Teoria da Racionalidade Limitada

Introdução

Nesta aula, iremos discutir a teoria da racionalidade limitada, proposta por Herbert Simon em meados do século XX. A teoria da racionalidade limitada é uma das principais teorias sobre tomada de decisão e tem implicações importantes para o setor público.

Teoria da racionalidade limitada

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A teoria da racionalidade limitada parte da premissa de que os tomadores de decisão são limitados pelas suas habilidades cognitivas e pelas informações disponíveis. Isso significa que, em vez de buscar a solução ótima, os tomadores de decisão buscam satisfazer as suas necessidades de forma satisfatória, considerando as limitações que enfrentam.

Simon argumenta que os tomadores de decisão enfrentam três tipos de limitações:

Limitações cognitivas: os tomadores de decisão não são capazes de processar todas as informações disponíveis e, portanto, precisam tomar decisões com base em informações incompletas ou imprecisas;

Limitações de tempo: os tomadores de decisão têm prazos para tomar decisões e precisam agir rapidamente, o que pode levar a decisões subótimas;

Limitações de recursos: os tomadores de decisão têm recursos limitados, como dinheiro, pessoal e equipamentos, e precisam equilibrar suas necessidades com essas restrições.

Heurística e suas implicações para a tomada de decisão

Racionalidade Limitada e Vieses Cognitivos | Blog do Nei

Heurística é um termo que se refere a estratégias mentais simplificadas, que as pessoas utilizam para tomar decisões mais rapidamente e com menor esforço cognitivo. Essas estratégias mentais, ou "atalhos cognitivos", são úteis em situações em que o tempo e os recursos mentais são limitados, mas também podem levar a erros sistemáticos de julgamento.

A aplicação da heurística na tomada de decisão é muito comum, pois as pessoas muitas vezes precisam tomar decisões rápidas e eficientes, sem ter todas as informações necessárias disponíveis. Alguns exemplos comuns de heurísticas são:

Heurística da disponibilidade: a tendência de julgar a probabilidade de um evento com base em como ele é facilmente lembrado ou imaginado. Por exemplo, se uma pessoa assiste a muitas notícias sobre assaltos, ela pode superestimar a probabilidade de ser assaltada.

Heurística da representatividade: a tendência de julgar a probabilidade de um evento com base em quão similar ele é a um protótipo ou estereótipo. Por exemplo, uma pessoa pode achar que um indivíduo com características estereotipadas de um criminoso é mais propenso a cometer um crime, mesmo que essa pessoa não tenha evidências concretas para essa suposição.

Heurística da ancoragem e ajuste: a tendência de utilizar uma informação inicial (ou "âncora") como ponto de partida e, em seguida, ajustar essa informação com base em outras informações. Por exemplo, um indivíduo pode decidir qual o preço justo de um produto com base no preço inicial sugerido pelo vendedor.

Embora as heurísticas possam ser úteis na tomada de decisões, elas também podem levar a erros sistemáticos e vieses cognitivos. Por isso, é importante estar ciente das heurísticas que você utiliza e avaliar criticamente suas decisões.

Implicações para o setor público

As transformações do setor público brasileiro nos anos 20. - Blog do AFTM

A teoria da racionalidade limitada tem implicações importantes para o setor público. Os gestores públicos enfrentam desafios complexos e precisam tomar decisões que afetam milhares, ou até milhões, de pessoas. Eles precisam lidar com informações incompletas, prazos apertados e recursos limitados.

Ao entender as limitações da tomada de decisão, os gestores públicos podem adotar abordagens mais realistas para resolver problemas e alcançar seus objetivos. Por exemplo, em vez de buscar soluções perfeitas, eles podem optar por soluções satisfatórias que atendam às necessidades da maioria das pessoas. Eles também podem investir em sistemas de informação e análise de dados para ajudá-los a tomar decisões mais informadas.

A teoria da racionalidade limitada é uma das principais teorias sobre tomada de decisão. Ela sugere que os tomadores de decisão são limitados pelas suas habilidades cognitivas e pelas informações disponíveis, e que buscam satisfazer suas necessidades de forma satisfatória, considerando as limitações que enfrentam. No setor público, a compreensão dessas limitações pode ajudar os gestores públicos a adotar abordagens mais realistas para resolver problemas e alcançar seus objetivos.

A teoria da racionalidade limitada, proposta por Herbert Simon, sugere que, devido a limitações cognitivas e de informação, os tomadores de decisão tendem a buscar soluções satisfatórias em vez de soluções ótimas. Aqui estão alguns exemplos para ilustrar a teoria:

Decisões de compra: ao comprar um produto, um consumidor pode não pesquisar todas as opções disponíveis, mas apenas aquelas que estão mais acessíveis ou são conhecidas. Ele pode acabar escolhendo uma opção que não é a melhor em termos de qualidade ou preço, mas que é satisfatória o suficiente para atender às suas necessidades.

Decisões de contratação: um gerente de RH pode não ter tempo para entrevistar todos os candidatos para uma vaga aberta, mas apenas uma amostra deles. Ele pode acabar escolhendo um candidato que não é a melhor opção para o cargo, mas que é satisfatório o suficiente.

Tomada de decisão política: um legislador pode não pesquisar todas as opções possíveis para um projeto de lei, mas apenas as que estão disponíveis para ele ou são sugeridas por seus aliados políticos. Ele pode acabar votando em uma opção que não é a melhor para seus eleitores, mas que é satisfatória para seus interesses políticos.

Esses exemplos mostram que, na prática, a tomada de decisão não é sempre um processo racional e completo, mas muitas vezes é influenciada por limitações cognitivas, tempo e recursos disponíveis.

Comportamento administrativo: um estudo de processos de tomada de decisão na organização administrativa

Gestão de Pessoas no Setor Público – Recrutamento e Seleção

O livro "Comportamento Administrativo: Um Estudo de Processos de Tomada de Decisão na Organização Administrativa" é uma obra clássica escrita pelo economista e cientista político americano Herbert A. Simon e foi um marco na história da teoria da administração, especialmente no campo da tomada de decisão .

Simon (1974) argumenta que os administradores enfrentam problemas complexos que requerem tomada de decisão. Ele propõe que os administradores não buscam soluções ideais, mas sim satisfatórias, que são soluções que atendem aos seus objetivos em vez de soluções ótimas.

O livro aborda vários tópicos relacionados à tomada de decisão, como a relação entre a tomada de decisão e a racionalidade, a influência da incerteza e da complexidade nos processos de tomada de decisão, e as limitações cognitivas e organizacionais dos tomadores de decisão.

Além disso, o livro de Simon é considerado uma das primeiras obras a aplicar a teoria da informação à teoria da administração, destacando a importância do acesso à informação precisa e atualizada para a tomada de decisões efetivas.

"Comportamento Administrativo" foi um grande sucesso quando foi lançado e é considerado um dos livros mais influentes na história da administração. Simon se tornou um dos principais pensadores na área da tomada de decisão e ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 1978 por suas contribuições para a teoria da administração e da organização.

Além de Herbert Simon (1955), existem outros autores acadêmicos que contribuíram para a teoria da racionalidade limitada. Aqui estão alguns exemplos:

James G. March (1958): foi um pesquisador da Universidade de Stanford que colaborou com Simon em diversos estudos sobre tomada de decisão e administração. Em conjunto, eles desenvolveram o conceito de "processos de escolha" que descrevem como os indivíduos tomam decisões.

Daniel Kahneman (2011): é um psicólogo israelense-americano que recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 2002. Seu trabalho destaca a importância dos processos cognitivos na tomada de decisão, como o pensamento intuitivo e a heurística, e como eles podem levar a erros de julgamento e tomada de decisão.

Amos Tversky (1975): foi um psicólogo israelense que trabalhou em conjunto com Kahneman na pesquisa de tomada de decisão e heurísticas. Ele foi coautor de muitos artigos e livros importantes na área, incluindo "Julgamento sob Incerteza: Heurísticas e Vieses".

Esses autores contribuíram significativamente para a teoria da racionalidade limitada e para o entendimento de como os tomadores de decisão operam na prática. Seus trabalhos mostram que a tomada de decisão é um processo complexo e influenciado por vários fatores, incluindo limitações cognitivas, emoções e heurísticas.

A relação entre o excesso de opções, a teoria da racionalidade limitada e o aplicativo de namoro Tinder

Dona do Tinder lança aplicativo de namoro para mães e pais solteiros -  Pequenas Empresas Grandes Negócios | Tecnologia

O excesso de opções, a teoria da racionalidade limitada e o aplicativo Tinder estão relacionados de várias maneiras.

O Tinder é um aplicativo de namoro que permite aos usuários deslizar o dedo para a esquerda ou direita para indicar interesse ou desinteresse em potenciais parceiros. O aplicativo oferece uma grande variedade de perfis para escolha, o que pode gerar sobrecarga cognitiva e dificultar a tomada de decisão dos usuários.

De acordo com a teoria da racionalidade limitada, os indivíduos possuem recursos limitados para processar informações e tomar decisões. O excesso de opções pode levar a uma sobrecarga cognitiva, o que dificulta a tomada de decisão e pode levar a escolhas menos satisfatórias.

No caso do Tinder, a sobrecarga de opções pode levar os usuários a adotar estratégias de simplificação, como avaliar rapidamente os perfis ou limitar o número de opções consideradas. Essas estratégias são uma forma de lidar com a limitação cognitiva e facilitar a tomada de decisão em um contexto de excesso de opções.

Portanto, a relação entre o excesso de opções, a teoria da racionalidade limitada e o Tinder é que a sobrecarga de opções pode afetar negativamente a tomada de decisão dos usuários, e estes podem adotar estratégias de simplificação para lidar com essa sobrecarga.

A teoria da racionalidade limitada e a compra de um carro

Como comprar um carro próprio com uma carta contemplada - Grupo LuME

A relação entre o excesso de opções, a teoria da racionalidade limitada e a compra de um carro também pode ser observada.

Ao escolher um carro, os consumidores geralmente têm que lidar com um grande número de opções, desde o modelo, cor, motorização, acessórios, entre outros. O excesso de opções pode levar a uma sobrecarga cognitiva e dificultar a tomada de decisão dos consumidores.

De acordo com a teoria da racionalidade limitada, os indivíduos possuem recursos cognitivos limitados para processar informações e tomar decisões. Quando confrontados com um grande número de opções, os consumidores podem adotar estratégias de simplificação, como focar em critérios mais gerais, ignorar algumas opções ou recorrer a fontes de informações simplificadas, como as avaliações de terceiros.

Essas estratégias podem ser uma forma de lidar com a sobrecarga de opções e facilitar a tomada de decisão. Por outro lado, essas estratégias também podem levar a escolhas menos satisfatórias ou a um arrependimento do consumidor após a compra.

Portanto, a relação entre o excesso de opções, a teoria da racionalidade limitada e a compra de um carro é que a sobrecarga de opções pode afetar negativamente a tomada de decisão dos consumidores, e estes podem adotar estratégias de simplificação para lidar com essa sobrecarga. Essas estratégias podem ajudar a facilitar a tomada de decisão, mas também podem levar a escolhas menos satisfatórias.

Referências Bibliográficas

SIMON, H. A. A Behavioral Model of Rational Choice. The Quarterly Journal of Economics, v. 69, n. 1, p. 99-118, 1955.

SIMON, Herbert A. Comportamento Administrativo: Um Estudo de Processos de Tomada de Decisão na Organização Administrativa. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1974.

MARCH, James G.; SIMON, Herbert A. Organizations. 2. ed. New York: John Wiley & Sons, 1958.

KAHNEMAN, Daniel. Thinking, fast and slow. New York: Farrar, Straus and Giroux, 2011.

TVERSKY, Amos; KAHNEMAN, Daniel. Judgment under uncertainty: heuristics and biases. Science, v. 185, n. 4157, p. 1124-1131, 1974.

 

Material Complementar

A Influência da Racionalidade Limitada na Institucionalização das Alterações Orçamentárias 

Autoria:

Alvaro Antônio da Silva - alvaro_telo@outlook.com Mestrado em Contabilidade / UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná 

Edina Carine de Souza Kinzler - edina.kinzler@unioeste.br Mestr Prof em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplicadas / UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná 

Dione Olesczuk Soutes - dioneosoutes@gmail.com Programa de Pós Graduação em Contabilidade / UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná 

Resumo

A pesquisa tem como objetivo buscar informações de como ocorre a influência da racionalidade limitada na institucionalização das alterações orçamentárias. Visa analisar como a racionalidade limitada, proposta por Bogt e Scapens (2018), acaba influenciando os gestores na tomada de decisão e nas escolhas orçamentárias. O estudo se justifica pela contribuição que concerne o sentimento sobre a racionalidade limitada e sua influência nas alterações orçamentárias, possibilitando compreender a relação entre os dois. Trata-se de um estudo de caso único, descritivo e tem abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e questionário estruturado, estes por sua vez foram analisados pelo método de análise do discurso, sendo a pesquisa realizada em uma indústria situada no Oeste do Estado do Paraná, sendo fundada em 2006, e desde então vem se destacando no cenário nacional como importante beneficiadora de trigo. Os principais resultados demonstram que a Racionalidade Limitada é vista como um processo natural e é esperada a divergência de pensamentos e ideias entre os participantes da elaboração das alterações orçamentárias, que o elemento regra e rotinas estão diretamente interligados dentro do processo orçamentário, assim como os elementos, ações e institucionalização.

Acesse o artigo AQUI.

DA SILVA, Alvaro Antônio; DE SOUZA KINZLER-EDINA, Edina Carine; SOUTES, Dione Olesczuk. A Influência da Racionalidade Limitada na Institucionalização das Alterações Orçamentárias.

Fórum de Discussão

Car@ cursista,

Informamos que a avaliação desta disciplina será realizada através da participação ativa no fórum de discussão. Para isso, é importante que vocês respondam à pergunta proposta e também comentem as respostas dos colegas.

Lembrem-se de que a participação é fundamental para o processo de aprendizagem e para enriquecermos nossas reflexões e debates sobre o assunto abordado na disciplina. Portanto, encorajo todos vocês a participarem ativamente do fórum, trazendo suas perspectivas e opiniões sobre o tema.

Além disso, salientamos que a participação no fórum também pode contribuir para a nota de participação, que é uma das formas de avaliação utilizadas nesta disciplina. Dessa forma, é importante que todos se empenhem em participar e contribuir para a construção do conhecimento coletivo.

Lembramos também que o fórum é um espaço de diálogo e respeito mútuo, por isso, é fundamental que todos se expressem com civilidade e cordialidade, evitando qualquer tipo de ofensa ou desrespeito aos colegas.

Por fim, reforçamos o convite para que todos participem ativamente do fórum de discussão, pois isso contribuirá para uma aprendizagem mais rica e efetiva.

Atenciosamente,

Equipe CEGESP

 

Pergunta de Partida:

De que maneira a teoria da racionalidade limitada pode explicar as decisões tomadas por indivíduos em situações de incerteza ou com informações incompletas?

 

 

Tópico: Teoria da Racionalidade Limitada

teoria da racionalidade limitada

A teoria da racionalidade limitada sugere que os indivíduos tomam decisões baseadas em informações e recursos limitados. Em situações de incerteza ou com informações incompletas, os indivíduos tendem a adotar estratégias heurísticas simplificadas para lidar com a complexidade. Essas estratégias podem incluir a busca por informações relevantes, a utilização de regras práticas ou a confiança em experiências passadas. Portanto, a teoria da racionalidade limitada sugere que as decisões tomadas nessas circunstâncias podem ser subótimas, mas ainda assim são resultado de uma tentativa de maximizar a utilidade dentro das limitações cognitivas e de informação do indivíduo.

Teoria da Racionalidade Limitada

Na teoria da racionalidade limitada proposta por Herbert Simon as pessoas enfrentariam três tipos de limitações na hora de tomar uma decisão. A cognitiva: por não serem capazes de processar todas as informações tomam decisão em informações incompletas ou imprecisas; de tempo: os tomadores de decisão têm prazo para tomar decisões; e de recursos: precisam equilibrar suas necessidades com as restrições de recursos. Assim, em situações de incerteza ou com informações incompletas, os indivíduos tendem a recorrer a estratégias mentais simplificadas para tomar decisões, ao invés de analisar todas as opções. Essas táticas podem ser úteis, mas levar a erros sistemáticos de julgamento.

Sabemos que no setor público os gestores precisam tomar decisões que podem afetar a vida de muitas pessoas, os recursos são escassos e as demandas são muitas, além disso, geralmente as decisões têm prazo para serem tomadas e as informações nem sempre são completas. Nesse contexto com grandes desafios, incertezas e informações incompletas a teoria da racionalidade limitada surge como uma das principais teorias sobre tomada de decisão, pois as limitações podem levar os gestores a tomar decisões que buscam satisfazer suas necessidades imediatas de forma satisfatória, ao invés de tomar decisões que atendem as necessidades coletivas da melhor forma possível.

Portanto, ao resolver problemas e alcançar seus objetivos, os gestores precisam compreender as limitações, desenvolver habilidades de gerenciamento, buscar mais conhecimento para assim superar as limitações cognitivas. Além disso, pelo fato de tratar-se de interesses públicos entendo que é extremamente importante a participação social, para o gestor saber quais são as prioridades e assim tomar as decisões de forma mais rápida, administrando o tempo com eficácia, além de otimizar os recursos atendendo as necessidades da sociedade e da instituição.

Teoria da Racionalidade Limitada

A Teoria da Racionalidade Limitada nos ajuda a compreender quem nós somos diante de muitas decisões, ela nos apresenta como estamos acostumados a querer, tanto no trabalho quanto no nosso dia a dia, decisões rápidas, sem esforços cognitivos, baseando-nos em nossas experiências acumuladas ou informações que nos foram apresentadas muitas vezes incompletas.
Em nossos espaços cognitivos limitados, nossa parcela de racionalidade fica comprometida, isso implica em uma vida social e profissional com intensas probabilidades ao erro.

Teoria da Racionalidade Limitada

De acordo com o economista Herbert Simon, a teoria da Racionalidade Limitada explica que em situações de incerteza ou de informações incompletas, os indivíduos recorrem a estratégias simplificadas de tomada de decisão, considerando restrições cognitivas, emocionais e de recursos. Isso pode levar a decisões que são satisfatórias, mas não necessariamente ótimas em termos de racionalidade completa. Portanto, isso implica afirmar que no contexto administrativo, os gestores precisam se basear em estudos, pesquisas e dados concretos para que possam fundamentar suas decisões e não somente em suas experiências, intuições ou emoções.

Teoria da Racionalidade limitada

A teoria da racionalidade limitada, desenvolvida pelo economista Herbert Simon, argumenta que, em situações de incerteza ou com informações incompletas, os indivíduos recorrem a estratégias simplificadas de tomada de decisão, considerando restrições cognitivas, emocionais e de recursos. Isso pode levar a decisões que são satisfatórias, mas não necessariamente ótimas em termos de racionalidade completa.

Teoria da Racionalidade Limitada

A teoria da racionalidade limitada dispõe que os indivíduos têm limitações cognitivas e de recursos que afetam sua capacidade de tomar decisões plenamente racionais. Nós, seres humanos, não possuímos acesso ilimitado a todas as informações relevantes. Portanto, acabamos adotando estratégias heurísticas, simplificações e regras práticas como, por exemplo, buscar uma solução satisfatória ao invés da melhor solução. Assim, tal teoria reconhece que nós tomamos decisões dentro de limitações de tempo, conhecimento e recursos disponíveis.

De que maneira a teoria da racionalidade limitada pode explicar as decisões tomadas por indivíduos em situações de incerteza ou com informações incompletas?

Em situações de incerteza e/ou com informações incompletas, como são as situações no setor público, por exemplo, os indivíduos se direcionam a uma decisão ótima, mesmo essa não sendo a decisão perfeita. Eles tomam essa decisão ótima com base nas informações que possuem - sendo essas incompletas - e considerando as diversas limitações existentes, como as limitações de tempo (as decisões precisam ser rápidas), de recursos (há uma definição de recursos humanos, financeiros e de materiais) e as cognitivas (as informações são incompletas e, mesmo aquelas que estão mais robustas não são totalmente absorvidas).
Esse processo de seleção e escolha da decisão ótima é permeado pela heurística, na qual há uma simplificação das estratégias mentais para a tomada de decisão. No setor público, essa estratégia se torna mais comum com o aumento da hierarquia. Destaca-se porém que, se essa simplificação ocorre em excesso, ela pode gerar erros e graves consequências. Todavia, diante de muitas opções, a heurística pode - ou até deve - ser aplicada para promover o processo de seleção e escolha.

TEORIA DA RACIONALIDADE LIMITADA

Em situações de incerteza, as pessoas podem não ter acesso a todas as informações necessárias para tomar uma decisão completamente racional. Devido a limitações de tempo, custo ou capacidade cognitiva, é comum que os indivíduos tomem decisões com base em informações parciais ou generalizações. Eles podem usar heurísticas, como regras práticas e atalhos mentais, para simplificar a tarefa de tomar decisões em um ambiente incerto. Dessa forma, em situações de incerteza ou com informações incompletas, a Teoria da Racionalidade Limitada sugere que os indivíduos tendem a tomar decisões com base em heurísticas, generalizações e suposições, em vez de buscar uma análise exaustiva das opções disponíveis. Essas estratégias simplificadoras são utilizadas para contornar as limitações cognitivas e chegar a uma decisão que seja satisfatória o suficiente para lidar com a incerteza ou a falta de informações.

TEORIA DA RACIONALIDADE LIMITADA

Em vez de analisar todas as informações disponíveis, as pessoas recorrem a atalhos mentais que lhes permitem chegar a uma decisão rápida. Essas heurísticas podem ser úteis, mas também podem levar a erros sistemáticos de julgamento.
Em vez de buscar a melhor solução possível, os indivíduos podem adotar uma estratégia de "satisfação", escolhendo a primeira opção que atende a critérios mínimos aceitáveis.
Eles podem tomar decisões com base em informações parciais ou incompletas, buscando apenas os aspectos mais relevantes para a tomada de decisão, enquanto ignoram informações detalhadas e complexas.
Eles podem se basear em informações sociais, como a opinião de especialistas, a experiência de outros ou a pressão de grupo, para tomar suas decisões, em vez de realizar uma análise aprofundada das informações disponíveis.

Re:TEORIA DA RACIONALIDADE LIMITADA

Realmente, decisões mal tomadas implicam responsabilização e culpabilidade, portanto é necessário criar uma nova mentalidade em relação à esse assunto. Criar novos parâmetros significa construir um pensamento construtivo e moderno que misture otimização de tempo, de recursos e atendimento da satisfação do cliente ou sociedade que está sendo trabalhado.

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