Material Complementar
DO FRÁGIL AO ANTIFRÁGIL: A RELAÇÃO ENTRE A VOLATILIDADE DO DESEMPREGO, O DÉFICIT PÚBLICO E AS MODIFICAÇÕES NAS PREVISÕES DO RESULTADO PRIMÁRIO
Rafael Altoé Frossard, Joelma Aparecida Zoboli
Resumo
Este artigo tem como problemática o possível impacto do desemprego no comportamento do déficit público e, consequentemente, nas previsões do resultado primário. Realizou-se a pesquisa com os dados divulgados por instituições governamentais e com informações conceituais de autores do ramo de estatística e economia. No que tange aos resultados, pequenas oscilações no desemprego foram o suficiente para levar o orçamento ao déficit, o qual foi agravado com o passar dos anos, após análise nos dados, estima-se que o coeficiente de rendimento entre as variáveis é de 89,59%, indicando forte relação. Além disso, fora observado que as previsões orçamentárias foram modificadas, contudo veio acontecer apenas com a troca de governo, que passou a adotar estimativas mais realistas, ainda que não tenham sido cumpridas, para o resultado primário. Esse fenômeno pode ser explicado por vários conceitos, como a fragilidade da dívida pública, diferença entre o linear e não-linear, falácia do planejamento, inexorabilidade da não previsão e a ausência de skin in the game por parte dos gestores públicos e áreas próximas. Por fim, conclui-se que o problema de pesquisa pode ser respondido de forma afirmativa, uma vez que há correlação entre as variáveis, evidenciando a fragilidade da previsão orçamentária. Dessa forma, aponta-se como solução uma medida que proíba o governo de contrair empréstimos, forçando-o a cortar gastos e alcançar um resultado primário superavitário, porém essa redução nas despesas não deve ser feita de forma a prejudicar as classes mais pobres da sociedade, como saúde, educação e segurança, e sim nas quais mais oneram os cofres públicos, como a alta cúpula de funcionários públicos privilegiados.
Palavras-Chave:
Déficit; Desemprego; Orçamento; Fragilidade; Volatilidade
FROSSARD, Rafael Altoé; ZOBOLI, Joelma Aparecida. DO FRÁGIL AO ANTIFRÁGIL: A RELAÇÃO ENTRE A VOLATILIDADE DO DESEMPREGO, O DÉFICIT PÚBLICO E AS MODIFICAÇÕES NAS PREVISÕES DO RESULTADO PRIMÁRIO. Cadernos Camilliani e-ISSN: 2594-9640, v. 16, n. 3, p. 1363-1377, 2021.
DO FRÁGIL AO ANTIFRÁGIL: A RELAÇÃO ENTRE A
VOLATILIDADE DO DESEMPREGO, O DÉFICIT PÚBLICO E AS
MODIFICAÇÕES NAS PREVISÕES DO RESULTADO PRIMÁRIO
FROM FRAGILE TO ANTI
-
FRAGILE: THE RELATIONSHIP BETWEEN UNEMPLOYMENT
VOLATILITY, PUBLIC
DEFICIT AND CHANGES IN PRIMARY OUTPUT FORECASTS
Rafael Altoé
Frossard
1
,
Joelma Aparecida
Zoboli
2
Resumo
Este artigo tem como problemática o possível impacto do desemprego no comportamento do déficit
público e, consequentemente, nas previsões do
resultado primário. Realizou
-
se a pesquisa com os
dados divulgados por instituições governamentais e com informações conceituais de autores do ramo
de estatística e economia. No que tange aos resultados, pequenas oscilações no desemprego foram o
suficiente
para levar o orçamento ao déficit, o qual foi agravado com o passar dos anos, após análise
nos dados, estima
-
se que o coeficiente de rendimento entre as variáveis é de 89,59%, indicando forte
relação. Além disso, fora observado que as previsões orçamentár
ias foram modificadas, contudo veio
acontecer apenas com a troca de governo, que passou a adotar estimativas mais realistas, ainda que
não tenham sido cumpridas, para o resultado primário. Esse fenômeno pode ser explicado por vários
conceitos, como a fragi
lidade da dívida pública, diferença entre o linear e não
-
linear, falácia do
planejamento, inexorabilidade da não previsão e a ausência de skin in the game por parte dos
gestores públicos e áreas próximas. Por fim, conclui
-
se que o problema de pesquisa pode
ser
respondido de forma afirmativa, uma vez que há correlação entre as variáveis, evidenciando a
fragilidade da previsão orçamentária. Dessa forma, aponta
-
se como solução uma medida que proíba
o governo de contrair empréstimos, forçando
-
o a cortar gastos
e alcançar um resultado primário
superavitário, porém essa redução nas despesas não deve ser feita de forma a prejudicar as classes
mais pobres da sociedade, como saúde, educação e segurança, e sim nas quais mais oneram os cofres
públicos, como a alta cúpu
la de funcionários públicos privilegiados.
Palavras
-
Chave
:
Déficit; Desemprego; Orçamento; Fragilidade; Volatilidade
DO FRÁGIL AO ANTIFRÁGIL: A RELAÇÃO ENTRE A
VOLATILIDADE DO DESEMPREGO, O DÉFICIT PÚBLICO E AS
MODIFICAÇÕES NAS PREVISÕES DO RESULTADO PRIMÁRIO
FROM FRAGILE TO ANTI
-
FRAGILE: TH RELATIONSHIP BETWEEN UNEMPLOYMENT
VOLATILITY, PUBLIC
DEFICIT AND CHANGES IN PRIMARY OUTPUT FORECASTS
Rafael Altoé
Frossard
1
,
Joelma Aparecida
Zoboli
2
Resumo
Este artigo tem como problemática o possível impacto do desemprego no comportamento do déficit
público e, consequentemente, nas previsões do
resultado primário. Realizou
-
se a pesquisa com os
dados divulgados por instituições governamentais e com informações conceituais de autores do ramo
de estatística e economia. No que tange aos resultados, pequenas oscilações no desemprego foram o
suficiente
para levar o orçamento ao déficit, o qual foi agravado com o passar dos anos, após análise
nos dados, estima
-
se que o coeficiente de rendimento entre as variáveis é de 89,59%, indicando forte
relação. Além disso, fora observado que as previsões orçamentár
ias foram modificadas, contudo veio
acontecer apenas com a troca de governo, que passou a adotar estimativas mais realistas, ainda que
não tenham sido cumpridas, para o resultado primário. Esse fenômeno pode ser explicado por vários
conceitos, como a fragi
lidade da dívida pública, diferença entre o linear e não
-
linear, falácia do
planejamento, inexorabilidade da não previsão e a ausência de skin in the game por parte dos
gestores públicos e áreas próximas. Por fim, conclui
-
se que o problema de pesquisa pode
ser
respondido de forma afirmativa, uma vez que há correlação entre as variáveis, videnciando a
fragilidade da previsão orçamentária. Dessa forma, aponta
-
se como solução uma medida que proíba
o governo de contrair empréstimos, forçando
-
o a cortar gastos
e alcançar um resultado primário
superavitário, porém essa redução nas despesas não deve ser feita de forma a prejuicar as classes
mais pobres da sociedade, como saúde, educação e segurança, e sim nas quais mais oneram os cofres
públicos, como a alta cúpu
la de funcionários públicos privilegiados.
Palavras
-
Chave
:
Déficit; Desemprego; Orçamento; Fragilidade; Volatilidade