1 O CICLO ORÇAMENTÁRIO E A GOVERNANÇA PÚBLICA

Orçamentos participativos têm desafios para adotar novas tecnologias e se  reinventar - Enap - Escola Nacional de Administração Pública

O ciclo orçamentário é um processo que envolve a elaboração, aprovação, execução, controle e avaliação do orçamento público. Ele desempenha um papel fundamental na efetividade das ações de governo, pois estabelece as bases para a alocação de recursos e a implementação de políticas públicas voltadas para o bem-estar da sociedade. Neste texto, abordaremos a importância do ciclo orçamentário e como sua efetividade influencia as ações de governo.

Inicialmente, é importante compreender que o ciclo orçamentário consiste em etapas inter-relacionadas, que incluem a formulação do orçamento, a discussão e aprovação pelo poder legislativo, a execução das despesas e receitas, o controle e monitoramento dos gastos públicos e, por fim, a avaliação dos resultados alcançados.

Segundo Giacomoni (2014), o ciclo orçamentário é um instrumento de gestão fundamental para a efetividade das ações de governo, pois possibilita a definição clara de prioridades, a alocação eficiente dos recursos disponíveis e a prestação de contas à sociedade. Através do processo de formulação do orçamento, é possível identificar as demandas e necessidades da sociedade, estabelecendo metas e objetivos a serem alcançados.

1.2 FASES DO CICLO ORÇAMENTÁRIO

Orçamento público uma excelente ferramenta para mudanças, mas muito mal  utilizados pela gestão pública

1.2.1 INTRODUÇÃO

O ciclo orçamentário é um processo composto por diferentes etapas que envolvem a elaboração, execução, controle e avaliação do orçamento público. Essas fases são essenciais para o planejamento e gestão das finanças governamentais, permitindo o alcance dos objetivos e metas estabelecidos pela administração pública. Neste capítulo, serão abordadas as principais etapas do ciclo orçamentário, com base em contribuições acadêmicas relevantes.

1.2.2 ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

Orçamento Participativo aguarda sugestões da população até o 10 de abril -  Prefeitura Municipal de Imperatriz

A fase de elaboração do orçamento é um processo fundamental para o planejamento das finanças públicas. Nessa etapa, são estabelecidas as diretrizes, metas e prioridades que irão orientar a alocação dos recursos públicos durante o período orçamentário. A elaboração do orçamento envolve a análise cuidadosa dos recursos disponíveis, as demandas da sociedade e as políticas públicas a serem implementadas.

De acordo com Silva (2019), a elaboração do orçamento deve ser conduzida de forma criteriosa, baseada em critérios técnicos e participativos. A utilização de critérios técnicos permite a avaliação realista da capacidade financeira do Estado e a definição de prioridades de investimento. Por outro lado, a inclusão de mecanismos participativos garante a transparência e o envolvimento da sociedade no processo de tomada de decisão.

Nesse sentido, a participação da sociedade na elaboração do orçamento é essencial para garantir que as políticas públicas atendam às necessidades reais da população. Através de consultas públicas, audiências e diálogos, é possível captar as demandas e expectativas dos cidadãos, promovendo assim uma maior legitimidade e efetividade das decisões orçamentárias.

A transparência também desempenha um papel fundamental na elaboração do orçamento. A divulgação clara e acessível das informações orçamentárias permite que os cidadãos compreendam como os recursos públicos estão sendo utilizados e possam exercer seu direito de fiscalização. Além disso, a transparência contribui para o fortalecimento da accountability e o combate à corrupção.

Dessa forma, a elaboração do orçamento deve ser um processo técnico, participativo e transparente, visando a promoção do interesse público e o alcance dos objetivos das políticas públicas. A integração de critérios técnicos e participativos contribui para uma gestão mais eficiente e eficaz dos recursos públicos, além de fortalecer a confiança entre o governo e a sociedade.

1.2.3 APROVAÇÃO E LEGISLAÇÃO DO ORÇAMENTO

SEP - Orçamento Público Estadual

Após o processo de elaboração, o orçamento é submetido ao Poder Legislativo para análise e aprovação. Nessa fase, o projeto de lei orçamentária é examinado pelos parlamentares, que têm a responsabilidade de deliberar sobre seu conteúdo e realizar eventuais modificações e ajustes.

A aprovação legislativa do orçamento é um momento-chave do processo orçamentário, pois é nessa etapa que ocorre o exercício do controle político e a representação dos interesses da sociedade. Segundo Freitas (2020), a aprovação do orçamento é fundamental para garantir a legitimidade das decisões orçamentárias, pois envolve a participação dos representantes eleitos pelo povo.

Durante o processo de aprovação, os parlamentares analisam detalhadamente o projeto de lei orçamentária, avaliando sua compatibilidade com as diretrizes, metas e prioridades estabelecidas. Eles têm a prerrogativa de propor modificações no orçamento, realocando recursos, acrescentando ou suprimindo programas e ações, de acordo com as demandas e necessidades da sociedade.

Após a análise e deliberação dos parlamentares, o orçamento é aprovado por meio da votação no Poder Legislativo. Aprovado o orçamento, ele se torna uma lei, adquirindo status normativo e passando a reger as finanças públicas durante o período orçamentário.

A publicação do orçamento como lei é de extrema importância, pois confere transparência e segurança jurídica às suas disposições. A publicidade do orçamento permite que a sociedade tenha pleno conhecimento das receitas, despesas e programas previstos, promovendo assim a accountability e o controle social.

Em resumo, a aprovação legislativa do orçamento é um momento crucial para a representação dos interesses da sociedade e o exercício do controle político sobre o uso dos recursos públicos. A participação do Poder Legislativo nessa etapa do ciclo orçamentário é essencial para assegurar a legitimidade e a transparência das decisões orçamentárias.

1.2.4 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Administração Financeira e Orçamentária no Setor Público

A fase de execução orçamentária é de extrema importância para a concretização das políticas públicas e o uso eficiente dos recursos financeiros previstos no orçamento. Nessa etapa, os recursos são utilizados de acordo com o que foi estabelecido no orçamento aprovado, garantindo a implementação dos programas e a realização das despesas e receitas públicas.

Durante a execução orçamentária, ocorre a realização das despesas públicas, que englobam os gastos com pessoal, aquisição de bens e serviços, investimentos, transferências e outras obrigações financeiras do Estado. Ao mesmo tempo, são arrecadadas as receitas, como impostos, taxas, contribuições, entre outras fontes de recursos públicos.

Para que a execução orçamentária seja eficiente e eficaz, é fundamental que os recursos sejam alocados de forma adequada e em conformidade com as prioridades estabelecidas no orçamento. Segundo Meirelles (2018), a eficiência na alocação dos recursos é essencial para otimizar os resultados planejados, garantindo o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis.

Durante a execução, é necessário que haja um acompanhamento rigoroso das despesas e receitas, por meio de um sistema de controle interno efetivo. Esse controle tem o objetivo de verificar se os gastos estão de acordo com o orçamento aprovado, se as receitas estão sendo devidamente arrecadadas e se os resultados estão sendo alcançados conforme planejado.

Além disso, é importante que haja transparência na execução orçamentária, permitindo que a sociedade tenha acesso às informações sobre as despesas e receitas públicas. Isso promove a prestação de contas e o controle social, possibilitando que os cidadãos acompanhem como os recursos estão sendo utilizados e cobrem a responsabilidade dos gestores públicos.

Em síntese, a fase de execução orçamentária é o momento em que as políticas e programas são efetivamente implementados, por meio da utilização dos recursos financeiros previstos no orçamento. Essa etapa requer uma gestão eficiente e transparente, pautada pela alocação adequada dos recursos e pelo alcance dos resultados planejados.

1.2.5 CONTROLE E AVALIAÇÃO

Controle, avaliação e auditoria | BVS Brasil

O controle e a avaliação são etapas cruciais do ciclo orçamentário, desempenhando um papel fundamental na verificação e monitoramento da correta aplicação dos recursos de acordo com o que foi estabelecido no orçamento. Essas etapas envolvem tanto controles internos quanto externos, que visam garantir a transparência, a efetividade e a eficiência das políticas públicas.

No âmbito dos controles internos, são adotadas medidas e procedimentos de monitoramento realizados pelos próprios órgãos e entidades responsáveis pela execução do orçamento. Isso inclui a realização de auditorias internas, a análise de indicadores de desempenho, o acompanhamento do cumprimento das metas e a verificação da conformidade das despesas e receitas com as diretrizes estabelecidas.

Já os controles externos são exercidos por órgãos independentes, como os Tribunais de Contas, que têm a responsabilidade de fiscalizar e avaliar a gestão dos recursos públicos. Esses órgãos realizam auditorias externas, examinam os relatórios de gestão e promovem a fiscalização das contas públicas. O objetivo é assegurar a legalidade, a economicidade e a eficiência na utilização dos recursos, bem como a correta prestação de contas por parte dos gestores públicos.

Além dos controles, a avaliação é uma etapa essencial para verificar a efetividade e o impacto das políticas públicas implementadas por meio do orçamento. A avaliação pode ser realizada por meio de estudos de resultados, análise de indicadores de desempenho, pesquisas de satisfação, entre outros instrumentos. Através desse processo, é possível identificar os resultados alcançados, avaliar a eficiência das ações e, se necessário, propor ajustes e melhorias para otimizar o uso dos recursos.

De acordo com Bucci (2021), o controle e a avaliação do orçamento desempenham um papel crucial na promoção da transparência e da accountability. A transparência permite que a sociedade tenha acesso às informações sobre a aplicação dos recursos públicos, enquanto a accountability implica na responsabilização dos gestores públicos pelos resultados alcançados e pela correta utilização dos recursos.

Em síntese, o controle e a avaliação são etapas indispensáveis no ciclo orçamentário, que visam assegurar a eficiência, efetividade e transparência na aplicação dos recursos públicos. Essas etapas possibilitam a identificação de desvios, a correção de rumos e o aprimoramento das políticas públicas, contribuindo para uma gestão financeira responsável e voltada para o atendimento das demandas e necessidades da sociedade.

1.3 A EFETIVIDADE DO CICLO ORÇAMENTÁRIO E A ACCOUNTABILITY

Accountability - Overview, Key Roles, and Examples

No contexto do ciclo orçamentário, a efetividade das ações de governo vai além da simples alocação de recursos. É fundamental garantir a transparência e a participação da sociedade no processo, assegurando que as políticas públicas sejam construídas coletivamente e atendam aos interesses dos cidadãos. Nesse sentido, a accountability democrática desempenha um papel crucial.

Autores como Schedler, Proeller e Gross (2017) enfatizam a importância da accountability como mecanismo de controle social e prestação de contas por parte dos governantes. Através da participação ativa da sociedade na elaboração e execução do orçamento, é possível garantir a efetividade das ações governamentais e a correta utilização dos recursos públicos. A transparência no ciclo orçamentário, por meio da divulgação de informações claras e acessíveis, contribui para fortalecer a accountability e promover um ambiente propício ao controle social.

A accountability no ciclo orçamentário implica a responsabilização dos gestores públicos pelos resultados alcançados e pela correta aplicação dos recursos. Envolve a prestação de contas e a transparência na gestão financeira, permitindo que os cidadãos tenham acesso às informações sobre como o dinheiro público está sendo utilizado e avaliem a eficiência e eficácia das políticas implementadas.

A participação da sociedade no processo orçamentário, por sua vez, é essencial para garantir que as políticas públicas reflitam as necessidades e demandas reais da população. Através de mecanismos como audiências públicas, consultas populares e canais de comunicação abertos, os cidadãos podem contribuir com sugestões, críticas e monitorar a execução das políticas. Essa participação amplia a legitimidade das decisões tomadas e fortalece a responsabilidade dos governantes perante a sociedade.

Além disso, a accountability no ciclo orçamentário também se manifesta por meio dos controles internos e externos realizados pelos órgãos responsáveis. Auditorias, análise de indicadores, fiscalizações e avaliações são instrumentos utilizados para verificar a legalidade, a eficiência e a efetividade da aplicação dos recursos públicos. Esses controles contribuem para o aprimoramento das políticas públicas, a identificação de desvios e a correção de rumos quando necessário.

Em suma, a efetividade do ciclo orçamentário está intrinsecamente ligada à accountability e à participação da sociedade. A transparência, a responsabilização dos gestores públicos e o controle social são elementos fundamentais para garantir a aplicação adequada dos recursos públicos e o alcance dos resultados planejados. Ao promover a accountability democrática no ciclo orçamentário, é possível fortalecer a confiança entre governo e cidadãos, além de fomentar uma gestão pública mais eficiente, transparente e voltada para o interesse público.

1.4 AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DE GOVERNO NO CICLO ORÇAMENTÁRIO

AFO: ciclo de gestão, características do orçamento e princípios  orçamentários - Ciência e Negócios

Nesse contexto, a avaliação das ações de governo desempenha um papel fundamental na mensuração da efetividade do ciclo orçamentário. Autores como Weiss (2014) argumentam que a avaliação é uma ferramenta essencial para identificar resultados, analisar impactos e promover ajustes nas políticas públicas. Através da avaliação, é possível verificar se as ações propostas estão sendo efetivas na solução dos problemas identificados e se os recursos estão sendo utilizados de maneira eficiente.

Para promover a efetividade das ações de governo no ciclo orçamentário, é necessário fortalecer os mecanismos de transparência, participação e accountability. A implementação de políticas de governo aberto, que estimulem a participação da sociedade na elaboração e execução do orçamento, é um passo importante nessa direção. Além disso, é fundamental investir em sistemas de monitoramento e avaliação que permitam uma análise criteriosa dos resultados e impactos das ações de governo.

Dentre as estratégias para promover a efetividade das ações de governo, destaca-se a necessidade de uma gestão pública baseada em evidências. Autores como Nutley et al. (2013) ressaltam a importância de uma cultura de avaliação e aprendizado nas organizações governamentais, onde a tomada de decisão seja embasada em dados e informações objetivas. A utilização de indicadores de desempenho e a realização de pesquisas de satisfação junto à sociedade podem contribuir para o aprimoramento das políticas públicas.

1.5 O SISTEMA DE CONTROLE INTERNO E O CICLO ORÇAMENTÁRIO

Ferramentas de Controle Interno auxiliam gestão administrativa do TRE-TO —  Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins

O sistema de controle interno desempenha um papel fundamental no ciclo orçamentário, atuando como um mecanismo de supervisão e verificação dos atos e processos relacionados à gestão financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da administração pública. O artigo 74 da Constituição Federal estabelece as atribuições desse sistema, que é mantido de forma integrada pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

De acordo com o referido artigo, as finalidades do sistema de controle interno são:

a) Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. Isso significa verificar se as ações e projetos propostos estão sendo realizados de acordo com o planejado e se os recursos estão sendo utilizados de forma adequada e eficiente para alcançar os objetivos estabelecidos.

b) Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. Essa atribuição envolve a verificação da conformidade dos atos administrativos com as leis e regulamentos, bem como a análise dos resultados alcançados em termos de eficácia (atingir os resultados esperados) e eficiência (otimização dos recursos utilizados).

c) Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. Essa função visa monitorar as operações financeiras realizadas pelo governo, garantindo a regularidade e a segurança das transações, além de zelar pelos direitos e ativos da União.

d) Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. O controle externo, exercido principalmente pelo Tribunal de Contas da União, é responsável por fiscalizar a atuação do poder público e garantir a correta aplicação dos recursos públicos. O sistema de controle interno atua em colaboração com o controle externo, fornecendo informações, relatórios e apoio técnico para o desempenho dessa função.

O tema é destacado no artigo 74 da Constituição Federal, que estabelece as diretrizes e responsabilidades do sistema de controle interno, enfatizando a importância da avaliação, legalidade, eficácia, eficiência e controle das operações financeiras. O objetivo é garantir a transparência, a responsabilidade e a boa governança na administração dos recursos públicos.

1.6 PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NO CICLO ORÇAMENTÁRIO

Transparência Bahia - Controle Social

Além disso, é fundamental considerar a dimensão social das ações de governo no ciclo orçamentário. Autores como Santos et al. (2018) enfatizam a importância de políticas públicas que promovam a equidade, a inclusão social e a redução das desigualdades. É necessário garantir que os recursos sejam direcionados para as áreas mais vulneráveis e que as políticas sejam implementadas de forma a beneficiar toda a sociedade, especialmente os grupos mais marginalizados.

Nesse sentido, é válido destacar a importância do diálogo entre academia e governo para o aprimoramento do ciclo orçamentário e das ações de governo. A colaboração entre pesquisadores e gestores públicos pode contribuir para a identificação de boas práticas, a troca de experiências e o desenvolvimento de soluções inovadoras. A produção de estudos e pesquisas acadêmicas, embasadas em referências no padrão ABNT, pode fornecer subsídios teóricos e empíricos para aprimorar as políticas públicas e sua efetividade.

Portanto, a efetividade das ações de governo no ciclo orçamentário depende de um conjunto de fatores, incluindo transparência, participação social, accountability, avaliação de resultados e ações embasadas em evidências. A busca pela melhoria contínua e aprimoramento das políticas públicas visando o benefício da sociedade são aspectos fundamentais para o sucesso do ciclo orçamentário e o alcance de resultados positivos no contexto governamental.

CONCLUSÃO

O ciclo orçamentário desempenha um papel fundamental na governança pública, pois estabelece as diretrizes e os instrumentos necessários para o planejamento, execução, controle e avaliação das políticas públicas. Por meio das diversas fases do ciclo orçamentário, é possível promover uma gestão mais eficiente, transparente e participativa dos recursos públicos, visando atender às demandas da sociedade e alcançar resultados efetivos.

Ao longo deste capítulo, exploramos as principais etapas do ciclo orçamentário, desde a elaboração até o controle e avaliação, destacando a importância de cada uma delas no contexto da governança pública. Vimos que a elaboração do orçamento requer critérios técnicos e participativos, buscando a transparência e o diálogo com a sociedade. A aprovação legislativa é um momento-chave em que ocorre o controle político e a representatividade dos interesses da sociedade. A execução orçamentária demanda eficiência e eficácia na alocação dos recursos, visando alcançar os resultados planejados. Por fim, o controle e a avaliação são fundamentais para monitorar a correta aplicação dos recursos e verificar a efetividade das políticas públicas.

No entanto, para que o ciclo orçamentário seja efetivo, é essencial garantir a accountability e promover a participação da sociedade. A accountability democrática, por meio da prestação de contas e do controle social, assegura a transparência na gestão financeira e a responsabilização dos gestores públicos. A participação da sociedade, por sua vez, fortalece a legitimidade das decisões e contribui para a construção de políticas públicas mais alinhadas com as necessidades reais da população.

A governança pública, portanto, está intrinsecamente ligada ao ciclo orçamentário e à forma como ele é conduzido. Uma gestão pública eficaz requer a adoção de boas práticas de gestão orçamentária, o fortalecimento dos mecanismos de accountability e o estímulo à participação cidadã. Somente dessa forma podemos garantir uma gestão transparente, responsável e orientada para o interesse público.

Em suma, o ciclo orçamentário e a governança pública são elementos interdependentes que devem caminhar juntos na busca por uma gestão eficiente e transparente. A compreensão das etapas do ciclo orçamentário, aliada à implementação de mecanismos de accountability e participação social, é essencial para promover uma gestão pública que atenda às demandas da sociedade, assegure a efetividade das políticas públicas e fortaleça a confiança entre governo e cidadãos.

Referencias Bibliográficas

BUCCI, Maria Paula Dallari. Accountability e controle da Administração Pública: uma perspectiva brasileira. Editora Saraiva, 2021.

FREITAS, Vladmir Passos de. Orçamento público: análise e técnica orçamentária na perspectiva municipal. Editora Juruá, 2020.

GIACOMONI, James. Orçamento público. São Paulo: Atlas, 2014.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. Editora Malheiros, 2018.

NUTLEY, Sandra; POWELL, Alison; DAVIES, Huw. What counts as good evidence? Provocation paper for the Alliance for Useful Evidence. London: NESTA, 2013.

SANTOS, Boaventura de Sousa; AVRITZER, Leonardo. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2018.

SCHEDLER, Kuno; PROELLER, Isabella; GROSS, Martin. Budgeting for outcomes: Better results at lower cost. Washington, DC: World Bank, 2017.

SILVA, Antônio Márcio. Orçamento público: fundamentos e técnicas de elaboração. Editora Atlas, 2019.

WEISS, Carol H. Evaluation: Methods for studying programs and policies. 3rd ed. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall, 2014.

 

Qual é o papel do ciclo orçamentário na promoção da governança pública efetiva? Como as etapas do ciclo orçamentário, como o planejamento, execução, controle e avaliação, podem contribuir para uma gestão mais transparente, participativa e responsável dos recursos públicos? Quais são os desafios enfrentados na implementação do ciclo orçamentário e como a governança pode ser fortalecida para garantir uma alocação eficiente e equitativa dos recursos públicos?

 

Tópico: O Ciclo Orçamentário e a Governança Pública

Qual é o papel do ciclo orçamentário na promoção da governança pública efetiva? Como as etapas do ciclo orçamentário, como o planejamento, execução, controle e avaliação, podem contribuir para uma gestão mais transparente, participativa e responsável dos

O ciclo orçamentário desempenha um importante papel na promoção da governança pública, na efetividade das ações do governo, na alocação de recursos, no estabelecimento de diretrizes e os instrumentos necessários para o planejamento, execução, controle e avaliação das políticas públicas.
Através desses instrumentos o governo tem uma definição clara e transparente das prioridades bem como a alocação eficiente dos recursos e o monitoramento da prestação de contas a sociedade, busca-se atender as demandas e necessidades da sociedade através de metas e objetivos claros.
Vale ressaltar a importância da participação da sociedade para que o ciclo orçamentário seja efetivo, é de estrema importância a prestação de contas e o controle social, transparência na gestão financeira e a responsabilização dos gestores públicos.

Orçamento e governança pública

O ciclo orçamentário é fundamental na governança pública, pois a medida que suas fases vão sendo vencidas, as diretrizes do planejamento e da execução orçamentária vão sendo traçadas. Ademais, o ciclo orçamentário contribui para a transparência das ações orçamentárias, visto que durante a fase de aprovação pelo Poder Legislativo, deve ser incentivada a participação social.
Como desafio para implantação de um ciclo orçamentário que observe a governança pública, considera-se que deve ser incentivado o controle social e a participação cidadã, dessa forma será conferida mais efetividade ao ciclo orçamentário.

O ciclo orçamentário e a governança pública

O ciclo orçamentário desempenha um papel fundamental na governança pública, pois estabelece as diretrizes e os instrumentos necessários para o planejamento, execução, controle e avaliação das políticas públicas. A fase de elaboração do orçamento é um processo fundamental para o planejamento das finanças públicas. Nessa etapa, são estabelecidas as diretrizes, metas e prioridades que irão orientar a alocação dos recursos públicos durante o período orçamentário. A elaboração do orçamento envolve a análise cuidadosa dos recursos disponíveis, as demandas da sociedade e as políticas públicas a serem implementadas. Assim sendo, é possível promover uma gestão mais eficiente, transparente e participativa dos recursos públicos, visando atender às demandas da sociedade e alcançar resultados efetivos. Para que o ciclo orçamentário seja efetivo, é essencial garantir a accountability, por meio da prestação de contas e responsabilização dos gestores, e promover a participação da sociedade.
Isso posto, podemos concluir que o ciclo orçamentário e a governança pública são elementos interdependentes que devem caminhar juntos na busca por uma gestão eficiente e transparente.

O CICLO ORÇAMENTÁRIO E A GOVERNANÇA PÚBLICA

O ciclo orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora, aprova, executa, controla e avalia os programas do setor público nos aspectos físico e financeiro. O ciclo corresponde, portanto, ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público.
O processo de elaboração do orçamento é complexo, pois envolve as prioridades do Brasil, um país com mais de 200 milhões de habitantes. Se já é difícil planejar e controlar os gastos em nossa casa, imagine a complexidade de planejar as prioridades de um país do tamanho do Brasil. No entanto, o planejamento é essencial para a melhor aplicação dos recursos públicos.
Para organizar e viabilizar a ação pública, o PPA declara as políticas e metas previstas para um período de 4 anos, assim como os caminhos para alcançá-las. A LDO e a LOA devem estar alinhadas às políticas e metas presentes no PPA, e, por sua vez, são elaboradas anualmente.
A ideia é terminar cada ano com a LOA aprovada para o ano seguinte, ou seja, com todo o detalhamento dos gastos e receitas. A LOA é o que chamamos, de fato, de orçamento anual. A lei por si só também é grande e complexa, por isso é estruturada em três documentos: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de investimento das estatais.
Orçamento público é o instrumento utilizado pelo Governo Federal para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, entre outros).
O planejamento orçamentário pode assumir muitas funções diferentes dentro do seu negócio. Ele é uma forma muito eficiente de organizar o orçamento da empresa, ter uma visão ampla a respeito dos investimentos e das receitas mensais, além de permitir a análise detalhada dos resultados.
Conclui-se que é grande o desafio do gestor público, pois este além de executar o ciclo orçamentário, deve compreendê-lo a fim de atender as da Lei de diretrizes Orçamentárias e a da Lei de Orçamento anual em busca de equilibrar as receitas e despesas do país. O Administrador deve buscar novos mecanismos de controle para garantir a missão do poder público perante a sociedade, almejando além do bem estar da coletividade o desenvolvimento econômico da Nação.

O Ciclo Orçamentário e a Governança Pública.

O ciclo orçamentário tem as fases: elaboração da proposta, apreciação legislativa, execução, controle e avaliação. Para que uma administração pública seja bem coerente e responsável, um orçamento anual deve ser votado e aprovado pelo poder legislativo do país. As discussões começam confrontando receitas e despesas que irão acontecer durante o ano. Depois de discutidos os prós e os contras, o orçamento é elaborado e enviado ao congresso para votação. Depois de aprovado deve-se alocar esses recursos de forma coerente, mas sempre com fiscalização e controle para se evitar desvios e ou mau uso desse dinheiro e sempre fazendo fiscalização e controle contábil(accountability). Agora um grande de desafio a ser enfrentado nessa execução é a situação política que se encontra o país, senão vejamos, pois um país estável politicamente, enfrenta muito menos turbulências sociais e essa sociedade estando estável tem uma melhor disposição para fiscalização e de apontar indícios de que esses recursos estão sendo bem empregados.

Re:O Ciclo Orçamentário e a Governança Pública

Como bem frisou o colega Francisco Lima, a transparência e o diálogo com a sociedade é também de suma importância, pois retorna de modo rápido e justo esses recursos para a própria sociedade.

O Ciclo Orçamentário e a Governança Pública

O ciclo orçamentário desempenha um papel fundamental na governança pública, uma vez que estabelece as diretrizes e os instrumentos necessários para o planejamento, execução, controle e avaliação das políticas públicas. Essas fases do ciclo orçamentário possibilitam a promoção de uma gestão mais eficiente, transparente e participativa dos recursos públicos, visando atender às demandas da sociedade e alcançar resultados efetivos.
A governança pública está diretamente ligada ao ciclo orçamentário e à forma como ele é conduzido. Uma gestão pública eficaz requer a adoção de boas práticas de gestão orçamentária, o fortalecimento dos mecanismos de accountability e o estímulo à participação cidadã. Dessa forma, pode-se garantir uma gestão transparente, responsável e orientada para o interesse público.
O ciclo orçamentário e a governança pública são elementos interdependentes que devem caminhar juntos na busca por uma gestão eficiente e transparente. A compreensão das etapas do ciclo orçamentário, aliada à implementação de mecanismos de accountability e participação social, é essencial para promover uma gestão pública que atenda às demandas da sociedade, assegure a efetividade das políticas públicas e fortaleça a confiança entre governo e cidadãos.
A efetividade das ações de governo no ciclo orçamentário depende de um conjunto de fatores, incluindo transparência, participação social, accountability, avaliação de resultados e ações embasadas em evidências. A busca pela melhoria contínua e aprimoramento das políticas públicas visando o benefício da sociedade são aspectos fundamentais para o sucesso do ciclo orçamentário e o alcance de resultados positivos no contexto governamental.

Garantir a accountability e promover a participação da sociedade são desafios enfrentados na implementação de políticas públicas . A accountability democrática, por meio da prestação de contas e do controle social, assegura a transparência na gestão financeira e a responsabilização dos gestores públicos. A participação da sociedade, por sua vez, fortalece a legitimidade das decisões e contribui para a construção de políticas públicas mais alinhadas com as necessidades reais da população.

O Ciclo Orçamentário e a Governança Pública

O ciclo orçamentário desempenha um papel fundamental na promoção da governança pública efetiva, uma vez que fornece uma estrutura para a gestão transparente, participativa e responsável dos recursos públicos. Esse ciclo é composto por várias etapas interligadas que abrangem o processo de elaboração, execução, controle e avaliação do orçamento público. Na etapa de planejamento, os objetivos, metas e prioridades podem ser definidos em conjunto com a sociedade. A execução do orçamento envolve a implementação dos programas e projetos propostos. O monitoramento regular é necessário para garantir que os recursos sejam utilizados conforme planejado e para evitar desvios. O controle envolve mecanismos para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma adequada e eficiente. Isso inclui auditorias internas e externas, além de sistemas de prestação de contas. A avaliação do desempenho e dos resultados dos programas e projetos permite ajustes e melhorias contínuas. Isso ajuda a garantir que os recursos sejam direcionados para onde tenham o maior impacto. Alguns desafios na implementação do ciclo orçamentário incluem a necessidade de fortalecer a participação cidadã em todas as etapas do ciclo, garantir a consistência entre planejamento e alocação de recursos, assegurar a eficácia dos controles e a integridade na execução. Para fortalecer a governança e garantir uma alocação eficiente e equitativa dos recursos públicos, é importante investir em sistemas de informação, fortalecer os órgãos de controle e auditoria.

O Ciclo Orçamentário e a Governança Pública

Orçamento público é uma questão muito sensível na gestão pública uma vez que é responsável pela efetiva implementação de políticas públicas no País. O ciclo orçamentário, por consequência, traduz as etapas fundamentais desse processo de aplicação dos recursos públicos provenientes de impostos, taxas, etc... ou seja, da contribuição de todos os cidadãos para o funcionamento democrático do Estado. O ciclo orçamentário pode ser dividido em quatro fases inter-relacionadas: elaboração, aprovação e legislação, execução e controle e avaliação. Em todas essas fases há o devido controle social e o interesse da população no processo de aplicação dos recursos. Para isso, entretanto, é necessário desenvolver ações de transparência e acesso às informações para que seja feito o controle social. Todas as etapas do ciclo são importantes pois consideram um planejamento estruturado para melhor aplicação do dinheiro público. Os desafios para sua implementação estão ligados ao baixo engajamento da população, o difícil acesso às informações e os recursos financeiros disponíveis. Além disso, espera-se que o haja a melhor aplicabilidade dos recursos, priorizando a eficiência e eficácia das ações.

O Ciclo Orçamentário e a Governança Pública

O ciclo orçamentário desempenha um papel fundamental na promoção da governança pública efetiva ao estabelecer um processo estruturado e abrangente para a gestão dos recursos públicos. Ao permitir a definição clara de prioridades, a alocação eficiente de recursos e a prestação de contas, o ciclo orçamentário fortalece a governança pública, promovendo uma gestão mais transparente, responsável e voltada para o interesse público.
Ademais, ele incorpora princípios de transparência, participação cidadã, prestação de contas e responsabilização, contribuindo para uma administração pública mais responsável, equitativa e orientada para o interesse público. O ciclo orçamentário permite que as decisões governamentais sejam baseadas em evidências, promovendo a eficácia das políticas públicas e fortalecendo a confiança entre o governo e a sociedade.
Contudo, a implementação do ciclo orçamentário enfrenta diversos desafios, como a falta de transparência, a participação limitada da sociedade, pressões políticas, capacidade técnica insuficiente e falta de avaliação de resultados. Para fortalecer a governança e alcançar uma alocação eficiente e equitativa dos recursos públicos, é essencial promover a transparência e o acesso à informação, incentivar a participação cidadã ativa, fortalecer os controles internos e externos, adotar avaliação baseada em evidências, investir na capacitação dos servidores públicos, implementar monitoramento contínuo e responsabilização, e assegurar a promoção da equidade na distribuição dos benefícios das políticas públicas.

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