Teoria da Racionalidade Limitada

Introdução

Nesta aula, iremos discutir a teoria da racionalidade limitada, proposta por Herbert Simon em meados do século XX. A teoria da racionalidade limitada é uma das principais teorias sobre tomada de decisão e tem implicações importantes para o setor público.

Teoria da racionalidade limitada

O que é a racionalidade? Steven Pinker desvenda as raízes do negacionismo -  Brazil Journal

A teoria da racionalidade limitada parte da premissa de que os tomadores de decisão são limitados pelas suas habilidades cognitivas e pelas informações disponíveis. Isso significa que, em vez de buscar a solução ótima, os tomadores de decisão buscam satisfazer as suas necessidades de forma satisfatória, considerando as limitações que enfrentam.

Simon argumenta que os tomadores de decisão enfrentam três tipos de limitações:

Limitações cognitivas: os tomadores de decisão não são capazes de processar todas as informações disponíveis e, portanto, precisam tomar decisões com base em informações incompletas ou imprecisas;

Limitações de tempo: os tomadores de decisão têm prazos para tomar decisões e precisam agir rapidamente, o que pode levar a decisões subótimas;

Limitações de recursos: os tomadores de decisão têm recursos limitados, como dinheiro, pessoal e equipamentos, e precisam equilibrar suas necessidades com essas restrições.

Heurística e suas implicações para a tomada de decisão

Racionalidade Limitada e Vieses Cognitivos | Blog do Nei

Heurística é um termo que se refere a estratégias mentais simplificadas, que as pessoas utilizam para tomar decisões mais rapidamente e com menor esforço cognitivo. Essas estratégias mentais, ou "atalhos cognitivos", são úteis em situações em que o tempo e os recursos mentais são limitados, mas também podem levar a erros sistemáticos de julgamento.

A aplicação da heurística na tomada de decisão é muito comum, pois as pessoas muitas vezes precisam tomar decisões rápidas e eficientes, sem ter todas as informações necessárias disponíveis. Alguns exemplos comuns de heurísticas são:

Heurística da disponibilidade: a tendência de julgar a probabilidade de um evento com base em como ele é facilmente lembrado ou imaginado. Por exemplo, se uma pessoa assiste a muitas notícias sobre assaltos, ela pode superestimar a probabilidade de ser assaltada.

Heurística da representatividade: a tendência de julgar a probabilidade de um evento com base em quão similar ele é a um protótipo ou estereótipo. Por exemplo, uma pessoa pode achar que um indivíduo com características estereotipadas de um criminoso é mais propenso a cometer um crime, mesmo que essa pessoa não tenha evidências concretas para essa suposição.

Heurística da ancoragem e ajuste: a tendência de utilizar uma informação inicial (ou "âncora") como ponto de partida e, em seguida, ajustar essa informação com base em outras informações. Por exemplo, um indivíduo pode decidir qual o preço justo de um produto com base no preço inicial sugerido pelo vendedor.

Embora as heurísticas possam ser úteis na tomada de decisões, elas também podem levar a erros sistemáticos e vieses cognitivos. Por isso, é importante estar ciente das heurísticas que você utiliza e avaliar criticamente suas decisões.

Implicações para o setor público

As transformações do setor público brasileiro nos anos 20. - Blog do AFTM

A teoria da racionalidade limitada tem implicações importantes para o setor público. Os gestores públicos enfrentam desafios complexos e precisam tomar decisões que afetam milhares, ou até milhões, de pessoas. Eles precisam lidar com informações incompletas, prazos apertados e recursos limitados.

Ao entender as limitações da tomada de decisão, os gestores públicos podem adotar abordagens mais realistas para resolver problemas e alcançar seus objetivos. Por exemplo, em vez de buscar soluções perfeitas, eles podem optar por soluções satisfatórias que atendam às necessidades da maioria das pessoas. Eles também podem investir em sistemas de informação e análise de dados para ajudá-los a tomar decisões mais informadas.

A teoria da racionalidade limitada é uma das principais teorias sobre tomada de decisão. Ela sugere que os tomadores de decisão são limitados pelas suas habilidades cognitivas e pelas informações disponíveis, e que buscam satisfazer suas necessidades de forma satisfatória, considerando as limitações que enfrentam. No setor público, a compreensão dessas limitações pode ajudar os gestores públicos a adotar abordagens mais realistas para resolver problemas e alcançar seus objetivos.

A teoria da racionalidade limitada, proposta por Herbert Simon, sugere que, devido a limitações cognitivas e de informação, os tomadores de decisão tendem a buscar soluções satisfatórias em vez de soluções ótimas. Aqui estão alguns exemplos para ilustrar a teoria:

Decisões de compra: ao comprar um produto, um consumidor pode não pesquisar todas as opções disponíveis, mas apenas aquelas que estão mais acessíveis ou são conhecidas. Ele pode acabar escolhendo uma opção que não é a melhor em termos de qualidade ou preço, mas que é satisfatória o suficiente para atender às suas necessidades.

Decisões de contratação: um gerente de RH pode não ter tempo para entrevistar todos os candidatos para uma vaga aberta, mas apenas uma amostra deles. Ele pode acabar escolhendo um candidato que não é a melhor opção para o cargo, mas que é satisfatório o suficiente.

Tomada de decisão política: um legislador pode não pesquisar todas as opções possíveis para um projeto de lei, mas apenas as que estão disponíveis para ele ou são sugeridas por seus aliados políticos. Ele pode acabar votando em uma opção que não é a melhor para seus eleitores, mas que é satisfatória para seus interesses políticos.

Esses exemplos mostram que, na prática, a tomada de decisão não é sempre um processo racional e completo, mas muitas vezes é influenciada por limitações cognitivas, tempo e recursos disponíveis.

Comportamento administrativo: um estudo de processos de tomada de decisão na organização administrativa

Gestão de Pessoas no Setor Público – Recrutamento e Seleção

O livro "Comportamento Administrativo: Um Estudo de Processos de Tomada de Decisão na Organização Administrativa" é uma obra clássica escrita pelo economista e cientista político americano Herbert A. Simon e foi um marco na história da teoria da administração, especialmente no campo da tomada de decisão .

Simon (1974) argumenta que os administradores enfrentam problemas complexos que requerem tomada de decisão. Ele propõe que os administradores não buscam soluções ideais, mas sim satisfatórias, que são soluções que atendem aos seus objetivos em vez de soluções ótimas.

O livro aborda vários tópicos relacionados à tomada de decisão, como a relação entre a tomada de decisão e a racionalidade, a influência da incerteza e da complexidade nos processos de tomada de decisão, e as limitações cognitivas e organizacionais dos tomadores de decisão.

Além disso, o livro de Simon é considerado uma das primeiras obras a aplicar a teoria da informação à teoria da administração, destacando a importância do acesso à informação precisa e atualizada para a tomada de decisões efetivas.

"Comportamento Administrativo" foi um grande sucesso quando foi lançado e é considerado um dos livros mais influentes na história da administração. Simon se tornou um dos principais pensadores na área da tomada de decisão e ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 1978 por suas contribuições para a teoria da administração e da organização.

Além de Herbert Simon (1955), existem outros autores acadêmicos que contribuíram para a teoria da racionalidade limitada. Aqui estão alguns exemplos:

James G. March (1958): foi um pesquisador da Universidade de Stanford que colaborou com Simon em diversos estudos sobre tomada de decisão e administração. Em conjunto, eles desenvolveram o conceito de "processos de escolha" que descrevem como os indivíduos tomam decisões.

Daniel Kahneman (2011): é um psicólogo israelense-americano que recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 2002. Seu trabalho destaca a importância dos processos cognitivos na tomada de decisão, como o pensamento intuitivo e a heurística, e como eles podem levar a erros de julgamento e tomada de decisão.

Amos Tversky (1975): foi um psicólogo israelense que trabalhou em conjunto com Kahneman na pesquisa de tomada de decisão e heurísticas. Ele foi coautor de muitos artigos e livros importantes na área, incluindo "Julgamento sob Incerteza: Heurísticas e Vieses".

Esses autores contribuíram significativamente para a teoria da racionalidade limitada e para o entendimento de como os tomadores de decisão operam na prática. Seus trabalhos mostram que a tomada de decisão é um processo complexo e influenciado por vários fatores, incluindo limitações cognitivas, emoções e heurísticas.

A relação entre o excesso de opções, a teoria da racionalidade limitada e o aplicativo de namoro Tinder

Dona do Tinder lança aplicativo de namoro para mães e pais solteiros -  Pequenas Empresas Grandes Negócios | Tecnologia

O excesso de opções, a teoria da racionalidade limitada e o aplicativo Tinder estão relacionados de várias maneiras.

O Tinder é um aplicativo de namoro que permite aos usuários deslizar o dedo para a esquerda ou direita para indicar interesse ou desinteresse em potenciais parceiros. O aplicativo oferece uma grande variedade de perfis para escolha, o que pode gerar sobrecarga cognitiva e dificultar a tomada de decisão dos usuários.

De acordo com a teoria da racionalidade limitada, os indivíduos possuem recursos limitados para processar informações e tomar decisões. O excesso de opções pode levar a uma sobrecarga cognitiva, o que dificulta a tomada de decisão e pode levar a escolhas menos satisfatórias.

No caso do Tinder, a sobrecarga de opções pode levar os usuários a adotar estratégias de simplificação, como avaliar rapidamente os perfis ou limitar o número de opções consideradas. Essas estratégias são uma forma de lidar com a limitação cognitiva e facilitar a tomada de decisão em um contexto de excesso de opções.

Portanto, a relação entre o excesso de opções, a teoria da racionalidade limitada e o Tinder é que a sobrecarga de opções pode afetar negativamente a tomada de decisão dos usuários, e estes podem adotar estratégias de simplificação para lidar com essa sobrecarga.

A teoria da racionalidade limitada e a compra de um carro

Como comprar um carro próprio com uma carta contemplada - Grupo LuME

A relação entre o excesso de opções, a teoria da racionalidade limitada e a compra de um carro também pode ser observada.

Ao escolher um carro, os consumidores geralmente têm que lidar com um grande número de opções, desde o modelo, cor, motorização, acessórios, entre outros. O excesso de opções pode levar a uma sobrecarga cognitiva e dificultar a tomada de decisão dos consumidores.

De acordo com a teoria da racionalidade limitada, os indivíduos possuem recursos cognitivos limitados para processar informações e tomar decisões. Quando confrontados com um grande número de opções, os consumidores podem adotar estratégias de simplificação, como focar em critérios mais gerais, ignorar algumas opções ou recorrer a fontes de informações simplificadas, como as avaliações de terceiros.

Essas estratégias podem ser uma forma de lidar com a sobrecarga de opções e facilitar a tomada de decisão. Por outro lado, essas estratégias também podem levar a escolhas menos satisfatórias ou a um arrependimento do consumidor após a compra.

Portanto, a relação entre o excesso de opções, a teoria da racionalidade limitada e a compra de um carro é que a sobrecarga de opções pode afetar negativamente a tomada de decisão dos consumidores, e estes podem adotar estratégias de simplificação para lidar com essa sobrecarga. Essas estratégias podem ajudar a facilitar a tomada de decisão, mas também podem levar a escolhas menos satisfatórias.

Referências Bibliográficas

SIMON, H. A. A Behavioral Model of Rational Choice. The Quarterly Journal of Economics, v. 69, n. 1, p. 99-118, 1955.

SIMON, Herbert A. Comportamento Administrativo: Um Estudo de Processos de Tomada de Decisão na Organização Administrativa. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1974.

MARCH, James G.; SIMON, Herbert A. Organizations. 2. ed. New York: John Wiley & Sons, 1958.

KAHNEMAN, Daniel. Thinking, fast and slow. New York: Farrar, Straus and Giroux, 2011.

TVERSKY, Amos; KAHNEMAN, Daniel. Judgment under uncertainty: heuristics and biases. Science, v. 185, n. 4157, p. 1124-1131, 1974.

 

Material Complementar

A Influência da Racionalidade Limitada na Institucionalização das Alterações Orçamentárias 

Autoria:

Alvaro Antônio da Silva - alvaro_telo@outlook.com Mestrado em Contabilidade / UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná 

Edina Carine de Souza Kinzler - edina.kinzler@unioeste.br Mestr Prof em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplicadas / UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná 

Dione Olesczuk Soutes - dioneosoutes@gmail.com Programa de Pós Graduação em Contabilidade / UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná 

Resumo

A pesquisa tem como objetivo buscar informações de como ocorre a influência da racionalidade limitada na institucionalização das alterações orçamentárias. Visa analisar como a racionalidade limitada, proposta por Bogt e Scapens (2018), acaba influenciando os gestores na tomada de decisão e nas escolhas orçamentárias. O estudo se justifica pela contribuição que concerne o sentimento sobre a racionalidade limitada e sua influência nas alterações orçamentárias, possibilitando compreender a relação entre os dois. Trata-se de um estudo de caso único, descritivo e tem abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e questionário estruturado, estes por sua vez foram analisados pelo método de análise do discurso, sendo a pesquisa realizada em uma indústria situada no Oeste do Estado do Paraná, sendo fundada em 2006, e desde então vem se destacando no cenário nacional como importante beneficiadora de trigo. Os principais resultados demonstram que a Racionalidade Limitada é vista como um processo natural e é esperada a divergência de pensamentos e ideias entre os participantes da elaboração das alterações orçamentárias, que o elemento regra e rotinas estão diretamente interligados dentro do processo orçamentário, assim como os elementos, ações e institucionalização.

Acesse o artigo AQUI.

DA SILVA, Alvaro Antônio; DE SOUZA KINZLER-EDINA, Edina Carine; SOUTES, Dione Olesczuk. A Influência da Racionalidade Limitada na Institucionalização das Alterações Orçamentárias.

Fórum de Discussão

Car@ cursista,

Informamos que a avaliação desta disciplina será realizada através da participação ativa no fórum de discussão. Para isso, é importante que vocês respondam à pergunta proposta e também comentem as respostas dos colegas.

Lembrem-se de que a participação é fundamental para o processo de aprendizagem e para enriquecermos nossas reflexões e debates sobre o assunto abordado na disciplina. Portanto, encorajo todos vocês a participarem ativamente do fórum, trazendo suas perspectivas e opiniões sobre o tema.

Além disso, salientamos que a participação no fórum também pode contribuir para a nota de participação, que é uma das formas de avaliação utilizadas nesta disciplina. Dessa forma, é importante que todos se empenhem em participar e contribuir para a construção do conhecimento coletivo.

Lembramos também que o fórum é um espaço de diálogo e respeito mútuo, por isso, é fundamental que todos se expressem com civilidade e cordialidade, evitando qualquer tipo de ofensa ou desrespeito aos colegas.

Por fim, reforçamos o convite para que todos participem ativamente do fórum de discussão, pois isso contribuirá para uma aprendizagem mais rica e efetiva.

Atenciosamente,

Equipe CEGESP

 

Pergunta de Partida:

De que maneira a teoria da racionalidade limitada pode explicar as decisões tomadas por indivíduos em situações de incerteza ou com informações incompletas?

 

 

Tópico: Teoria da Racionalidade Limitada

Teoria da racionalidade limitada

A teoria da racionalidade limitada, definida por Herbert Simon, é o estudo acerca das questões que permeiam a tomada de decisão pelos indivíduos, partindo da premissa que eles agem limitados pela sua capacidade cognitiva e pelas informações disponíveis. Os tomadores de decisão agem precisando lidar com três limitações, as cognitivas, de tempo e de recursos, que os impelem a escolher opções satisfatórias em vez das consideradas ótimas.
Diante de uma situação em que as decisões precisem ser tomadas, os indivíduos usam a heurística, termo que significa estratégias mentais simplificadas, que os fazem tomar uma decisão rapidamente e com menor esforço cognitivo. A aplicação da heurística é muito habitual durante o processo de tomada de decisão, pois a maioria dos indivíduos precisa fazer escolhas de maneira rápida, sem terem todas as informações necessárias disponíveis para tal.
Essa teoria nos mostra que os indivíduos têm limitações em apurar e analisar informações em relação à tomada de decisões, os fazendo escolher por uma opção satisfatória para determinada situação, em vez de uma escolha que fosse considerada perfeita ou ótima.

De que maneira a teoria da racionalidade limitada pode explicar as decisões tomadas por indivíduos em situações de incerteza ou com informações incompletas?

A teoria da racionalidade limitada é uma das principais teorias sobre tomada de decisão e parte da premissa de que os tomadores de decisão são limitados pelas informações disponíveis; ou seja, precisam tomar decisões com base em informações incompletas. Por isso, o uso de estratégias mentais é muito comum; pois os indivíduos na maioria das vezes precisam tomar decisões em situações de incertezas e sem ter disponível todas as informações necessárias. No entanto, essas estratégias mentais podem levar a erros sistemáticos de julgamento; sendo importante estar ciente disso e avaliar criticamente as decisões tomadas. Então; na prática, a tomada de decisão não é sempre um processo racional. Dessa forma, ao entender as limitações da tomada de decisão é possível adotar abordagens mais realistas para alcançar soluções satisfatórias; por exemplo, investindo em sistemas de análise de dados que ajudem no acesso às informações necessárias para a tomada de decisões mais efetivas.

Teoria da Racionalidade Limitada

A teoria da racionalidade limitada tem sido amplamente utilizada para explicar as decisões tomadas por indivíduos em situações de incerteza ou com informações incompletas. A teoria argumenta que os seres humanos são dotados de capacidades cognitivas limitadas, o que implica que eles não podem processar todas as informações disponíveis e que suas decisões são influenciadas por fatores como a complexidade do problema, a quantidade de informações disponíveis e a capacidade de processá-las.
Em situações de incerteza, são frequentemente confrontados com escolhas para as quais não possuem informações suficientes para tomar decisões racionais e, portanto, recorrem a estratégias simplificadas para lidar com essas situações. Estas estratégias podem incluir a utilização de regras heurísticas, que são regras práticas e intuitivas que permitem tomar decisões rápidas, mas que nem sempre são precisas.
Além disso, em situações com informações incompletas, os indivíduos muitas vezes fazem suposições e inferências para preencher as lacunas de conhecimento. Eles tentam prever possíveis resultados ou criar cenários imaginários para ajudar na tomada de decisões. No entanto, estas inferências e suposições estão sujeitas a viés cognitivo e podem levar a conclusões distorcidas.
Portanto, a teoria da racionalidade limitada oferece uma explicação convincente para as decisões tomadas por indivíduos em situações de incerteza ou com informações incompletas. Ela destaca as limitações cognitivas humanas e as estratégias simplificadas que as pessoas utilizam para tomar decisões em tais circunstâncias. Conhecer e compreender essas limitações é essencial para o desenvolvimento de abordagens mais eficazes na gestão de decisões em contextos de incerteza.

Teoria da racionalidade limitada

A teoria da racionalidade limitada é uma das principais teorias sobre tomada de decisão. Ela sugere que os indivíduos têm capacidades cognitivas limitadas para processar informações e tomar decisões. Em situações de incerteza ou com informações incompletas, as pessoas podem simplificar o processo de tomada de decisão, usando heurísticas (estratégias mentais simplificadas), regras práticas ou seguindo padrões anteriores. Isso pode levar a decisões que não são ótimas do ponto de vista da racionalidade clássica, mas são satisfatórias dadas as restrições cognitivas dos indivíduos. Por exemplo, ao tomar uma decisão de compra, o consumidor pode escolher uma opção que não seja a mais vantajosa em termos de qualidade ou preço, mas que ainda seja suficiente para atender às suas necessidades. Isso acontece caso ele opte por não explorar todas as opções disponíveis, focando apenas nas mais acessíveis ou familiares.

Teoria da Racionalidade Limitada

De acordo com a teoria da racionalidade limitada, o indivíduo enfrenta algumas limitações no momento de tomar decisões: de cognição (o conhecimento de quem toma a decisão e sua habilidade de processar as informações disponíveis), de tempo e de recursos.

Teoria da racionalidade limitada

A teoria da racionalidade limitada é uma das principais teorias sobre tomada de decisão. Ela sugere que os tomadores de decisão são limitados pelas suas habilidades cognitivas e pelas informações disponíveis, e que buscam satisfazer suas necessidades de forma satisfatória, considerando as limitações que enfrentam. No setor público, a compreensão dessas limitações pode ajudar os gestores públicos a adotar abordagens mais realistas para resolver problemas e alcançar seus objetivos.

A teoria da racionalidade limitada, proposta por Herbert Simon, sugere que, devido a limitações cognitivas e de informação, os tomadores de decisão tendem a buscar soluções satisfatórias em vez de soluções ótimas. Aqui estão alguns exemplos para ilustrar a teoria:

Decisões de compra: ao comprar um produto, um consumidor pode não pesquisar todas as opções disponíveis, mas apenas aquelas que estão mais acessíveis ou são conhecidas. Ele pode acabar escolhendo uma opção que não é a melhor em termos de qualidade ou preço, mas que é satisfatória o suficiente para atender às suas necessidades.

Decisões de contratação: um gerente de RH pode não ter tempo para entrevistar todos os candidatos para uma vaga aberta, mas apenas uma amostra deles. Ele pode acabar escolhendo um candidato que não é a melhor opção para o cargo, mas que é satisfatório o suficiente.

Tomada de decisão política: um legislador pode não pesquisar todas as opções possíveis para um projeto de lei, mas apenas as que estão disponíveis para ele ou são sugeridas por seus aliados políticos. Ele pode acabar votando em uma opção que não é a melhor para seus eleitores, mas que é satisfatória para seus interesses políticos.

Esses exemplos mostram que, na prática, a tomada de decisão não é sempre um processo racional e completo, mas muitas vezes é influenciada por limitações cognitivas, tempo e recursos disponíveis.

Teoria da racionalidade limitada

A teoria da racionalidade limitada, proposta por Herbert Simon, sugere que as pessoas tomam decisões de maneira parcialmente irracional por causa de nossas limitações cognitivas, de informação e de tempo.
Segundo essa teoria, as pessoas não conseguem considerar todas as opções possíveis, nem avaliar todas as consequências de cada escolha, nem maximizar seus benefícios em cada situação. Em vez disso, as pessoas usam heurísticas, ou seja, regras gerais e simples que facilitam o processo de decisão, mas que também podem gerar vieses ou erros de raciocínio.

Em situações de incerteza ou com informações incompletas, a teoria da racionalidade limitada pode explicar as decisões tomadas por indivíduos de várias formas, como:

As pessoas tendem a satisfazer em vez de otimizar, ou seja, a escolher a primeira opção que atenda a um nível mínimo de aceitabilidade, em vez de buscar a melhor opção possível.
As pessoas tendem a usar a disponibilidade como critério de escolha, ou seja, a dar mais peso às informações mais recentes ou frequentes, porque são mais fáceis de lembrar ou acessar.
As pessoas tendem a usar a representatividade como critério de escolha, ou seja, a julgar a probabilidade de um evento baseando-se em sua semelhança com outro evento conhecido ou estereotipado.
As pessoas tendem a usar a ancoragem como critério de escolha, ou seja, a se basear em uma informação inicial ou arbitrária para fazer ajustes posteriores.

Teoria da Racionalidade Limitada

A teoria da racionalidade limitada é como um guia prático para entender como tomamos decisões em situações incertas ou com informações limitadas. Imagine que você está em uma encruzilhada, com um mapa incompleto e um relógio que não para de correr. A teoria nos lembra de que nossas mentes não são supercomputadores capazes de processar tudo em detalhes.

Em vez disso, recorremos a atalhos mentais, chamados heurísticas, para tomar decisões de forma mais rápida e eficiente. Não temos tempo para examinar todas as opções minuciosamente, então escolhemos a alternativa que parece ser a melhor. Em vez de perseguir a decisão perfeita, nos contentamos com uma decisão satisfatória, que parece boa o suficiente para a situação.

Essa teoria destaca que, em um mundo cheio de informações e escolhas, muitas vezes escolhemos o caminho mais aparentemente seguro, mesmo que não tenhamos garantia de que é o melhor. Fazemos isso para economizar tempo e energia mental.

Em resumo, a teoria da racionalidade limitada nos lembra que, como seres humanos, temos limitações, e precisamos usar estratégias simplificadas para lidar com a incerteza e as informações limitadas. É como escolher um carro em uma concessionária ou decidir em um aplicativo de namoro, buscando soluções práticas em vez de perfeição.

Teoria da Racionalidade Limitada

A Teoria da Racionalidade Limitada é um instrumento para lidar com as limitadas habilidades humanas de compreensão e de cálculo, na presença de complexidade e incerteza. A racionalidade limitada como inicialmente desenvolvida por Simon possuía hipóteses mais fracas em relação à racionalidade substantiva ao analisar o comportamento e capacidade humana, segundo o autor, ela teria uma característica mais modesta e realista acerca do conhecimento e da capacidade de cálculo dos agentes econômicos.
Resumidamente, Williamson reconhece que os indivíduos são limitados racionalmente, o que impõe sérias restrições à capacidade dos mesmos em tomar decisões e fechar contratos, na sua concepção é facultado aos agentes serem incapazes de formar expectativas eficientes sobre o futuro, sem embasamento e sem erros persistentes no curto prazo, pois sua deficiência computacional advém da realidade complexa a ser entendida. Ao realizar um contrato, os agentes são incapazes de usar os dados existentes sobre o mercado para obter conhecimento de curto prazo confiável envolvendo todas as variáveis econômicas.
Em Suma, além da incerteza quanto à probabilidade de ocorrência de eventos futuros, o argumento de racionalidade limitada assume também que os agentes não possuem capacidade de obter e processar todas as informações relevantes para a tomada de decisão, tendo em vista a complexidade do sistema em que estão inseridos.

Teoria da Racionalidade Limitada

A teoria da racionalidade limitada, desenvolvida por Herbert Simon, oferece uma perspectiva valiosa para entender as decisões tomadas por indivíduos em situações de incerteza ou com informações incompletas. Ao contrário da suposição de que as pessoas sempre tomam decisões totalmente racionais, essa teoria reconhece que os seres humanos têm limitações cognitivas, de tempo e recursos.
Em situações de incerteza, os indivíduos tendem a simplificar a complexidade das escolhas, recorrendo a heurísticas e regras práticas para tomar decisões. Isso pode levar a decisões que, do ponto de vista estritamente racional, não são as melhores, mas são satisfatórias dadas as restrições cognitivas.
Além disso, a teoria da racionalidade limitada também destaca a importância do ambiente em que as decisões são tomadas. As informações disponíveis, a estrutura do problema e o contexto social influenciam significativamente as escolhas individuais. Isso significa que duas pessoas enfrentando a mesma situação de incerteza podem tomar decisões diferentes com base em suas experiências e percepções únicas.
Em resumo, a teoria da racionalidade limitada fornece um quadro explicativo abrangente para as decisões humanas em condições de incerteza ou informações incompletas. Ela reconhece as limitações inerentes à capacidade cognitiva humana e destaca a importância do contexto na tomada de decisões, oferecendo insights valiosos para entender o comportamento humano em uma variedade de situações do mundo real.

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