As falhas na tomada de decisão, o Cisne Negro e o Antifrágil

O autor Nassim Nicholas Taleb aborda em seu livro "O Cisne Negro" as falhas na tomada de decisão e os riscos associados à falta de consideração de eventos improváveis e imprevisíveis.

Taleb argumenta que muitas vezes as pessoas tomam decisões baseadas em eventos passados e em padrões estabelecidos, sem considerar a possibilidade de eventos raros e imprevisíveis, que ele chama de "cisnes negros". Esses eventos são altamente impactantes e imprevisíveis, mas tendem a ser ignorados porque não se encaixam em nossos modelos mentais e teorias convencionais.

O autor também enfatiza a importância de uma abordagem mais antifragilidade, que envolve a capacidade de se adaptar e se beneficiar de choques e eventos imprevistos. Em vez de tentar prever e evitar todos os riscos, Taleb defende a ideia de que devemos criar sistemas mais robustos e flexíveis, que possam se adaptar e se beneficiar de choques e eventos imprevisíveis.

Em resumo, Taleb argumenta que as falhas na tomada de decisão podem ocorrer quando as pessoas não levam em consideração eventos raros e imprevisíveis, e que a antifragilidade pode ajudar a criar sistemas mais adaptáveis e resistentes. Seu livro "O Cisne Negro" tem sido amplamente lido e discutido em várias áreas, incluindo finanças, economia, política e gestão de riscos.

O Cisne Negro

O livro "O Cisne Negro", de Nassim Nicholas Taleb, é uma crítica à forma como as pessoas lidam com a incerteza e os riscos na tomada de decisão. O autor argumenta que a maioria das pessoas tende a subestimar a probabilidade e o impacto de eventos raros e imprevisíveis, o que pode levar a graves consequências.

Taleb identifica três principais fontes de falhas na tomada de decisão: a ilusão da certeza, a falta de consideração de eventos raros e imprevisíveis, e a tendência humana de extrapolar padrões do passado para o futuro. Ele argumenta que essas falhas podem levar a decisões equivocadas, especialmente em ambientes complexos e incertos, como os do mundo atual.

Taleb argumenta que muitas vezes tomamos decisões baseadas em modelos mentais e teorias convencionais, sem considerar a possibilidade de eventos raros e imprevisíveis que podem ter um impacto significativo. Esses eventos, que ele chama de "cisnes negros", são geralmente desconsiderados porque não se encaixam nos padrões estabelecidos.

Um exemplo de um evento "cisne negro" é a crise financeira global de 2008, que pegou muitos especialistas e investidores de surpresa. O sistema financeiro global havia sido construído sobre a premissa de que o risco poderia ser gerenciado e quantificado, mas a crise financeira mostrou que eventos raros e imprevisíveis podem ter consequências graves e imprevisíveis.

Taleb argumenta que, em vez de tentar prever e evitar todos os riscos, devemos criar sistemas mais adaptáveis e robustos, que possam se beneficiar de choques e eventos imprevisíveis. Ele chama isso de abordagem antifragilidade.

Em resumo, o livro "O Cisne Negro" destaca as falhas na tomada de decisão e as consequências imprevisíveis que podem ocorrer quando não levamos em consideração eventos raros e improváveis. Taleb argumenta que devemos adotar uma abordagem mais antifragilidade para criar sistemas mais adaptáveis e resistentes a choques e imprevisibilidades.

Algumas situações que poderiam ser consideradas (a princípio!) "cisnes negros" no setor público e privado incluem:

a) A pandemia de COVID-19: Embora a possibilidade de uma pandemia fosse conhecida, a escala e o impacto da pandemia foram amplamente subestimados, pegando muitos governos desprevenidos.

b) O ataque terrorista de 11 de setembro de 2001: O ataque às Torres Gêmeas em Nova York foi um evento altamente improvável e chocante que mudou a política externa e de segurança nacional dos Estados Unidos e de muitos outros países.

c) A crise financeira de 2008: A falência do banco de investimento Lehman Brothers em 2008 desencadeou uma crise financeira global que pegou muitos governos e reguladores desprevenidos.

d) O desastre ambiental de Mariana em 2015: O rompimento da barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais, resultou em uma das piores tragédias ambientais da história do Brasil, com efeitos duradouros sobre a saúde pública e o meio ambiente.

e) O apagão de energia elétrica em 2021 no Amapá: O apagão no estado do Amapá em 2021 foi causado por falhas técnicas em uma subestação de energia elétrica, deixando mais de 800 mil pessoas sem energia elétrica por vários dias, destacando as fragilidades da infraestrutura elétrica no país.

O Antifrágil

"Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos" é um livro escrito por Nassim Nicholas Taleb, que apresenta a ideia de que algumas coisas não apenas resistem a eventos estressantes, mas realmente se beneficiam deles.

A principal ideia do livro é que devemos nos concentrar em criar sistemas que sejam "antifrágeis", ou seja, que se beneficiam de choques, incertezas e mudanças. Isso é diferente da simples resistência (ou "robustez"), que apenas suporta esses eventos sem se beneficiar deles.

A aplicação dessa ideia à tomada de decisão é que, ao invés de simplesmente tentar prever e evitar riscos, devemos construir sistemas e processos que possam se adaptar e se beneficiar desses riscos e mudanças. Em vez de tentar controlar o futuro, devemos nos concentrar em criar opções e recursos que nos permitam lidar com diferentes cenários.

Taleb argumenta que muitas vezes temos excesso de confiança em nossas habilidades de previsão e controle, e que isso pode nos levar a ignorar eventos imprevisíveis e perigosos. Ao invés disso, ele sugere que devemos adotar uma abordagem mais experimental e adaptativa, que nos permita aprender com os erros e se beneficiar da incerteza.

Em resumo, o livro "Antifrágil" destaca a importância de criar sistemas e processos que possam se beneficiar de choques, incertezas e mudanças, em vez de apenas resistir a eles. Na tomada de decisão, isso significa adotar uma abordagem mais experimental e adaptativa, e focar na criação de opções e recursos que nos permitam lidar com diferentes cenários.

Profissões antifrágeis e frágeis: em quais delas você se encaixa?

A ideia de carreiras profissionais antifrágeis e frágeis é baseada na teoria antifrágil de Nassim Taleb. Carreiras antifrágeis são aquelas que se beneficiam com a incerteza e a volatilidade, enquanto carreiras frágeis são prejudicadas por essas mesmas condições. Alguns exemplos de carreiras antifrágeis são:

Empreendedorismo: empreendedores se beneficiam da incerteza e da volatilidade, já que essas condições podem gerar oportunidades de negócios e inovação.

Pesquisa científica: cientistas que trabalham em áreas de pesquisa inovadoras, que estão sujeitas a constantes mudanças, podem se beneficiar com a incerteza e a volatilidade.

Profissionais autônomos: profissionais autônomos, como consultores e freelancers, podem se adaptar facilmente a mudanças no mercado e se beneficiar com a incerteza e a volatilidade.

Já alguns exemplos de carreiras frágeis são:

Funcionários públicos: funcionários públicos que trabalham em áreas muito burocráticas e com pouca possibilidade de mudanças podem ser prejudicados com a incerteza e a volatilidade.

Trabalhadores em setores em declínio: trabalhadores em setores em declínio, como a indústria de impressão, podem ser prejudicados com as mudanças no mercado e a volatilidade.

Profissionais especializados em tecnologias obsoletas: profissionais que trabalham com tecnologias obsoletas podem ser prejudicados com as mudanças no mercado e a volatilidade, já que seus conhecimentos podem se tornar irrelevantes.

 

Referências Bibliográficas

TALEB, Nassim Nicholas. O cisne negro: o impacto do altamente improvável. 1. ed. Rio de Janeiro: BestSeller, 2008.

TALEB, Nassim Nicholas. Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos. 1. ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2013.

 

Material Complementar

DO FRÁGIL AO ANTIFRÁGIL: A RELAÇÃO ENTRE A VOLATILIDADE DO DESEMPREGO, O DÉFICIT PÚBLICO E AS MODIFICAÇÕES NAS PREVISÕES DO RESULTADO PRIMÁRIO

Rafael Altoé Frossard, Joelma Aparecida Zoboli

Resumo

Este artigo tem como problemática o possível impacto do desemprego no comportamento do déficit  público e, consequentemente, nas previsões do  resultado primário. Realizou-se a pesquisa com os  dados divulgados por instituições governamentais e com informações conceituais de autores do ramo de estatística e economia. No que tange aos resultados, pequenas oscilações no desemprego foram o suficiente para levar o orçamento ao déficit, o qual foi agravado com o passar dos anos, após análise nos dados, estima-se que o coeficiente de rendimento entre as variáveis é de 89,59%, indicando forte relação. Além disso, fora observado que as previsões orçamentárias foram modificadas, contudo veio acontecer apenas com a troca de governo, que passou a adotar estimativas mais realistas, ainda que não tenham sido cumpridas, para o resultado primário. Esse fenômeno pode ser explicado por vários conceitos,  como  a  fragilidade  da  dívida  pública,  diferença  entre  o  linear  e  não-linear,  falácia  do planejamento,  inexorabilidade  da  não  previsão  e  a  ausência  de  skin  in  the  game  por  parte  dos gestores  públicos  e  áreas  próximas.  Por  fim,  conclui-se  que  o  problema  de  pesquisa  pode ser respondido  de  forma  afirmativa,  uma  vez  que  há  correlação  entre  as  variáveis,  evidenciando  a fragilidade da previsão orçamentária. Dessa forma, aponta-se como solução uma medida que proíba o  governo  de  contrair  empréstimos,  forçando-o  a  cortar  gastos e  alcançar  um  resultado  primário superavitário, porém essa redução nas despesas não deve ser feita de forma a prejudicar as classes mais pobres da sociedade, como saúde, educação e segurança, e sim nas quais mais oneram os cofres públicos, como a alta cúpula de funcionários públicos privilegiados.

Palavras-Chave:

Déficit; Desemprego; Orçamento; Fragilidade; Volatilidade

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FROSSARD, Rafael Altoé; ZOBOLI, Joelma Aparecida. DO FRÁGIL AO ANTIFRÁGIL: A RELAÇÃO ENTRE A VOLATILIDADE DO DESEMPREGO, O DÉFICIT PÚBLICO E AS MODIFICAÇÕES NAS PREVISÕES DO RESULTADO PRIMÁRIO. Cadernos Camilliani e-ISSN: 2594-9640, v. 16, n. 3, p. 1363-1377, 2021.

 

DO FRÁGIL AO ANTIFRÁGIL: A RELAÇÃO ENTRE A
VOLATILIDADE DO DESEMPREGO, O DÉFICIT PÚBLICO E AS
MODIFICAÇÕES NAS PREVISÕES DO RESULTADO PRIMÁRIO
FROM FRAGILE TO ANTI
-
FRAGILE: THE RELATIONSHIP BETWEEN UNEMPLOYMENT
VOLATILITY, PUBLIC
DEFICIT AND CHANGES IN PRIMARY OUTPUT FORECASTS
Rafael Altoé
Frossard
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,
Joelma Aparecida
Zoboli
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Este artigo tem como problemática o possível impacto do desemprego no comportamento do déficit
público e, consequentemente, nas previsões do
resultado primário. Realizou
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se a pesquisa com os
dados divulgados por instituições governamentais e com informações conceituais de autores do ramo
de estatística e economia. No que tange aos resultados, pequenas oscilações no desemprego foram o
suficiente
para levar o orçamento ao déficit, o qual foi agravado com o passar dos anos, após análise
nos dados, estima
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se que o coeficiente de rendimento entre as variáveis é de 89,59%, indicando forte
relação. Além disso, fora observado que as previsões orçamentár
ias foram modificadas, contudo veio
acontecer apenas com a troca de governo, que passou a adotar estimativas mais realistas, ainda que
não tenham sido cumpridas, para o resultado primário. Esse fenômeno pode ser explicado por vários
conceitos, como a fragi
lidade da dívida pública, diferença entre o linear e não
-
linear, falácia do
planejamento, inexorabilidade da não previsão e a ausência de skin in the game por parte dos
gestores públicos e áreas próximas. Por fim, conclui
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se que o problema de pesquisa pode
ser
respondido de forma afirmativa, uma vez que há correlação entre as variáveis, evidenciando a
fragilidade da previsão orçamentária. Dessa forma, aponta
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se como solução uma medida que proíba
o governo de contrair empréstimos, forçando
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o a cortar gastos
e alcançar um resultado primário
superavitário, porém essa redução nas despesas não deve ser feita de forma a prejudicar as classes
mais pobres da sociedade, como saúde, educação e segurança, e sim nas quais mais oneram os cofres
públicos, como a alta cúpu
la de funcionários públicos privilegiados.
Palavras
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Chave
:
Déficit; Desemprego; Orçamento; Fragilidade; Volatilidade
DO FRÁGIL AO ANTIFRÁGIL: A RELAÇÃO ENTRE A
VOLATILIDADE DO DESEMPREGO, O DÉFICIT PÚBLICO E AS
MODIFICAÇÕES NAS PREVISÕES DO RESULTADO PRIMÁRIO
FROM FRAGILE TO ANTI
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FRAGILE: TH RELATIONSHIP BETWEEN UNEMPLOYMENT
VOLATILITY, PUBLIC
DEFICIT AND CHANGES IN PRIMARY OUTPUT FORECASTS
Rafael Altoé
Frossard
1
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Joelma Aparecida
Zoboli
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Resumo
Este artigo tem como problemática o possível impacto do desemprego no comportamento do déficit
público e, consequentemente, nas previsões do
resultado primário. Realizou
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se a pesquisa com os
dados divulgados por instituições governamentais e com informações conceituais de autores do ramo
de estatística e economia. No que tange aos resultados, pequenas oscilações no desemprego foram o
suficiente
para levar o orçamento ao déficit, o qual foi agravado com o passar dos anos, após análise
nos dados, estima
-
se que o coeficiente de rendimento entre as variáveis é de 89,59%, indicando forte
relação. Além disso, fora observado que as previsões orçamentár
ias foram modificadas, contudo veio
acontecer apenas com a troca de governo, que passou a adotar estimativas mais realistas, ainda que
não tenham sido cumpridas, para o resultado primário. Esse fenômeno pode ser explicado por vários
conceitos, como a fragi
lidade da dívida pública, diferença entre o linear e não
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planejamento, inexorabilidade da não previsão e a ausência de skin in the game por parte dos
gestores públicos e áreas próximas. Por fim, conclui
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se que o problema de pesquisa pode
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respondido de forma afirmativa, uma vez que há correlação entre as variáveis, videnciando a
fragilidade da previsão orçamentária. Dessa forma, aponta
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se como solução uma medida que proíba
o governo de contrair empréstimos, forçando
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superavitário, porém essa redução nas despesas não deve ser feita de forma a prejuicar as classes
mais pobres da sociedade, como saúde, educação e segurança, e sim nas quais mais oneram os cofres
públicos, como a alta cúpu
la de funcionários públicos privilegiados.
Palavras
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Déficit; Desemprego; Orçamento; Fragilidade; Volatilidade

Fórum de Discussão

Car@ cursista,

Informamos que a avaliação desta disciplina será realizada através da participação ativa no fórum de discussão. Para isso, é importante que vocês respondam à pergunta proposta e também comentem as respostas dos colegas.

Lembrem-se de que a participação é fundamental para o processo de aprendizagem e para enriquecermos nossas reflexões e debates sobre o assunto abordado na disciplina. Portanto, encorajo todos vocês a participarem ativamente do fórum, trazendo suas perspectivas e opiniões sobre o tema.

Além disso, salientamos que a participação no fórum também pode contribuir para a nota de participação, que é uma das formas de avaliação utilizadas nesta disciplina. Dessa forma, é importante que todos se empenhem em participar e contribuir para a construção do conhecimento coletivo.

Lembramos também que o fórum é um espaço de diálogo e respeito mútuo, por isso, é fundamental que todos se expressem com civilidade e cordialidade, evitando qualquer tipo de ofensa ou desrespeito aos colegas.

Por fim, reforçamos o convite para que todos participem ativamente do fórum de discussão, pois isso contribuirá para uma aprendizagem mais rica e efetiva.

Atenciosamente,

Equipe CEGESP

Pergunta de Partida:

Quais são as principais diferenças entre o conceito de Cisne Negro e Antifrágil na tomada de decisões? Como essas ideias podem ajudar a evitar as falhas na tomada de decisão?

 

Tópico: As falhas na tomada de decisão, o Cisne Negro e o Antifrágil

As falhas na tomada de decisão, o Cisne Negro e o Antifrágil

Nassim Nicolas Taleb é o autor que cunhou os conceitos de Cisne Negro e Antifrágil. Na visão desse autor, cisnes negros são eventos raros, imprevisíveis e altamente impactantes que tendem a ser ignorados no processo de tomada de decisão. O conceito de antifrágil está relacionado à capacidade de se adaptar e de se beneficiar de choques e eventos imprevistos. O autor defende a ideia de que em vez de tentar prever e evitar todos os riscos, deve-se criar sistemas mais adaptáveis e resistentes.
O autor lista três principais fontes de falhas na tomada de decisão: a ilusão da certeza, a falta de consideração de eventos raros e imprevisíveis, e a tendência humana de extrapolar padrões do passado para o futuro. O autor argumenta que essas falhas podem levar a decisões equivocadas, em particular, em ambientes cercados de complexidades e de incertezas como o mundo atual. A partir desse conhecimento, os tomadores de decisão podem criar sistemas mais robustos e adaptáveis que possam se beneficiar de choques e eventos imprevisíveis em vez de tentar prever e evitar todos os riscos.

Tópico: As falhas na tomada de decisão, o Cisne Negro e o Antifrágil

Cisne Negro simboliza determinados eventos incompreensíveis ou improváveis que tem como características principais, um evento imprevisível e raro. Antifrágil seria uma condição desenvolvida por sistemas, organizações e abordagens que se favorecem com qualquer mudança trazida por um evento aleatório. Em um processo de tomada de decisão a principal diferença entre esses conceitos seria o momento a serem considerados pelo tomador de decisão, ou seja, a antifragilidade dos sistemas envolvidos em um contexto cada vez mais complexo e imprevisível deve ser desenvolvida o quanto antes da ocorrência de cisnes negros, de forma a ser possível resistir e se beneficiar com eles.



Falhas da Tomada de Decisão

O conceito de "Cisne Negro", introduzido por Nassim Nicholas Taleb, refere-se a eventos altamente improváveis e impactantes que desafiam previsões convencionais. Ao reconhecer a possibilidade desses eventos, os tomadores de decisão podem evitar complacência e desenvolver estratégias mais resilientes e flexíveis, capazes de lidar com cenários inesperados.

Por outro lado, a ideia de "Antifrágil" amplia a resiliência ao caos. Ela propõe que sistemas não apenas resistam a perturbações, mas realmente prosperem com elas. Essa abordagem envolve abraçar riscos controlados, aprender com erros e permitir que sistemas evoluam constantemente, resultando em maior adaptabilidade e crescimento diante das incertezas.

Em resumo, tanto o conceito de "Cisne Negro" quanto o de "Antifrágil" oferecem perspectivas valiosas para aprimorar a tomada de decisões. O primeiro ressalta a necessidade de considerar eventos altamente improváveis, enquanto o segundo encoraja a criar sistemas que não apenas resistam ao caos, mas também se beneficiem dele, promovendo uma abordagem mais dinâmica e adaptável diante de ambientes complexos e imprevisíveis.

AS FALHAS NA TOMADA DE DECISÃO, O CISNE NEGRO E O ANTIFRÁGIL

A teoria do "Cisne Negro" basicamente alerta sobre as decisões baseadas em modelos mentais e teorias convencionais, sem considerar a possibilidade de eventos raros e imprevisíveis que podem ter um impacto significativo. Esses eventos são geralmente desconsiderados porque não se encaixam nos padrões estabelecidos. Já a teoria do antifrágil defende que devemos nos concentrar em criar sistemas que se beneficiam de choques, incertezas e mudanças. A aplicação dessa ideia à tomada de decisão é que, ao invés de simplesmente tentar prever e evitar riscos, devemos construir sistemas e processos que possam se adaptar e se beneficiar desses riscos e mudanças. Em vez de tentar controlar o futuro, devemos nos concentrar em criar opções e recursos que nos permitam lidar com diferentes cenários.


Cisne Negro e Antifrágil

O conceito de "Cisne Negro" e o conceito de "Antifrágil" são duas abordagens distintas para entender e lidar com incertezas e riscos na tomada de decisões. Embora ambos tenham sido criados e popularizados pelo autor Libanês Nassim Nicholas Taleb, eles tratam de aspectos diferentes da complexidade do mundo e das decisões.
O termo "Cisne Negro" é usado para descrever eventos altamente improváveis e impactantes que, apesar de serem imprevisíveis, têm efeitos significativos. Esses eventos geralmente pegam as pessoas de surpresa, porque não eram esperados com base nas experiências passadas ou nas análises tradicionais de risco. O ataque às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001 é um dos acontecimentos apontados por Taleb como Cisne Negro, assim como a crise de setembro de 2008.
A ideia-chave é que o futuro é mais incerto do que muitas abordagens preveem, e eventos altamente improváveis podem ter um impacto desproporcional. Reconhecer a existência de Cisnes Negros ajuda a tomar decisões mais robustas. Isso implica na necessidade de estar preparado para situações imprevisíveis e ter uma abordagem mais flexível e adaptável para a tomada de decisões.
Outro conceito bastante importante na obra de Taleb é o de antifragilidade. O autor defende que o oposto de ser frágil não é ser robusto ou resiliente, mas alguém que supera a incerteza, sem ser destruído por ela. Na visão do autor, o ideal é ser antifrágil, ou seja, aproveitar o caos para evoluir. Dessa forma, a incerteza se torna desejável e necessária. Além da evolução, uma pessoa antifrágil estaria imune a erros de previsão e protegida de eventos adversos.
O conceito de "Antifrágil" descreve sistemas ou estruturas que não apenas resistem a choques e incertezas, mas também prosperam com eles. Enquanto algo frágil quebra quando exposto ao estresse, algo antifrágil se torna mais forte e evolui. A ideia é que, ao abraçar a volatilidade e o desconhecido, é possível criar sistemas que se beneficiem da exposição a riscos e incertezas. Ao adotar uma mentalidade antifrágil, as decisões são moldadas para se beneficiar de ambientes voláteis. Em vez de simplesmente buscar minimizar riscos, essa abordagem envolve construir resiliência, adaptabilidade e flexibilidade nos processos e estratégias da empresa.
Ao considerar o Cisne Negro - possibilidade de eventos altamente improváveis, as decisões podem ser mais bem preparadas para enfrentar cenários inesperados. Isso pode envolver a criação de planos de contingência, a diversificação de investimentos e a adoção de uma postura mais cautelosa diante de certezas aparentes.
A mentalidade antifrágil incentiva a experimentação controlada, o aprendizado contínuo e a adaptação rápida às mudanças. Isso pode ajudar a empresa a se tornar mais ágil em um ambiente em constante evolução, permitindo que ela se beneficie de choques e incertezas, em vez de ser prejudicada por eles.



Qual a importância de utilizar a matriz SWOT, a Matriz de Eisenhower e a análise custo-benefício em conjunto para a tomada de decisão em uma empresa? Quais são as vantagens e desvantagens de cada uma dessas ferramentas e como elas se complementam para auxiliar na análise e escolha da melhor alternativa?
A matriz SWOT, da Matriz de Eisenhower (ou matriz de priorização) e da análise custo-benefício em conjunto forma uma abordagem abrangente e estruturada para auxiliar na tomada de decisões em uma empresa. Pois cada uma dessas ferramentas oferece uma visão única sobre os diferentes aspectos envolvidos em uma decisão, e juntas elas podem proporcionar uma compreensão mais completa do cenário e das alternativas disponíveis.
Análise ou matriz SWOT
Análise ou matriz SWOT em português, análise ou matriz FOFA – é um método de planejamento estratégico que engloba a análise de cenários para tomada de decisões, observando 4 fatores. São eles, em inglês: Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats. Em português: Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.
Vantagens
A matriz SWOT é uma ferramenta amplamente utilizada para avaliar o ambiente interno e externo de uma empresa. Ela ajuda a identificar as forças e fraquezas internas, bem como as oportunidades e ameaças externas. Isso permite que a empresa aproveite seus pontos fortes, melhore suas fraquezas, tire vantagem das oportunidades e se prepare para enfrentar as ameaças.
Desvantagens
A matriz SWOT pode ser subjetiva e não fornecer uma estrutura clara para a priorização das diferentes variáveis. Além disso, nem sempre é fácil quantificar os elementos identificados na análise.
Matriz de Eisenhower (Matriz de Priorização)
É uma ferramenta de gestão de tarefas que ajuda a organizar e priorizar os afazeres por urgência e importância. Com ela, você separará as suas tarefas em quatro categorias: as tarefas que fará primeiro, as que agendará para mais tarde, as que delegará e as que excluirá.
Vantagens
A matriz de Eisenhower é uma ferramenta que ajuda a classificar as tarefas com base em dois critérios: importância e urgência. Ela permite que as tarefas sejam organizadas de acordo com sua relevância estratégica e o prazo para sua conclusão.
Desvantagens
Essa matriz pode não levar em consideração todos os aspectos relevantes de uma decisão, concentrando-se principalmente na urgência e importância das tarefas.
Análise custo-benefício
A análise custo-benefício é uma abordagem sistemática para estimar as forças e as fraquezas de alternativas que satisfaçam as transações, as atividades ou os requisitos funcionais de um negócio ou de uma atividade.
Vantagens
Por ter uma abordagem quantitativa que avalia os custos e benefícios financeiros de uma decisão, ela ajuda a determinar se os benefícios potenciais justificam os custos envolvidos em uma alternativa.
Desvantagens
Nem todos os benefícios podem ser facilmente quantificados em termos financeiros. Além disso, essa análise pode não considerar aspectos intangíveis ou de longo prazo.
Ao utilizar essas três ferramentas em conjunto, a empresa pode obter uma análise mais completa e estruturada:
A matriz SWOT fornece insights sobre os pontos fortes e fracos da empresa em relação às oportunidades e ameaças do ambiente, permitindo uma compreensão mais profunda do contexto.
A Matriz de Eisenhower ajuda a priorizar as tarefas e ações identificadas na análise SWOT, garantindo que as decisões sejam orientadas pela relevância estratégica e pela urgência.
A análise custo-benefício fornece uma abordagem quantitativa para avaliar as alternativas priorizadas, considerando os aspectos financeiros e ajudando a identificar as soluções que têm maior potencial de retorno sobre o investimento.
Ao combinar essas ferramentas, a empresa pode mitigar as limitações individuais de cada uma e obter uma visão mais holística e fundamentada para tomar decisões informadas e estratégicas. A análise SWOT fornece o contexto, a Matriz de Eisenhower prioriza as ações e a análise custo-benefício quantifica os impactos financeiros das escolhas.


o conceito de Cisne Negro e Antifrágil na tomada de decisões

Na tomada de decisões, reconhecer a existência de Cisnes Negros - que são eventos altamente improváveis e imprevisíveis, mas com impacto significativo - ajuda a evitar falhas, enquanto a abordagem Antifrágil busca criar resiliência e adaptabilidade, preparando-se para os imprevistos e transformando-os em oportunidades. Combinar essas ideias pode fornecer uma perspectiva mais abrangente e eficaz para evitar falhas na tomada de decisão.

As falhas na tomada de decisão, o Cisne Negro e o Antifrágil

- Cisne Negro: surge com o livro "O Cisne Negro", de Nassim Nicholas Taleb, no qual faz uma crítica à forma como as pessoas lidam com a incerteza e os riscos na tomada de decisão. Cisne Negro é a denominação dada pelo autor para eventos raros e imprevisíveis. O autor argumenta que esses eventos tendem a ser ignorados porque não se encaixam nos modelos mentais e teorias convencionais, e que a maioria das pessoas tende a subestimar a probabilidade e o impacto de eventos raros e imprevisíveis, o que pode levar a falha na tomada de decisões e graves consequências.

- Antifrágil: denominação advinda do livro “Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos" escrito por Nassim Nicholas Taleb, o qual apresenta a ideia de que algumas coisas resistem a eventos estressantes e se beneficiam deles. Assim, antifrágil é a capacidade de se adaptar e se beneficiar de choques e eventos imprevistos. Em vez de tentar prever e evitar todos os riscos, Taleb defende a ideia de que devemos construir sistemas e processos que possam se adaptar e se beneficiar desses riscos e mudanças. Em vez de tentar controlar o futuro, devemos nos concentrar em criar opções e recursos que nos permitam lidar com diferentes cenários.

Portanto, o autor defende em ambos os livros a adoção de uma abordagem de antifragilidade, de forma que temos que cuidar do excesso de confiança, de que devemos aprender com os erros, e criar sistema mais adaptáveis e resistentes aos eventos e imprevisibilidades. Com essa perspectiva podemos evitar falhas na tomada de decisão.

Quais são as principais diferenças entre o conceito de Cisne Negro e Antifrágil na tomada de decisões? Como essas ideias podem ajudar a evitar as falhas na tomada de decisão?

De acordo com os textos apresentados, as principais diferenças entre o conceito de "Cisne Negro" e "Antifrágil" está na capacidade de compreendermos a realidade e de tomarmos decisões diante dos desafios que se apresentam. Enquanto na teoria de Nassim Nicholas Taleb, abordada em seu livro, "O Cisne Negro" destaca que as falhas na tomada de decisão e os riscos estão associados à falta de consideração de eventos improváveis e imprevisíveis. Isso implica dizer que as tomadas de decisões são normalmente baseadas nas experiências humanas que já foram constatadas, sem levar em consideração situações novas que envolvem riscos e inseguranças. As nossas habilidades cognitivas colaboram para que ocorram esses riscos, uma vez que nos levam a pensar em situações que não envolvem muitos esforços.
Na teoria "Antifrágil" de Nassim Nicholas Taleb, essa perspectiva muda, pois diante dos desafios encontrados há uma postura avançada e promissora que permite que antecipadamente os riscos sejam levados em consideração e há uma preocupação de lidar com vários cenários se adaptando e aprendendo com eles.
Essas duas teorias são importantes, pois lidamos com situações diversificadas e o sucesso da gestão pública depende de como refletimos e lidamos com os problemas. Se compreendermos que não podemos focar a uma racionalidade limitada, a um padrão na gestão pública, estamos cooperando para uma gestão mais eficiente, mais eficaz e com uma propensão ao sucesso ou a menos risco. Não podemos estar conectados tão somente a método intuitivo ou às experiências do passado sem se comprometer com as variáveis que possam surgir e que requer mudanças rápidas e significativas.
Essas correntes de pensamento nos fazem pensar que devemos fugir dos estereótipos de gestão pública, do modo engessado que foi construído, das visões reproduzidas para avançarmos em novas propostas, pensando sim nas mudanças e transformações que ocorrem constantemente e nas que possam aparecer.



Falhas na tomada de decisão

Tanto Cisne Negro, quanto antifrágil são conceitos introduzidos na literatura por Nassim Nicholas Taleb. Para o autor, Cisne Negro é um evento altamente improvável, imprevisível e de grande impacto que tem um efeito significativo nos acontecimentos e na sociedade. Já antifrágil seria uma condição desenvolvida por sistemas, organizações e abordagens que favorece o beneficiamento com o caos e a incerteza. Em um processo de tomada de decisão, penso que a principal diferença entre esses conceitos seria o momento a serem considerados pelo tomador de decisão, ou seja, a antifragilidade dos sistemas envolvidos em um contexto cada vez mais complexo e imprevisível deve ser desenvolvida o quanto antes da ocorrência de cisnes negros, de forma a ser possível resistir - e, principalmente, se beneficiar - com eles. Seguindo essa lógica, falhas na tomada de decisão seriam evitadas.

Quais são as principais diferenças entre o conceito de Cisne Negro e Antifrágil na tomada de decisões? Como essas ideias podem ajudar a evitar as falhas na tomada de decisão?

O conceito de Cisne Negro estabele que, considerando os eventos passados, as pessoas não consideram a probabilidade de ocorrência de eventos raros e imprevisíveis no futuro - os chamados Cisnes Negros -, que causam grande impacto e diversas consequências. Ou seja, com base na ilusão da certeza, erroneamente as pessoas projetam que o futuro repetirá o passado, o que leva à decisões equivocadas. Para evitarmos esse cenário, devemos criar sistemas adaptáveis que se beneficiam desses eventos raros e imprevisíveis, introduzindo a ideia do Antifrágil.
O Antifrágil apresenta o cenário de aproveitamento desses eventos imprevisíveis/choques para, além de resistir a eles, nos beneficiarmos deles. Ao invés de realizarmos uma prevenção de riscos, devemos construir sistemas para nos adaptarmos aos choques e nos beneficiarmos com eles, assumindo que não temos controle do futuro.
Essas ideias podem ajudar a evitar as falhas na tomada de decisão através do aprendizado de que os eventos imprevisíveis, sendo eles oriundos de erros ou totalmente novos, podem ser uma oportunidade para que melhores decisões sejam tomadas e que novos hábitos sejam adquiridos. Por exemplo, apesar das grandes adversidades que a pandemia de Covid-q9 nos trouxe, a importância da imunização e o investimento em ciência foram consolidados em diversos países.

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