Em minha opinião a gestão de riscos no setor público ainda tem um longo caminho ser percorrido, especialmente nas esferas estadual e municipal. Os pontos positivos estão relacionados com a garantia de uma melhor prestação de serviço ao público, bem como a redução do desperdício de recursos humanos e materiais. Os desafios podem estar relacionados com a velocidade em que a tecnologia evolui e a necessidade de atualização dos modelos, adequando-os a essas transformações. Sem contar com a descontinuidade de gestores e servidores muito comum no setor público.
Na minha opinião, a gestão de riscos no setor público ainda está em evolução. Há organizações adotando práticas mais estruturadas e alinhadas a padrões internacionais, no entanto, varia muito entre os órgãos e ainda há muito a amadurecer. O setor público tem reconhecido a importância da gestão de riscos, especialmente em áreas que lidam com grandes volumes de recursos públicos, mas ainda há desafios para integrar essas práticas de maneira consistente em todos os níveis.
Entre os pontos positivos da gestão de riscos no setor público estão o aumento da transparência e da responsabilização, com uma alocação mais eficiente de recursos e a prevenção de fraudes. Além disso, a formalização do processo de gestão de riscos melhora a tomada de decisões, oferecendo uma base mais sólida para mitigar ameaças e garantir a continuidade dos serviços públicos. A gestão de riscos também contribui para a eficiência operacional, assegurando que as políticas e programas governamentais sejam executados com menos interrupções inesperadas.
Entretanto, há desafios significativos para implementar práticas eficazes como, por exemplo, a resistência a novas abordagens e a falta de capacitação técnica em muitos órgãos públicos, especialmente em níveis governamentais. Além disso, é possível observar que há uma dificuldade em integrar a gestão de riscos aos processos de planejamento estratégico e orçamento, o que impede uma visão mais holística e preventiva dos riscos nas operações do setor público.
A gestão de riscos no setor público tem avançado, com uma maior conscientização sobre sua importância, resultando em maior transparência e eficiência. No entanto, enfrenta desafios como resistência cultural, falta de capacitação e escassez de recursos. Estruturas burocráticas muitas vezes dificultam a adoção de práticas ágeis. Para superar esses obstáculos, é essencial promover uma cultura que valorize a gestão de riscos e investir em formação adequada.
A gestão de Riscos no Setor público possui boa estrutura no quesito referencial teórico, principalmente em nível federal. Há esforço genuíno das organizações para o atendimento dos normativos vigentes que exigem implementação da Gestão de Riscos nas Organizações Públicas de nível federal. Os pontos positivos que podemos observar é que a Gestão técnica e não política das organizações públicas que fazem gerenciamento dos seus riscos, não estão à derivas de decisões políticas, mas centradas em seus objetivos e cercadas de base para melhor tomada de decisões.
Mas, essa situação ainda não é a realidade da Gestão Pública Brasileira, nem na Esfera Federal, que na Prática ainda enfrenta os desafios , tais como: falta de comprometimento das parte interessadas, resistência a mudanças, complexidade organizacional, falta de recursos, cultura organizacional com tendências patrimonialistas, falta de recursos humanos capacitados, mudanças constante de gestores, alta rotatividade de servidores, entre outros. Se observarmos as esferas estaduais e municipais a situação se mostra ainda mais precária quanto a estrutura para implementação da Gestão de Riscos.
A gestão de riscos no setor público ainda carece da implantação de uma estrutura adequada e eficaz da gestão de riscos. Os pontos positivos da implementação da gestão de riscos são: (i) redução de perdas – a identificação e o tratamento precoce de riscos resultam em menores prejuízos financeiros e operacionais; (ii) tomada de decisão mais eficiente - tomar decisões embasadas em análises de risco, leva a escolhas mais assertivas e menos impacto negativo nos negócios; (iii) incremento da resiliência organizacional - preparação e adaptação mais eficazes a cenários adversos, tornando a organização mais forte e capaz de superar desafios. Os desafios que as organizações do setor público enfrentam na implementação de práticas eficazes de gestão de riscos são: falta de comprometimento das partes interessadas; resistência à mudança por parte dos colaboradores; complexidade organizacional que dificulta a implantação; e a falta de recursos adequados para aplicar as estratégias de gerenciamento de riscos. Esses desafios devem ser cuidadosamente endereçados ao longo do processo de implementação, a fim de assegurar uma gestão eficaz e assertiva dos riscos.