera um aprofundamento da desigualdade e da exclusão social.

Claramente, as organizações públicas têm que se adaptar a essas mudanças em um cenário cada vez mais globalizado. Para tanto, é necessário que o Estado desenvolva uma gestão estratégica, capaz de garantir a eficácia e a eficiência dos serviços prestados à sociedade, ao mesmo tempo em que busca maior transparência e accountability. Além disso, é importante que haja uma atenção especial para a capacitação e treinamento dos servidores públicos, visando a melhoria da gestão pública e a garantia de que os serviços públicos atendam as necessidades da população.

Em suma, a globalização traz desafios e oportunidades para a administração pública, e o sucesso na gestão pública dependerá da capacidade do Estado em se adaptar a essas mudanças, promovendo a eficácia, eficiência e transparência na prestação de serviços públicos. A seguir, serão apresentados alguns autores que discutem a influência da globalização na administração pública.

Autores como Ramesh e Wu (2010) destacam a importância da globalização como um fator de mudança na administração pública, especialmente no que diz respeito às relações entre o Estado e a sociedade. Segundo os autores, a globalização tem sido responsável pela introdução de novas formas de gestão pública, que enfatizam a participação da sociedade na tomada de decisão, a transparência e a accountability. Nesse sentido, é importante que as organizações públicas estejam preparadas para atender a essas novas demandas e estabelecer uma comunicação mais efetiva com a sociedade.

Outro autor que discute a influência da globalização na administração pública é Pierre (2000), que destaca o papel das mudanças políticas e econômicas no surgimento de novas formas de gestão pública. Para o autor, a globalização tem sido responsável pelo surgimento de uma nova forma de governança, que enfatiza a eficiência, a eficácia e a accountability. Nesse sentido, é importante que as organizações públicas estejam preparadas para se adaptar a essas mudanças, promovendo a inovação e a melhoria contínua na gestão pública.

Por fim, é importante destacar o papel da tecnologia da informação e comunicação (TIC) na administração pública em um contexto globalizado. Autores como Ribeiro e Almeida (2013) destacam que a globalização tem sido responsável pela introdução de novas tecnologias no setor público, que têm impactado significativamente a forma como as organizações públicas gerenciam seus processos e prestam serviços à sociedade. Nesse sentido, é importante que as organizações públicas estejam preparadas para adotar novas tecnologias e promover a inovação na gestão pública.

OS EFEITOS DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A administração pública tem sido profundamente afetada pelas mudanças trazidas pelo desenvolvimento tecnológico. O avanço da tecnologia tem gerado novas possibilidades e desafios para a gestão pública, o que requer uma constante atualização dos gestores públicos e a adoção de novas estratégias de gestão. Nesse sentido, serão apresentados os principais efeitos do desenvolvimento tecnológico na administração pública, destacando suas implicações para a eficiência, transparência, participação e accountability.

Conforme apresentado, o desenvolvimento tecnológico tem impactado significativamente a administração pública em diferentes aspectos. Dentre os principais efeitos, destacam-se:

Eficiência na prestação de serviços públicos: a tecnologia tem sido utilizada para automatizar e agilizar processos, reduzindo o tempo de espera e o custo da prestação de serviços públicos. Os sistemas de informação e gestão têm permitido uma maior integração e coordenação entre diferentes órgãos da administração pública, o que tem possibilitado uma gestão mais eficiente e eficaz.

Transparência na gestão pública: a tecnologia tem permitido uma maior transparência na gestão pública, pois tem possibilitado a disponibilização de informações sobre a atuação do Estado de forma mais rápida e acessível. A adoção de portais da transparência, por exemplo, tem possibilitado que a sociedade tenha acesso às informações sobre a execução orçamentária, os contratos e convênios celebrados pelo Estado.

Participação cidadã: o uso das tecnologias tem permitido uma maior participação cidadã na gestão pública, uma vez que tem possibilitado a realização de consultas públicas e audiências virtuais, permitindo que a sociedade possa opinar e contribuir para a tomada de decisão do Estado. Além disso, a tecnologia tem possibilitado a criação de canais de comunicação direta entre a sociedade e os gestores públicos.

Accountability: a tecnologia tem possibilitado uma maior accountability na gestão pública, uma vez que tem permitido o monitoramento e a avaliação das políticas públicas de forma mais precisa e rigorosa. O uso de indicadores e sistemas de monitoramento tem possibilitado a mensuração dos resultados das políticas públicas e a identificação de possíveis falhas ou problemas na sua implementação.

O desenvolvimento tecnológico tem gerado grandes impactos na administração pública, possibilitando uma gestão mais eficiente, transparente, participativa e accountable. No entanto, é preciso destacar que esses efeitos dependem da adoção de políticas públicas que favoreçam a inovação e o uso da tecnologia de forma estratégica. Dessa forma, é fundamental que os gestores públicos estejam preparados para lidar com as mudanças trazidas pelo desenvolvimento tecnológico e que adotem uma postura proativa na busca por soluções inovadoras para os problemas da gestão pública.

Como vimos, a tecnologia da informação tem sido cada vez mais utilizada na administração pública, não somente para melhorar a eficiência e efetividade dos serviços prestados, mas também para aumentar a transparência e a participação social. Para Ribeiro e Almeida (2019), o Sistema Eletrônico de Informações (SEI) é um exemplo de ferramenta tecnológica que tem sido amplamente adotada pelos órgãos públicos brasileiros para a gestão de processos administrativos.

Em um estudo realizado por Ribeiro e Almeida (2019), foi analisada a utilização do SEI no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os resultados indicaram que a implantação do sistema trouxe diversos benefícios para a gestão pública, como a redução de custos e de tempo na tramitação de processos, a eliminação do uso de papel e a melhoria na comunicação entre os setores do Ministério.

No entanto, também foram identificadas, por Ribeiro e Almeida (2019), algumas limitações na utilização do SEI, como a necessidade de treinamento dos servidores públicos para a sua operação e a falta de integração com outros sistemas utilizados pelo Ministério.

Apesar desses desafios, para Ribeiro e Almeida (2019), a implementação de tecnologias como o SEI na administração pública é um importante passo para a modernização e aprimoramento dos serviços prestados pelo Estado. É fundamental que sejam realizados estudos e avaliações periódicas para identificar pontos de melhoria e garantir a efetividade dessas ferramentas na gestão pública.

AS DESIGUALDADES CAUSADAS PELA GLOBALIZAÇÃO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E SEU IMPACTO SOBRE O ESTADO E A SOCIEDADE

A globalização e o desenvolvimento tecnológico são fenômenos interligados que afetam profundamente as sociedades e os Estados. Embora a globalização tenha promovido avanços significativos na economia e na comunicação, ela também tem sido responsável por desigualdades sociais e econômicas. A revolução tecnológica, por sua vez, tem mudado rapidamente a maneira como as pessoas vivem e trabalham. Esses fatores têm um impacto significativo sobre o Estado e a sociedade, criando desafios para a administração pública.

No âmbito econômico, por exemplo, a globalização tem sido apontada como uma das principais causas da concentração de renda e da exclusão social. Empresas multinacionais se beneficiam da abertura de mercados e da mão de obra barata em países em desenvolvimento, enquanto os trabalhadores locais enfrentam salários baixos e condições precárias de trabalho.

Além disso, a globalização tem aprofundado as desigualdades entre países ricos e pobres, aumentando a dependência dos países menos desenvolvidos em relação aos países mais poderosos. As desigualdades no acesso à tecnologia também têm se acentuado, com a exclusão digital afetando principalmente as pessoas mais pobres.

As desigualdades geradas pela globalização e desenvolvimento tecnológico têm um impacto significativo sobre o Estado e a sociedade. Por um lado, as desigualdades econômicas e sociais podem enfraquecer a legitimidade do Estado, reduzindo a confiança das pessoas nas instituições públicas. Além disso, a exclusão social pode levar a um aumento da criminalidade e da violência, o que pode ser um desafio para as autoridades.

Por outro lado, o Estado pode ter um papel importante na promoção da igualdade e na redução das desigualdades. A administração pública pode criar políticas públicas para reduzir as disparidades sociais e econômicas, por exemplo, por meio de programas de transferência de renda e educação. A tecnologia também pode ser utilizada para promover a inclusão social, por meio da disseminação de serviços públicos online e do acesso à informação.

Em "Globalização: as consequências humanas", Zygmunt Bauman (1999) discute a relação entre globalização e desigualdade, argumentando que a globalização exacerbou as desigualdades sociais e econômicas existentes. Bauman argumenta que a globalização, que é frequentemente vista como um processo de homogeneização cultural e econômica, tem na verdade aprofundado as diferenças entre os países ricos e pobres, bem como entre os grupos sociais dentro desses países.

Bauman (1999) argumenta que a globalização tem contribuído para a criação de uma "sociedade líquida", em que a insegurança e a incerteza se tornaram a norma, e a desigualdade social é vista como inevitável. Ele afirma que a globalização tem levado a uma crescente fragmentação e individualização da sociedade, tornando mais difícil para os indivíduos se organizarem e fazerem mudanças significativas. Além disso, Bauman (1999) argumenta que a globalização tem aprofundado as desigualdades sociais e econômicas, criando uma sociedade cada vez mais fragmentada e individualizada, em que a insegurança e a incerteza são a norma.

A globalização e o desenvolvimento tecnológico têm trazido avanços significativos, mas também têm gerado desigualdades que afetam profundamente o Estado e a sociedade. As desigualdades sociais e econômicas podem levar a um enfraquecimento da legitimidade do Estado, mas também podem ser combatidas por meio de políticas públicas e tecnologia. Cabe à administração pública buscar soluções para reduzir as desigualdades e promover a inclusão social, garantindo uma sociedade mais justa e equitativa.

PRINCIPAIS DESAFIOS ENFRENTADOS PELO SETOR PÚBLICO NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO E DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

Um dos principais desafios enfrentados pelo setor público é a necessidade de se adaptar aos novos padrões de desenvolvimento tecnológico e de comunicação, que impactam diretamente na prestação de serviços públicos e na relação entre governo e sociedade. Como afirmam Barbero e Otero (2017), a tecnologia tem transformado a forma como as pessoas se comunicam e se relacionam entre si e com as instituições, exigindo uma resposta ágil e eficiente do setor público.

Outro desafio é o de lidar com a crescente complexidade das demandas da sociedade, que exige uma gestão pública mais eficiente e eficaz. Nesse sentido, é necessário desenvolver novos modelos de gestão que permitam uma maior integração e coordenação entre os diversos órgãos e entidades públicas, bem como entre o governo e os cidadãos.

Além disso, o setor público enfrenta o desafio de lidar com as desigualdades socioeconômicas que afetam a população, especialmente em países em desenvolvimento. Conforme argumenta Santos (2010), a globalização tem intensificado as desigualdades econômicas e sociais, o que representa um grande desafio para os governos na implementação de políticas públicas que possam mitigar essas desigualdades.

Por fim, há o desafio de lidar com a crescente pressão por transparência e accountability, que exige uma maior responsabilidade e prestação de contas por parte dos governos. Como destacam Power e Chapman (2014), a transparência e a accountability têm sido fundamentais para a melhoria da qualidade dos serviços públicos e para o fortalecimento da confiança entre governo e sociedade.

Portanto, os desafios enfrentados pelo setor público na era da globalização e do desenvolvimento tecnológico são muitos e exigem respostas eficientes e eficazes por parte dos governos. Nesse sentido, é fundamental que se desenvolvam novos modelos de gestão e sejam implementadas políticas públicas que possam mitigar as desigualdades socioeconômicas e promover a transparência e a accountability. O desafio é grande, mas é possível superá-lo com uma gestão pública mais eficiente e comprometida com o bem-estar da sociedade.

Referências Bibliográficas

BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999.

BARBERO, J. M.; OTERO, M. Tecnopolítica: a dimensão tecnológica da política contemporânea. São Paulo: Edições Sesc, 2017.

BECK, Ulrich. World risk society. Cambridge: Polity Press, 1999.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: Editora Unesp, 1991.

POWER, M.; CHAPMAN, C. Accountability and transparency in the UK public sector: myth or reality? Accounting, Auditing & Accountability Journal, v. 27, n. 4, 2014.

PIERRE, J. Debating governance: authority, steering, and democracy. Oxford: Oxford University Press, 2000.

RAMESH, M.; WU, X. Globalization and public administration. In: FARAZMAND, A. (ed.). Global Encyclopedia of Public Administration, Public Policy, and Governance. Cham: Springer, 2018. p. 1-9.

RIBEIRO, A.; ALMEIDA, M. Tecnologia da informação e gestão pública: uma análise da utilização do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Revista de Administração Pública, v. 53, n. 5, p. 895-912, 2019.

SANTOS, B. S. Para uma revolução democrática da justiça. São Paulo: Cortez, 2007.

 

Como a globalização e o desenvolvimento tecnológico estão afetando as desigualdades sociais e qual é o impacto dessas mudanças sobre o papel do Estado na promoção da equidade e do bem-estar social? Quais são as principais estratégias que podem ser adotadas para lidar com esses desafios e garantir um desenvolvimento inclusivo e sustentável para toda a sociedade?

 

Tópico: Globalização, desenvolvimento tecnológico, desigualdades e seu impacto sobre o Estado e a sociedade

Globalização, desenvolvimento tecnológico, desigualdades e seu impacto sobre o Estado e a sociedade

Globalização é a atual fase do capitalismo mundial. Pode ser definida como o processo de integração entre os países e envolve a economia, a política e a cultura
Globalização econômica vincula-se à exclusão social a partir do momento em que a expansão massiva dos meios tecnológicos e de informação não atinge de forma democrática toda a população do planeta, favorecendo o acúmulo de riqueza para os mais ricos e dificultando, assim, a emancipação social dos mais pobres.
As principais vantagens da globalização são os melhoramentos técnicos e tecnológicos, a ampliação dos mercados e da geração de riquezas e a maior difusão de informações e as principais desvantagens da são o aumento das desigualdades socioeconômicas, o crescimento do mercado informal, o favorecimento às crises econômicas e a intensificação dos problemas ambientais.
O aumento da concorrência, competição e exploração da mão de obra são resultados da globalização. Os países estão cada vez mais dependentes dos capitais que circulam no mundo em busca de vantagens.
O Brasil participa ativamente do processo de globalização mundial como país de economia emergente e como participante das principais organizações mundiais: ONU, OMC e G-20.

Globalização, desenvolvimento tecnológico, desigualdades e seu impacto sobre o Estado e a sociedade

A globalização e o desenvolvimento tecnológico têm tido um impacto significativo nas desigualdades sociais em muitos países. Enquanto essas forças têm o potencial de estimular o crescimento econômico e a melhoria das condições de vida, elas também podem exacerbar as disparidades sociais e econômicas, caso não sejam adequadamente gerenciadas. Alguns dos Impactos da Globalização e Desenvolvimento Tecnológico nas Desigualdades Sociais são: Desigualdade de Renda, Acesso desigual à Tecnologia e Concentração de Poder.
Algumas estratégias que podem ser adotadas são:
- Políticas Sociais: O Estado deve implementar políticas sociais que visem reduzir a pobreza, melhorar o acesso à educação, saúde e habitação, e proporcionar redes de segurança para os mais vulneráveis.
- Regulação e Tributação: O Estado deve implementar regulamentações que garantam condições de trabalho justas e um ambiente econômico equitativo. Além disso, a tributação progressiva pode ser usada para redistribuir a renda e financiar serviços públicos.
- Investimento em Capacitação: O Estado deve investir em educação e formação para equipar os cidadãos com habilidades relevantes para o mercado de trabalho em constante evolução.
- Promoção da Inclusão Digital: Políticas que promovam o acesso universal à tecnologia e à conectividade podem ajudar a reduzir a lacuna digital.
- Inclusão Financeira: Facilitar o acesso a serviços financeiros para grupos de baixa renda, permitindo o acúmulo de ativos e investimentos em educação e empreendedorismo.
- Políticas de Emprego: Desenvolver políticas que incentivem a criação de empregos de qualidade e garantam direitos trabalhistas adequados.
Em resumo, a globalização e o desenvolvimento tecnológico apresentam desafios complexos em relação às desigualdades sociais. O papel do Estado é essencial para criar políticas, regulamentações e estratégias que promovam a equidade, garantam o bem-estar de todos os cidadãos e aproveitem as oportunidades oferecidas pela globalização e tecnologia para alcançar um desenvolvimento inclusivo e sustentável.

Globalização, desenvolvimento tecnológico, desigualdades e seu impacto sobre o Estado e a sociedade

Por um lado, a globalização permitiu a livre circulação de pessoas, bens, serviços e informações entre os países; e as inovações tecnológicas trouxeram novas formas de comunicação e transformaram o modo como as atividades econômicas e sociais eram realizadas. Contudo, para muitos autores, essas mudanças são responsáveis pelo aumento das desigualdades, em particular, nos países em desenvolvimento, em razão da falta de acesso à tecnologia e aos recursos financeiros que impedem o pleno aproveitamento dos benefícios da globalização.
No âmbito econômico, a globalização tem sido apontada como uma das principais causas de concentração de renda e exclusão social. Enquanto as empresas multinacionais se beneficiam da abertura do mercado e da mão de obra barata oferecida pelos países em desenvolvimento; os trabalhadores locais sofrem com os baixos salários e com condições precárias de trabalho. Há um aprofundamento da desigualdade entre países ricos e pobres, com o aumento da dependência dos países pobres em relação aos países ricos. Além disso, as desigualdades também se refletem no acesso à tecnologia dado que há uma forte exclusão digital afetando os mais pobres.
Tanto a globalização como o desenvolvimento tecnológico trazem impactos sobre o papel do Estado na promoção da equidade e bem-estar da sociedade dado que esses dois fatores exercem pressão significativa sobre a administração pública. Os governos sofrem cobranças para serem mais eficientes e eficazes no fornecimento de serviços públicos. Além disso, há uma cobrança para melhorar a qualidade desses serviços bem como para adotar políticas de promoção de desenvolvimento econômico e social. O uso das tecnologias de informação e comunicação possibilitou maior transparência e accountability (responsabilização e prestação de contas) no setor público. Isso representa um desafio para aqueles governos que não possuem uma cultura de prestação de contas.
Como exemplos de estratégias que podem ser adotadas para lidar com esses desafios e garantir um desenvolvimento inclusivo e sustentável para toda a sociedade tem-se: a adoção de novos modelos de gestão mais eficiente e que tenha por objetivo aumentar o bem-estar social; a implementação de políticas públicas que possam mitigar as desigualdades socioeconômicas e a promoção da transparência e da accountability (prestação de contas e responsabilização).

Tópico: Globalização, desenvolvimento tecnológico, desigualdades e seu impacto sobre o Estado e a sociedade.

A globalização, enquanto fenômeno econômico, tem como motor a expansão de empresas multinacionais, que com o peso de seu capital fazem valer seus interesses naquilo que classificam com mercados regionais, levando à divisão internacional do trabalho, que por si só já acarreta numa desigualdade que põe alguns países como centrais, e exportadores de tecnologias produtos de alto valor agregado, enquanto outros são relegados a fornecedores de commodities não processadas. A nível interno, há uma exacerbação das desigualdades entre os grupos sociais, numa direção de crescente concentração das riquezas.
Esse contexto apresenta um desafio para os Estados, que devem equalizar esses interesses com os interesses nacionais, de modo a usufruir dos benefícios do desenvolvimento, mas garantindo uma equidade que venha a mitigar os efeitos dessa desigualdade. Para tanto muitas estratégias podem ser adotadas, e uma modernização da estrutura da administração pública, visando celeridade e eficiência e responsabilização no serviço público, além de uma maior participação do cidadão na gestão da coisa pública, contribuem para tornar o Estado num gestor do interesse público e comum.

Globalização, desenvolvimento tecnológico, desigualdades e seu impacto sobre o estado e a sociedade

A Globalização e o desenvolvimento tecnológico afetam profundamente as sociedades e os Estados. Em que pese a globalização promover avanços significativos na economia e na comunicação, também tem sido responsável por desigualdades sociais e econômicas. A revolução tecnológica, por sua vez, tem mudado rapidamente a maneira como as pessoas vivem e trabalham. Esses fatores têm um impacto significativo sobre o Estado e a sociedade, criando desafios para a administração pública.
Um dos principais desafios enfrentados pelo setor público é a necessidade de se adaptar aos novos padrões de desenvolvimento tecnológico e de comunicação, que impactam diretamente na prestação de serviços públicos e na relação entre governo e sociedade.
Outro desafio é o de lidar com a crescente complexidade das demandas da sociedade, que exige uma gestão pública mais eficiente e eficaz.
Além disso, o setor público enfrenta o desafio de lidar com as desigualdades socioeconômicas que afetam a população, especialmente em países em desenvolvimento.
Por fim, há o desafio de lidar com a crescente pressão por transparência e accountability, que exige uma maior responsabilidade e prestação de contas por parte dos governos.
Portanto, os desafios enfrentados pelo setor público na era da globalização e do desenvolvimento tecnológico são muitos e exigem respostas eficientes e eficazes por parte dos governos. Nesse sentido, é fundamental que se desenvolvam novos modelos de gestão e sejam implementadas políticas públicas que possam mitigar as desigualdades socioeconômicas e promover a transparência e a accountability.


Globalização, desenvolvimento tecnológico, desigualdades e seu impacto sobre o Estado e a sociedade

A globalização e desenvolvimento tecnológico afetam profundamente os Estados e as sociedades no aspecto econômico, através da concentração de renda e de exclusão social. Além disso as disparidades entre países pobres e ricos, aumentam a relação de dependência dos países em desenvolvimento em relação aos países desenvolvidos. A legitimidade do Estado pode enfraquecer em virtude das desigualdades socioeconômicas levando a desconfiança da sociedade nas instituições públicas. Temos também o aumento da violência e criminalidade, características de países com relevante exclusão social. Essas mudanças impactam sobre o papel do Estado a medida que lança vários desafios as autoridades ao mesmo tempo que coloca o Estado como o principal ente da sociedade que pode desenvolver políticas públicas para reduzir as desigualdades sociais e econômicas através de programas inclusivos e tecnológicos possibilitando que cidadãos com menos poder aquisitivo consigam ter mais acesso à renda, à educação de qualidade e à informação.

Globalização, desenvolvimento tecnológico e desigualdades.

A globalização e o desenvolvimento tecnológico trazem muitos benefícios econômicos e avanços tecnológicos, mas também contribui para o aumento de disparidades sociais e econômicas em sociedades desprovidas de recursos, capital e tecnologia. Neste sentido, cabe ao Estado promover a equidade, políticas sociais e comerciais, distributivas, de inclusão digital e de bem-estar social no intuito de diminuir as desigualdades ocasionadas por tais eventos.

Investimentos em educação, capacitação, fomento ao empreendorismo e à inovação são algumas ações que podem ser adotadas para induzir um desenvolvimento inclusivo e sustentável.

Re:Globalização, desenvolvimento tecnológico e desigualdades.

Bem formulado pelo colega Frederico, que em sua síntese elencou acertadamente as medidas de mitigação das desigualdades decorrentes do processo de globalização, sem abrir mão dos benefícios de tal processo.

Globalização, desenvolvimento tecnológico, desigualdades e seu impacto sobre o Estado e a sociedade.

A globalização trouxe benefícios, pois amplia as oportunidades uma vez que é um processo de expansão econômica, política e cultural a nível mundial. Com a globalização e os avanços na área tecnológica podemos trocar informações com pessoas de qualquer lugar no mundo, podemos efetuar compras sem sair de casa, entre tantas outras vantagens.

Ocorre que a globalização está ampliando as desigualdades sociais e econômicas, pois muitas pessoas não têm acesso à tecnologia e os recursos financeiros, o que impede esses cidadãos de utilizar os benefícios que essas mudanças proporcionam. Outro efeito negativo é a concentração de renda e as desigualdades entre os países ricos e pobres.

Essas desigualdades podem enfraquecer a legitimidade do Estado, reduzindo a confiança das pessoas nas instituições públicas. Nesse contexto encontra-se o grande desafio do Estado, a criação de políticas públicas para mitigar as desigualdades e a reestruturação da gestão nos órgãos públicos, inclusive, alerta Giddens (2012, pp. 117): “À medida que a globalização avança, as estruturas e modelos políticos existentes parecem não estar preparados para lidar com um mundo repleto de desafios que transcendem as fronteiras nacionais.”.

Assim o impacto das mudanças advindas com a globalização e a tecnologia sobre o papel do Estado na promoção da equidade e do bem-estar social é que elas exigem do Estado a criação de mecanismos para diminuir as desigualdades, o atendimento de novas demandas e a qualidade na prestação dos serviços públicos, como forma, inclusive, de resgatar a confiança no Estado.

Os direitos sociais contemplados na Constituição Federal fazem parte das demandas do Estado, e com o desenvolvimento tecnológico e a livre circulação de pessoas, bens, serviços e informações entre países a sociedade se torna ainda mais dinâmica e complexa, surgindo novos direitos. Essa complexidade exige uma gestão pública mais efetiva, conforme alerta Carvalho (2016, p. 16): “A garantia de sua vigência depende da existência de uma eficiente máquina administrativa do Poder Executivo.”.

O cidadão tem atualmente formas diferentes de comunicação com a administração pública, o que exige agilidade e eficiência das respostas ao cidadão, e por isso se faz necessário, também a ampliação e modernização da prestação dos serviços públicos.

As principais estratégias que podem ser adotadas para lidar com esses desafios e garantir um desenvolvimento inclusivo e sustentável para toda a sociedade é desenvolver políticas públicas visando a redução das disparidades sociais e econômicas, e promover a transparência e a accountability, desenvolver tecnologias públicas que promovam a inclusão social, desenvolver novos modelos de gestão, com mais participação e integração entre os órgãos públicos e entre o governo e o cidadão.


Referências

CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 21ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.

GIDDENS, Anthony.. Sociologia. Tradução de Ronaldo Cataldo Costa. 6. ed. Porto Alegre: Penso, 2012.

Tópico: Globalização, desenvolvimento tecnológico, desigualdades e seu impacto sobre o Estado e a sociedade

Vivemos em um mundo globalizado e tecnológico, diversas mudanças acontecem de forma muito rápida, seja na área da saúde, educação, segurança, política e da gestão pública também, as tecnologias com as quais contamos hoje geram muitos benefícios para o nosso dia a dia, temos acesso a vários produtos e serviços que facilitam a nossa vida, a todo instante novos produtos são criados para atender às novas necessidades. É fácil imaginar que esse processo de globalização e desenvolvimento tecnológico é irreversível.

Há uma grande disparidade econômica, tecnológica e social entre os países do planeta, e isso também reflete para o aumento das desigualdades sociais nos países pobres ou em desenvolvimento, pois excluí um número cada vez maior de pessoas que não tem acesso às tecnologias. Outro problema provocado pela globalização é o aumento acelerado do índice de desemprego em todo o mundo, resultado dos avanços tecnológicos que reduzem inúmeros postos de trabalho.

Há a necessidade do Governo desenvolver e aplicar estratégias de políticas públicas eficientes e eficazes que incentivem a ciência, tecnologia e inovação, e que venham contribuir com a gestão da administração pública e de diversos setores da sociedade, e principalmente executar políticas públicas que possam contribuir para o desenvolvimento da tecnologia e inovação se possível já na educação de base, pois combater a desigualdade social também passa pela mudança de cultura e paradigmas já ultrapassados.

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