Em qualquer iniciativa, o processo de planejamento se mostra essencial para a viabilidade e sucesso do que se busca alcançar. Para empresas, o planejamento possibilita a alocação de recursos para que haja viabilidade do negócio.
No setor público, a gestão estratégica, por meio do planejamento, busca alcançar a missão, a razão de criação daquela instituição pública, em sua função público-social. Dessa forma, o planejamento é o caminho por meio do qual se direciona a tomada de decisão para que as ações e recursos alocados em um período de tempo alcance as metas, e estratégias, inclusive as estabelecidas legal e constitucionalmente.
Por fim pode-se dizer que o planejamento é uma técnica de determinação das concepções centrais para apontar os objetivos e esclarecer as metas e os meios necessários para alcança-los.
A sua ausência, portanto, é um grande risco para o alcance dos objetivos pela instituição, podendo causar enormes perdas/prejuízo para o cidadão e a sociedade.
Pensar a Gestão Estratégica no contexto do serviço publico mostra-se cada dia mais indispensável para que eficiência na prestação de serviços ao cidadão seja garantida.
Por meio do planejamento estratégico, processo pelo qual se definem a missão, os valores, os objetivos e as estratégias organizacionais, é possível um maior embasamento para a tomada de decisões e as ações de uma organização pública em médio e longo prazo.
Destaco a importância do planejamento estratégico na definição de quais projetos serão considerados estratégicos para a instituição.
Na instituição na qual trabalho, vivencio a importância da vinculação dos principais projetos desenvolvidos pela casa com os objetivos estratégicos definidos no mapa estratégico. Dessa forma é possível suprir as lacunas e problemas identificados e gerar resultados mais eficientes para a instituição e para a sociedade.
Tópico: Gestão estratégica e planejamento estratégico.
03/12/2024
Arajá Ortiz
A gestão estratégica é um elemento fundamental para a transformação e o aprimoramento dos serviços públicos, indo muito além de uma simples ferramenta administrativa. A partir do planejamento estratégico ela tem a capacidade de fazer uma abordagem sistêmica (tópico já falado na aula passada) e dinâmica para o desenvolvimento de políticas públicas efetivas.
O planejamento estratégico permite fazer uma análise de cenários que é extremamente importante no meio governamental, já que as situações tratadas são dinâmicas e exigem opções a todo momento. Outro componente essencial é a definição de missão, visão e valores, pois estabelece o propósito organizacional e orienta as ações estratégicas da instituição.
Por sim, a revisão periódica e contínua permite adaptações constantes, algo essencial em um ambiente de transformação permanente, como o que vivemos no setor público.
Concordo com a afirmação do colega sobre a importância de revisões periódica, uma vez que elas permitem adaptações constantes. Um exemplo recente disso foram as mudanças impostas pela pandemia da Covid, que alterou de maneira significativa (ate mesmo drástica em alguns casos) as prioridades e metas de muitas instituições.
Realmente a gestão estratégica representa um tema extremamente importante para o oferecimento de melhores serviços à sociedade por parte das instituições públicas.
A gestão estratégica engloba todo o ciclo que compreende desde a execução de um diagnóstico para formulação da estratégia, a qual se materializa por um documento de planejamento estratégico, até a execução, monitoramento e avaliação se as metas propostas foram atingidas. Também compreende a reformulação da estratégia para se adequar à mutabilidade do ambiente, característica chamada de responsividade. Desta forma, a Gestão Estratégica é dinâmica, já o planejamento estratégico é algo mais estático, um produto da gestão estratégica que será executado ou modificado caso necessário.
No Ministério Público Federal, órgão que trabalho, estamos passando pela execução do segundo planejamento estratégico institucional. Este segundo planejamento está em fase de revisão e sofrerá modificações para atender as mudanças ocorridas ao longo dos últimos dois anos. O realinhamento dos objetivos para atender a missão e visão do órgão é necessário e desejável. E é fruto de uma gestão estratégica ativa que avalia a efetividade da execução da sua estratégia e promove os ajustes necessários.